Este escrito foi encontrado algum tempo atrás, seu autor é anônimo, porem eu acho que pode ser de todos, porque tem muito do que pensamos todos aqueles que vivemos dia a dia, procurando que o judaísmo seja uma dinâmica, sem perder o verdadeiro sentido, com o cumprimento de seus preceitos, engajados em os valores sociais e humanos que o judaísmo predica, e no estudo e aprofundamento de nossas fontes milenares, todo o outro é uma ilusão, uma fantasia. E como tal o dia que acaba e acordamos e enxergamos a realidade, é muito triste não poder depois poder endireitar nosso caminho, já é tarde, e ai expressamos com dor, quanta razão, o pai, ou mãe, ou mestre tinham.
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O POVO JUDEU
“Há um rio no oceano. Não falha, nem mesmo na mais severa das estiagens, e não transborda, nem mesmo na mais violenta das enchentes. Sua fonte é o golfo do México, e desemboca no Mar Ártico. É a corrente do golfo. Não há no mundo outra correnteza tão majestosa como essa. É mais rápida do que o Mississipi ou o Amazonas, e o volume de suas águas é mais de mil vezes maior. As suas águas são de um azul índigo, desde o Golfo até a costa da Carolina. São tão distintamente marcadas que se percebe, a olho nu, a linha de junção com a água do mar. Acontece freqüentemente que se pode ver a metade de um navio flutuando nas águas da Corrente do Golfo, com a outra metade ainda nas águas marítimas comuns. É muito nítida a linha divisória, grande a diferença entre as águas e acentuada a relutância das águas da Corrente do Golfo de se misturarem com as águas comuns do mar. Esse fenômeno curioso no plano físico tem seu paralelo no plano moral. Há um rio solitário no meio do oceano da humanidade. Nem as mais poderosas enchentes da tentação humana conseguiram fazê-lo transbordar, nem os mais violentos fogos da crueldade humana, apesar de queimada sete vezes na fornalha do fanatismo religioso, conseguiram ressecá-lo, muito embora as suas ondas tenham sido tingidas com o carmesim do sangue de seus mártires, há dois milênios. Sua fonte está na aurora cinzenta da história do universo, e seu estuário, nas sombras da eternidade. Ele também se recusa a misturar-se com as ondas em sua volta, e as linhas divisórias que separam os seus vagalhões das águas comuns da humanidade são claramente visíveis. É o povo judeu”.