quinta-feira, março 17, 2011

Antissemitismo ou Judeufobia!?

Purim: A Judeufobia de ontem e de hoje, e amanhã?

purim

A historia do triunfo sobre os malvados

nao_ahmanidejad Outro Mamzer

Num mundo de Bin Ladens, Khadafis, Ahmadinejads e outros terroristas, falar em antissemitismo pode ser arriscado. O que é anti-semitismo? A palavra se define como o ódio ou a hostilidade dirigido aos judeus. Por tanto parafraseando um conceito do Dr. Gustavo Daniel Perednik, reproduzimos a continuação: “Esse ódio, que já existe milenarmente, é conhecido por todos como antissemitismo, termo criado pelo jornalista alemão Wilhelm Marr, em 1873, para cunhar o ódio específico aos judeus. Na verdade, ao pé da letra, a palavra não tem sentido, por isso trato de fazer ruir essa terminologia, uma vez que a referência à “semita” não reflete o seu propósito. Etimologicamente, antissemitismo significaria aversão aos semitas – que, segundo a Bíblia, são os descendentes de Sem, filho de Noé – grupo que abarca os hebreus, os assírios, os arameus, os fenícios e os árabes.” (Extraído do Livro Amaras a teu próximo? A Judeufobia na cultura universal. 2002)

Apesar de lamentável, o termo criado por um judeufobo como Marr difundiu-se. Só em 1882, o prestigiado pensador judeu Leon Pinsker (1821-1891), no livro Auto-Emancipation, sugeriu a palavra apropriada para caracterizar o ódio aos judeus – judeufobia.

Mas é mais que isso. E é mais antigo que apostilas palestinas pregando a morte de judeus e a aniquilação de Israel ou a comparação, feita por um prêmio Nobel já falecido, entre o campo de concentração de Auschwitz, que matou milhões de judeus, e “o trato que recebem os palestinos”, dito pela objetividade da imprensa árabe, em nas cidades de Judéia e Samaria, má chamada por alguns de Cisjordânia. Hoje a imprensa não fala do assassinato brutal de cinco vitimas inocentes, família, respeitosa da espiritualidade, que descanso como qualquer outra, encontro a brutal morte, em um dia de descanso, decretado pelo Criador. Onde esta Reuter, AFP, AP, Telam e outras

Purim nos faz lembrar disso tudo. E nos remete a uma época em que os persas tentaram exterminar os judeus (coisa que não foram os únicos nem a tentar, nem a falhar...) pelo simples fato de que éramos "diferentes".

Uma passagem da Meguilá de Ester narra o fato. Conta a fala de Haman, quando, dialogando com o rei Achashverosh (rei Asuero), acusa aos judeus de serem "um povo espalhado e disperso entre as províncias do seu reino cujas leis são diferentes das de qualquer outro povo e que não obedecem às leis do rei".

Haman, de acordo com essa linha de pensamento, defende a seguir: "Portanto, não é de interesse do rei tolerá-los". É assim que, até hoje, quando se explodem embaixadas, queimam sinagogas e esfaqueiam rabinos, pensam os anti-semitas de plantão.
Vale dizer que o relato de Purim é o primeiro discurso anti-semita, ou melhor, dito judeuofobico de que se tem informação e que serve de modelo a todos os demais, como se vê hoje...

Contudo, Purim, festejado em 14 de Adar (ou de Adar Sheni, dependendo do ano), é um dia de alegria. "Os judeus instituíram e estabeleceram para eles... e para a posteridade, a obrigação de celebrar, a cada ano, estes dois dias..." (Meguilat Ester 10:27).
A história foi assim. Nesta data festeja-se a salvação dos judeus das mãos dos inimigos que, não só naquela ocasião, mas em todos os tempos e lugares, nos quiseram destruir.

Mas falar de Purim também não é falar apenas de festa, comemoração e alegria. Deve-se sempre lembrar que a Meguilá de Ester narra uma história na qual se tentou destruir os judeus. E daí, podemos descobrir algumas interessantes semelhanças com outro chag (festa): Chanucáh.

A narração destas duas festas não está presente na Toráh, afinal, elas aconteceram muito depois. Outra coincidência: Chanucáh e Purim relatam milagres acontecidos com o povo judeu.

E as duas narram a luta pela sobrevivência do judaísmo. Enquanto em Purim o motivo era físico, para evitar à aniquilação do povo, em Chanucáh a luta era espiritual: os gregos queriam converter os judeus ao seu credo.

Purim e o judeufobismo. Haman e os que questionam a existência do Estado de Israel. Ester e os que brigam pela boa imagem do judaísmo e do Estado Judeu. Ontem e hoje. E uma lição: a de que, apesar das adversidades, os judeus estão aí. Mesmo "diferentes", com suas tradições e particularidades.