quinta-feira, março 19, 2015

Halachot Pêssach - 1ª Parte – Em português

Halachot Pêssach

1ª Parte

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  • Os sábios estabeleceram que "costuma-se perguntar e ensinar as leis de Pêssach 30 dias antes de Pêssach", para que a pessoa chegue preparada para Chag e bem informada sobre todas as muitas leis desses dias. Para isso, ela deve começar a se preparar com a antecedência adequada, 30 dias antes do Chag.
  • A proibição de chametz em Pêssach aparece quatro vezes na Torá. A primeira é não comer ou ter proveito do chametz em Pêssach. A segunda é que não haja chametz na propriedade de um judeu em Pêssach. A terceira é que um judeu não veja chametz em sua propriedade em Pêssach. O quarto mandamento é anular chametz e levedura da propriedade do judeu antes de Pêssach.
  • Desde a metade do dia de 14 de Nissan até o final de Pêssach estará proibido comer e ter proveito de chametz. Nossos sábios acrescentam 2 horas antes do meio do dia já é proibido comer e ter proveito do chametz.
  • E a partir do momento que Pêssach se inicia aplicam-se as proibições de não se ver e não se encontrar (בל יראה ובל ימצא) chametz. Essas proibições continuam até o final do chag e deixam de valer ao seu fim.
  • Chametz de um judeu que estava em sua propriedade durante Pêssach, sem vendê-lo corretamente (como traremos em breve), os sábios proibiram comer ou ter qualquer outro proveito deste chametz, porque o judeu transgrediu uma proibição da Torá pelo fato do chametz ter estado na propriedade do judeu durante o Pêssach.
  • A Torá, no livro do Êxodo, nos ordena eliminar o chametz de nossas propriedades para Pêssach até a metade do dia 14 de Nissan. Não é somente proibido comer, mas também não se deve deixar o chametz em sua propriedade.
  • A partir daquele momento, todo aquele que não eliminou e anulou o chametz está descumprindo esta Mitzvá positiva. E a partir do início de Pêssach transgride também a proibição de "não será visto chametz...".
  • Pela linguagem utilizada pela Torá, aprendemos que a proibição de encontrar chametz na propriedade do judeu se refere somente ao chametz dele. O chametz que pertence a um não judeu ou chametz abandonado (sem donos) é permitido que esteja ou estivesse em sua propriedade.
  • Portanto, aquele que tem funcionários não judeus que vivem em sua casa, o funcionário pode manter o chametz no próprio quarto. Assim também, pessoas que em seu escritório trabalham não judeus, estes podem manter chametz em suas mesas durante o chag e não há problema do judeu passar por lá, pois o chametz não é do judeu, mas sim de um não judeu.
  • Os sábios instituíram a obrigação de anular o chametz de duas maneiras. A primeira é a anulação oral, e a segunda consiste em remover de casa e destruí-lo. A razão pela qual não é suficiente apenas um tipo de anulação é que talvez a pessoa não anule o chametz de todo coração, ou se anular de todo coração, pode ser que deixe em casa e venha acidentalmente a comer durante o Pêssach. Portanto, os sábios fixaram os dois tipos de anulação.
  • Para erradicar o chametz de casa deve-se cumprir a mitzvá de "verificação do chametz". Este mandamento se cumpre imediatamente após Arvit (oração da noite) do décimo quarto dia de Nissan (véspera de Pêssach). A obrigação recai primordialmente sobre o pai da casa, e se ele não puder, deverá nomear sua esposa ou um de seus filhos maiores que bar mitzvá como responsáveis pela verificação, a ser feita logo no início da noite. Para que a pessoa não se esqueça de realizá-la, os sábios proibiram começar a trabalhar ou fazer uma refeição meia hora antes do horário da verificação. É proibido até mesmo começar a estudar Torá meia hora antes da verificação, pois talvez vá continuar estudando e acabar por esquecer-se de cumprir a obrigação.