quarta-feira, julho 20, 2011

Consumismo e Judaísmo

Uma Reflexão sobre o Consumismo

Consumismo e Judaismo

Nos dias atuais, a todo instante somos bombardeados pela mídia, que tenta nos vender a idéia de que seremos mais felizes se nos curvarmos aos seus apelos consumistas. Por meio de folders, jornais, outdoors, rádio, revistas ou pela televisão, somos constantemente assediados por belas imagens, muitas cores, jingles e mensagens que nos levam a acreditar que só estaremos satisfeitos se formos portadores de um cartão de crédito, bebermos determinado refrigerante, utilizarmos determinado produto de beleza, adquirirmos este ou aquele carro, etc. Enfim, somos todos levados a acreditar num mundo utópico, que só existe na fantasia que se cria na mente de cada um.

A mídia, portanto, a serviço do consumismo, acende em nós um desejo desmesurado de se ter, de se comprar os produtos que estão sendo anunciados, o que, na verdade, passa a ser uma fonte de grande infelicidade para as pessoas. Os estrategistas e profissionais de marketing, competentes que são, tentam nos persuadir a adquirir os produtos anunciados por comerciais, que são meticulosamente desenvolvidos para atingir os nossos sentidos, o nosso ego e a nossa vaidade. Incutem-nos o desejo de termos mais, para sermos mais felizes.

ConsumismoOu seja, nós vivemos numa sociedade onde a mola mestra do crescimento é o consumo. As empresas, para poderem vender mais, utilizam-se do marketing para tentar convencer o potencial consumidor a gastar o seu dinheiro na compra dos seus produtos, por mais supérfluos que sejam, para que a engrenagem financeira se ponha a rodar.

Porém, todo esse apelo materialista incute em grande parte da população a idéia de que a felicidade está fora de nós mesmos. A felicidade está, sob esse prisma, colocada em nossas posses, em nosso dinheiro e em nossa beleza, isto é, em bens puramente materiais.

Muitos consumidores se esquecem de que muitas vezes não compram determinados itens de consumo para si próprios. Fazem-no, entretanto, para poderem mostrar aos vizinhos, aos colegas de trabalho, aos amigos, à sociedade em geral, de que são os felizes proprietários de um determinado bem valioso, utilizando-se desse expediente para externarem publicamente o seu status social.

É nesse ponto que se coloca um questionamento entre o ser algo e o ter algo. Para sermos felizes, precisamos ser. Para parecermos que somos felizes, sem, entretanto realmente sê-lo, é necessário termos bens ou possuirmos a beleza.

Embora freqüentemente nos esqueçamos, nós já sabemos que não é pelas posses que seremos felizes. Tudo o que é tão somente material, na realidade, não preenche plenamente as necessidades do Homem. A Sabedoria Judaica é pródiga em ensinamentos nesse sentido, dentre os quais separamos alguns exemplos:

- “Não se saciará com dinheiro o que ama a prata, nem considerará ter bastante o que ama a opulência, pois também isto é vão e fútil”. Eclesiastes: 4: 9

- “Doce é o sono do que trabalha, quer se tenha alimentado de muito ou pouco, mas a insaciedade do rico não o fará dormir”. Eclesiastes: 6: 11

Nos dois exemplos acima, fica evidenciado que a felicidade não se encontra nos bens materiais. Quanto mais se têm, a vontade de se ter ainda mais aflora dentro de nós. Fica clara a predominância do ter sobre o ser.

- “Busca sempre o que é bom em ti mesmo. Concentra toda a tua atenção nessa boa parte de ti mesmo, traze-a para a luz do dia e transforma a depressão em alegria de ser”. Rabi Nahman de Bratslav

- “Um homem pode estar sentado no paraíso com seu amigo e sentir todos os prazeres e sensações agradáveis do mundo, enquanto seu amigo nada sente nem experimenta qualquer prazer. O essencial do prazer reside no coração, e aquele que não tem um coração sensível não sentirá prazer nem mesmo no paraíso”. Rabi Nahman de Bratslav

Nos dois últimos exemplos, prevalecem o sentimento do ser diante do ter. Ser feliz, buscando dentro de si a felicidade. Conhecer-se para valorizar-se. Ter um coração sensível, para evitar o seu aprisionamento pelo sentimento do ter para ser feliz.

