Mensagem do Rabino
“Não deixe de agarrar a corda da
salvação”
Um
furacão atingiu uma cidade. Devido a este efeito climático, as águas subiram
rapidamente, e alagaram muitas casas, Nessa cidade morava um cidadão judeu, que
destacava-se por sua fé inabalável. A moradia desse homem foi uma das mas
atingidas pela enchente, por tanto refugiou-se no telhado. Sendo um homem
religioso, começou a orar para controlar seu medo e manifestar dessa forma sua
fé, ele dizia: “o Senhor, Salvai-me”.
A
casa, assim como outras estava toda inundada, e a água já havia chegado aos
tornozelos desse homem, quando passou lá um vizinho, que observo a situação,
remando um bote, chamou a este e diz venha meu amigo vamos a sair daqui. O
homem religioso respondeu: “Não obrigado”, e continuo: “Eu tenho fé, e o Senhor
me salvara”.
A
água continuou subindo e está já estava na cintura deste senhor de fé, quando
se aproximou um barco a motor, do corpo de salvamento e gritou: “Venha, meu
amigo, entre no barco e vamos a sair daqui”, e uma vez mais um homem religioso
respondeu: “Não obrigado”, e continuo: “Eu tenho fé, e o Senhor me salvara”.
A
água seguiu subindo e já se encontrava no pescoço deste senhor de fé, quando
sobrevoou um helicóptero de resgate, e o Comandante da nave jogou uma corda e
gritando diz: “Não deixe de agarrar a
corda da salvação”, que vou a puxá-lo e será salvou. Uma vez mais o homem
religioso respondeu: “Não obrigado”, e continuo: “Eu tenho fé, e o Senhor me
salvara”.
Instantes
mais o homem de fé, exausto, perdendo as forças foi coberto pelas águas e
morreu afogado, e diretamente, sendo um homem piedoso, foi ao céu. Ao chegar
diante do Criador, no Trono Celestial, o homem de fé manifestou sua queixa, ao
respeito do amargo que foi seu destino, sustentado que sendo um observante
estrito dos mandamentos, do respeito pelo próximo e por ele mesmo, que nunca
deixou de ter fé no Todo-Poderoso. E durante todo tempo que estava diante do
perigo ele rezou fervorosamente, para que D’us o salva-se. Finalmente ele diz: “Senhor,
O Misericordioso, porque me abandonaste?”.
D’us,
perplexo diante do alegato, diz: “Que pretendes de Mim?”, “Enviei-te um bote,
um barco e finalmente um helicóptero, onde só tinhas que aferrar-te a corda da
salvação”.
Seguramente
podemos rir desta metáfora, mas acreditar em milagres é uma característica
natural deste povo, dos descendentes do mesmo, cuja própria existência tem sido
um continuo milagre, cujo renascimento das cinzas do Holocausto, com a
construção do Estado de Israel, e o florescimento das Comunidades que outrora
estavam banhadas pelas cinzas do ódio, resultado de fornos crematórios
construídos com a cumplicidade do silencio do mundo.
Este
milagre foi um dos mais espetaculares que a humanidade haja presenciado, em
toda sua historia. Mais esta metáfora tem outro objetivo, é de indicar-nos o
perigo que pode ocasionar si só dependemos dele, sim colocar a cota de decisão
por parte de nós para que estes sucedam. A historia do Mar Vermelho ou Mar dos
Juncos, que só as águas se abreram depois que Nachshón ben Aminodav (da tribú
de Iehudáh – Judá), jogo-se a ele. Como expressava o celebre Rabino Itschak
Kaduri ZT”L, os milagres acontecem a todo instante, mais depende do esforço do
homem para que estes sejam visíveis, e no momento exato”.
Isto
último merece uma seria reflexão, nestes instantes que estamos chegando às
portas do inicio do ano 5778. Muitos expressam que não acreditam nos milagres,
no entanto suas atitudes em excesso ilimitadas ou em defeito sustentado,
indicam que eles acreditam em demasia em milagres sim ter a cota de esforço
necessária para que eles se concretizem. Eles ficam esperando que caísse do céu
“a corda”, e não tem uma visão profunda de enxergar os desafios, as sinais e as
manifestações.
Queridos
amigos da Comunidade Judaica de Rio Grande do Sul, em Rosh Hashana (Inicio
do Ano Judaico), D’us escuta nossas preces, em Iom Kipur Ele atende as mesmas.
Mais saibamos que temos que assumir um compromisso: “Não deixar de agarrar a corda da salvação”. Temos que agir junto
as nossas orações. Temos que fazer e não apenas desejar. Não temos direito de
culpar a D’us o desiludirmos com o Judaísmo, si nosso erro foi esperar de mais
os milagres sim fazer nada de nossa parte para que aconteçam. Sejamos Nachshón
ben Aminodav, onde a fé se manifestou com atos, e com atitudes, e o milagre
aconteceu. Si isto sucede assim, então seremos inscritos: “BeSefer Chaim,
Beracháh VeShalom UParnassa Továh”, no Livro da Vida, da Bênção, da Paz e da
Prosperidade. Amén – Assim seja!
LeShanáh Továh Ticatevu Vetechatemu
– Tizke Leshanim Rabot
Rav Lic. Ruben
Najmanovich