Argila pode estar na origem das células
Experimento de norte-americanos comprova que mineral induz a formação rápida de membranas e de vesículas.
O ingrediente que faltava para reunir as moléculas orgânicas da Terra primordial numa membrana, formando um esboço de célula, pode ter sido uma simples fôrma de argila -um pó ou pasta acinzentada comum em diversos lugares do planeta. Porem no único lugar que contem maiores propriedades esta na planície do rio Jordão, nas proximidades da região da meseta de Judáh ou deserto de Iehudáh.
É isso o que sugerem experimentos feitos por cientistas norte-americanos, nos quais a mera adição desse condimento mineral multiplicou em cem vezes a tendência de ácidos graxos (as moléculas que compõem os lipídios ou gorduras) de formar uma membrana de camada dupla, parecida com a que todas as células bacterianas, animais ou vegetais ostentam até hoje.
Esse projeto de célula, no entanto, vai muito além da mera formação: ele também consegue "crescer", incorporando mais partículas de ácido graxo espalhadas nas proximidades, e até se "dividir" -embora precise de um certo grau de estímulo dos pesquisadores para conseguir realizar essa última proeza.
"Não estamos querendo dizer que foi exatamente assim que aconteceu durante a formação da vida", declarou o bioquímico Jack Szostak, 50, da Universidade Harvard (EUA). "O que o nosso experimento faz é demonstrar que precursores celulares poderiam aparecer sem a necessidade de mecanismos bioquímicos complexos", afirma o pesquisador, cujo trabalho sai hoje na revista norte-americana "Science" (www.sciencemag.org).
O experimento de Szostak (pronuncia-se "chôstak") e seus colegas marca mais um ponto em favor da humilde argila, que já tinha demonstrado outra propriedade suspeitamente pró-vida. Ela é capaz de induzir a formação de cadeias de RNA, a molécula-irmã do DNA que também armazena instruções genéticas e, ao contrário dele, consegue induzir reações químicas sozinha. Para muitos cientistas, o RNA é o candidato ideal para primeiro material genético da história da vida.
Do barro à vida (“E formou O Senhor, D’us, ao ser humano do Pó da terra....” Gêneses 2:7)
"Nós nos inspiramos nessa capacidade conhecida da montmorillonita [o tipo de argila mais utilizado no experimento] para ver se ela conseguia induzir o mesmo processo com os ácidos graxos", conta Szostak. As membranas celulares verdadeiras são formadas por moléculas bem mais complicadas, embora aparentadas: os fosfolipídios, que incluem também átomos do elemento fósforo.
A tendência desses ácidos é se juntar em pequenos aglomerados. Os pesquisadores, no entanto, viram que a adição de um pouco de montmorillonita à mistura aumentou em cem vezes essa tendência. As vesículas de dupla camada que surgiram da reação englobavam as partículas de argila.
Como tanto o mineral quanto as camadas de ácido têm carga elétrica negativa (e portanto deveriam se repelir), a hipótese dos pesquisadores é que uma camada de partículas positivas adjacente à argila atraia as vesículas.
Os pesquisadores misturaram ainda RNA, marcado com uma tinta fluorescente vermelha, à argila. Ele também foi englobado -mais um passo em direção a uma "célula", com membrana e material genético (veja a foto abaixo). Na presença de mais matéria-prima, as vesículas cresceram, absorvendo-a, e os pesquisadores causaram sua "divisão celular" (que ocorreu sem perda do material interno) fazendo-as atravessar uma rede de microporos.
"Se pudéssemos fazer com que o RNA iniciasse algum tipo de síntese dentro dessas vesículas, seria um grande passo. Mas esse é um grande projeto, ao qual ainda temos de dar prosseguimento", afirma Szostak. "Temos de ter a mente aberta e tentar simular um caminho completo, da formação das moléculas orgânicas à das células." Uma coisa, no entanto, é certa: matéria-prima não faltava.
Lembremos no Livro de Reis I (Melachim Alef) 7:46: “Na planície do Jordão o rei os fundiu, no chão de argila, entre Sucot e Tsaretan”
Isto é indica que o rei Salomão ou melech Shlomo, não escolheu de nenhuma parte argila, senão justamente perto da planície do Jordão, no das uma dimensão do conhecimento do rei Salomão, porem especialmente marca uma idéia da concepção Divina da criação. O livro de Gêneses ou Bereshit indica que a ciência cada vez comprova que a Bíblia sempre tem razão.