O Judaísmo nos ensina a termos um pensamento racional em relação a quem somos nós e a porque viemos ao mundo. Pelo estudo constante aprendemos a amar a D’us, porque passamos a conhecê-Lo e a entendê-Lo melhor. Por conseguinte, passamos a rezar mais, a nos aproximarmos Dele, e, devido a isso, a re-avaliarmos a nossa escala de valores. O que é mais importante para D’us: que sejamos brindados com riquezas ou que sejamos felizes? Nem uma coisa, nem outra. Para D’us, o que importa é o que nós fazemos com o que Ele nos proporciona e concede neste mundo. Trata-se do uso do nosso livre-arbítrio.

Para os menos agraciados pela fortuna, que saibam valorizar o pouco que têm, dentro dos seus limites, porém sem jamais desistir de lutar para conquistar melhores condições de vida. Que trabalhem com alegria e confiança em D’us, agradecendo diariamente pelo que o Criador lhes proporcionou, para que sejam felizes. O desapego com relação aos bens materiais lhes servirá de escudo protetor contra os apelos consumistas e materialistas veiculados pela mídia. A confiança é irmã da alegria.

Para os mais afortunados, cabe a responsabilidade de não se deixarem seduzir pelo forte sentimento do ter para ser feliz. Trata-se, certamente, de uma tarefa difícil, porque o mais abastado tende a afastar-se e a esquecer das suas obrigações para com D’us e para com o seu próximo com mais facilidade do que o mais pobre, justamente por passar por menos privações materiais do que este último. Pode-se considerar, então, que a opulência e a riqueza são, na verdade, um desafio para aqueles que desejam ser felizes, de forma desprendida e com o coração livre. Costuma-se dizer que a riqueza é uma mitzváh (preceito) para aqueles que a possuem. E realmente é assim. Quanto mais riquezas nós temos ou possuímos, mais responsabilidade nós temos para com o nosso próximo. Quanto mais fizermos por ele, mais seremos felizes.

Que todos nós saibamos ser felizes, buscando sempre o equilíbrio que deve existir entre ter e o ser. A busca pelo equilíbrio está nas Leis da Natureza. Tratemos de encontrá-lo dentro de nós mesmos, aprendendo a separar o que é importante daquilo que é simplesmente supérfluo, para que possamos nos libertar de quaisquer pensamentos egoístas e possamos viver com alegria e compartilhá-la com os que vivem entre nós.

sábado, julho 16, 2011

Três semanas de Aflição: Inicia com o Jejum de 17 de Tamuz

Jejum de 17 de Tamuz

17 Tamuz

O 17º. dia do mês hebraico de Tamuz inicia o período nacional de 3 semanas de semi-luto, que culmina com o dia 9 de Av (Tishá BeÁv). É um período histórico onde muitas tragédias ocorreram e é considerado, na cosmologia Judaica, um período tão adverso que, como mencionado anteriormente, aconselha-se a adiar litígios na justiça e é proibida a realização de casamentos. Tradicionalmente nos abstemos de cortar os cabelos, comprar ou vestir roupas novas, ouvir música e fazer viagens de lazer. É tempo para reflexão e melhoria pessoal.

No dia 17 de Tamuz, 5 calamidades ocorreram:

1) Moshe quebrou as primeiras tábuas contendo os 10 Mandamentos, quando desceu do Monte Sinai e viu o povo idolatrando o Bezerro de Ouro; 2) A Oferenda Diária (Korbán Tamíd) parou de ser realizada no Primeiro Templo; 3) Romperam-se as muralhas de Jerusalém, durante o cerco à cidade, na época do 2o. Templo; 4) Apóstomo, o Perverso, um oficial romano, queimou um Sêfer Toráh (Rolos da Toráh); 5) Um ídolo foi colocado no Santuário do Segundo Templo.

O propósito do jejum é despertarmos nossos corações para o arrependimento ao relembrarmos os erros de nossos antepassados (que acarretaram tantas tragédias) e evitarmos de repetir os mesmos erros. O jejum é a preparação para o arrependimento -- para quebrarmos a dominação do corpo sobre nosso lado espiritual. Cada pessoa deve se engajar num auto-exame e tomar a resolução de corrigir seus erros em suas relações com D'us, com as pessoas que convivem e consigo mesma.

terça-feira, julho 12, 2011

O Mundo Humano, pode acolher um mundo de clones?

