domingo, março 10, 2013

Pêssach: Pensamentos para refletir

Os Valores de Pêssach

pessah

Amor Mutuo

D-us sempre se orgulha das virtudes do povo judeu e o louva, e o povo, por sua vez, sempre louvou a grandeza de D-us.Rabi Levi Yitschac de Berdishev dá um exemplo disto através da forma distinta como D-us e seu povo referem-se à festa de Pêssach. Enquanto os judeus escolheram o nome “Pêssach”, D-us a chama “a Festa do Pão Ázimo”. Por que?

Enquanto Pêssach significa “passar por cima”, em agradecimento ao Criador por ter “passado” por cima das casas do povo judeu e ter poupado seus filhos da praga da morte aos primogênitos, a Torá, por outro lado, classifica como “A Festa do Pão Ázimo” para salientar a virtude do povo judeu que na saída do Egito, partiram sem levar provisões, apenas uma massa de pão que nem teve tempo de crescer ou assar, em um ato de total confiança e eterno amor ao Criador.

Farinha e água

Ambos chamêts e matsáh são feitos de farinha e água. Entretanto, o chamêts cresce, simbolizando uma atitude de egoísmo inflado e orgulho exagerado. Em contraste, a matsá permanece fina, aludindo à humildade e submissão. Comendo matsá, internalizamos estas qualidades, fazendo com que sejam partes integrantes de nossa carne e sangue.

Liberdade no passado e no presente

Em cada geração uma pessoa é obrigada a considerar-se como tendo realmente saído do Egito. A redenção do Egito e a subsequente experiência da entrega da Toráh estabelece a identidade do povo judeu como “servos de D-us”, e não “servos de servos”.

Após deixarem o Egito, eles jamais poderiam estar sujeitos a este tipo de servidão. Um grande sábio, conhecido como o Maharal de Praga explica exaustivamente como a liberdade adquirida pelo êxodo transformou a natureza essencial de nosso povo. Apesar das conquistas e escravidão impostas por outras nações, a natureza fundamental do povo judeu nunca mudou.

Com o Êxodo, adquirimos a natureza e qualidades de homens livres. Esta natureza é mantida apenas porque D-us está constantemente nos libertando do Egito. O milagre da redenção não é um evento do passado, mas um fato constante em nossas vidas.

Matsáh

Com apenas este alimento não fermentado, nossos ancestrais confiaram que o Todo-Poderoso forneceria o sustento para toda uma nação de homens, mulheres e crianças. Assim, os únicos “ingredientes” para a fé são humildade e submissão a D-us.

O Zôhar explica que a matsá ingerida no primeiro sêder desperta a fé, enquanto a do segundo traz a cura.

O ausente

Os quatro filhos, embora diferentes no comportamento, têm algo em comum: eles todos participaram da mesa do sêder. Mesmo o filho perverso faz perguntas sobre Toráh e mitsvot, e podemos esperar que retornará ao caminho.

Infelizmente, nos dias de hoje temos o quinto filho, que não está presente à mesa do sêder, e nem ao menos sabe o que é o sêder. É nossa obrigação procurar este quinto filho, convidá-lo à nossa mesa e usar esta oportunidade para reunir mais um a compartilhar de nossa maravilhosa herança.

O Poder da Fé

Sobre o versículo:  “Os judeus viram a grande mão de D-us no Egito e eles acreditaram em D-us”, o rabino de Gur comenta que mesmo depois que viram

D-us, precisavam ainda assim ter fé. A fé é mais forte que o ato de “ver”; se encontra em um nível muito mais elevado que a simples visão.