Clonagem reprodutiva não é um substituto para as falhas perfeitas da humanidade

genetica

As experiências propostas em clonagem humana, anunciadas pelo embriologista italiano Severino Antinori[1], são perigosas, irresponsáveis e merecem condenação. Assinalam um retrocesso, pois estão jogando roleta com a vida humana.

A clonagem é um procedimento repleto de riscos. Nas experiências que criaram a ovelha Dolly, 277 clones de embriões foram produzidos. Apenas 29 desenvolveram-se ao ponto de poderem ser implantados, e apenas um sobreviveu a termo. Os outros desenvolveram anormalidades e foram abortados. Em todas as experiências com animais até o presente, menos de 3 por cento das tentativas de clonagem foram bem sucedidas. Não apenas ocorrem mortes fetais e natimortos, mas mesmo entre aqueles que sobrevivem há uma alta incidência de anormalidades não detectadas a princípio.

Há apenas um mês um importante estudo nos Estados Unidos mostrou que ratos clonados, externamente saudáveis, portavam uma instabilidade genética básica que os colocava em risco de deformidade e morte prematura. A clonagem aparentemente perturba o processo normal de "impressão genômica[2]", pelo qual os genes nos cromossomos vindos de um genitor são ligados ou desligados. A evidência já convenceu muitos cientistas que a clonagem de mamíferos é um processo intrinsecamente falho. Certamente é inseguro demais para ser usado em reprodução humana.

Estas não são reações leigas. Dr. Ian Wilmut[3], que clonou a ovelha Dolly, afirmou várias vezes acreditar que a clonagem humana não será aceitável. Dois meses atrás, a Royal Society pediu o banimento da clonagem humana em todo o mundo. Os riscos são muito altos e as dúvidas grandes demais. Estas são vozes sábias.

Uma coisa é tentar um procedimento médico arriscado em um paciente vivo que enfrenta a morte certa, e outra bem diferente é trazer ao mundo crianças que correrão enormes riscos de anormalidades e morte prematura. O que dirão os médicos, ou os pais, àqueles que não nascerem da forma que se esperou? Desculpe? Achei que era seguro? A tragédia da Talidomida[4] certamente deveria ter sido suficiente para fazer os cientistas pensarem duas vezes antes de tornar disponíveis tratamentos ainda não completamente testados que tenham uma alta - neste caso, avassaladora - chance de falhar.

ClonagemO que dirão os médicos, ou os pais, àqueles que não nascerem da forma que se esperou? Desculpe? Achei que era seguro?

Entretanto, a clonagem não é apenas outra tecnologia. Levanta aspectos jamais apresentados por outro tipo de reprodução assistida. A transferência do núcleo celular ou célula somática é uma forma de reprodução assexuada. Não sabemos por que criaturas grandes, de vida longa como nós, se reproduzem sexualmente. De um ponto de vista evolucionário, a reprodução assexuada parece muito simples. Evita o problema de encontrar um parceiro e todo o amor e guerra que se seguem. Mesmo assim, nenhum dos mamíferos maiores se reproduz assexualmente. Será apenas pela combinação imprevisível de dotes genéticos de pais e avós que uma espécie pode gerar a variedade de que precisa para sobreviver? Correr riscos com nosso próprio futuro genético é suicida.

A verdadeira objeção à clonagem, porém, é a ameaça às crianças nascidas desta forma. É certo que pessoas geneticamente idênticas já existem, como no caso de gêmeos idênticos. Uma coisa, porém é isto acontecer; outra coisa é provocar deliberadamente esta ocorrência. Gêmeos idênticos não existem para que um possa servir como fonte de tecido compatível de substituição para o outro. Mas a clonagem trata as pessoas como meios, ao invés de fins em si mesmas. Será um passo decisivo na co-modificação da vida humana. Poderá apenas transformar alguns dos aspectos mais básicos de nossa humanidade.

Toda criança nascida da mistura genética entre dois genitores é imprevisível, um dom de graça, parecida e ao mesmo tempo diferente daqueles que a trouxeram ao mundo. Esta mistura de parentesco e diferença é o aspecto essencial dos relacionamentos humanos. Está por trás daquilo que é a crença que define a civilização ocidental, que cada indivíduo é único e insubstituível. O que seria do amor se soubéssemos que, caso perdêssemos o ser amado, uma réplica poderia ser criada? O que aconteceria ao nosso senso de individualidade se fôssemos feitos sob encomenda? Se há um mistério no âmago da condição humana, é a diversidade: a diversidade do homem e mulher, pai e filho. É o espaço que criamos para diversidade que torna o amor algo mais que narcisismo, e a paternidade algo maior que uma autocópia. É isso que dá a cada criança o direito de ser ela mesma, de saber que não é a reprodução de alguém, construída segundo um molde genético pré-planejado ao capricho de alguém. Sem isso, a infância seria suportável? O amor sobreviveria? Um mundo de clones ainda seria um mundo humano? Duvido.

clonagem1Há alguns mistérios perante os quais, a única reação apropriada é reverência, responsabilidade e moderação. Dr. Antinori e sua equipe demonstraram uma falta das três.


[1] É um médico ginecologista italiano que mora e trabalha em Roma. Defende a clonagem humana. No início de 2002, surpreendeu o mundo ao clonar pela primeira vez uma célula humana.

[2] Genômica é um ramo da bioquímica que estuda o genoma completo de um organismo. Essa ciência pode se dedicar a determinar a seqüência completa do DNA de organismos ou apenas o mapeamento de uma escala genética menor.

[3] A ovelha Dolly (5 de Julho de 1996 — 14 de Fevereiro de 2003) foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta. Dolly foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escocia, onde viveu toda a sua vida. Os créditos pela clonagem foram dados a Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria na verdade o maior responsável pela clonagem.

[4] A talidomida (C13H10N2O4) é uma substância usualmente utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnotico. Devido a seus efeitos teratogénicos, tal substância deve ser evitada durante a gravidez e em mulheres que podem engravidar, pois causa malformação ou ausência de membros no feto.

segunda-feira, julho 11, 2011

As Tribos Perdidas de Israel

O Mistério das dez tribos perdidas

sambatyon2

As Dez Tribos foram exiladas durante a Era do Primeiro Templo - aproximadamente há 2500 anos, e estão separadas do restante do judaísmo desde então. Mas ao final, serão redimidas, e juntar-se-ão ao restante do judaísmo - na era de Mashiach (do redentor).

Este ensaio dirige-se às várias opiniões no Talmud a respeito do destino das Dez Tribos, e a grande dúvida: As Dez Tribos realmente voltarão?

Mais de 1000 anos antes das Dez Tribos serem exiladas, o amado filho de Iahacov - Iosef, foi raptado pelos irmãos - e vendido como escravo. Finalmente, após muitos anos de separação, reuniu-se novamente com seu pai e irmãos. A Toráh descreve como Iosef revelou sua identidade a seus irmãos: "Iosef não conseguiu se refrear... e ele chorou em alta voz" (Bereshit – Gêneses 45:1-2).

Este fenômeno se repetiria em escala muito maior - com os filhos de Iosef juntamente com outras tribos.

Iosef representa as Dez Tribos, pois a capital das Dez Tribos era Monte Efraim (Irmiyáhu – Jeremias 31:5), e Efraim era filho de Iosef.

Esta reunião será triste: "Com choro eles virão, e com misericórdia eu os levarei" (Irmiyáhu 31:8).

O profeta Iechezkel – Ezequiel (37:19-22) fala sobre esta reunião:

"Estou levando o bastão de Iosef, que está na mão de Efraim, e as tribos de Israel - seus amigos, e os colocarei no bastão de Iehudáh, e os transformarei em um só bastão, e serão uns na minha mão... Estou levando os filhos de Israel das nações às quais eles foram, e os reunirei de toda parte e os trarei à terra deles. E os transformarei em uma só nação, na terra, nas montanhas de Israel. E um rei reinará sobre eles, e não serão mais duas nações, e não mais se separarão em dois reinos."; i.e., até agora, tem havido separação dentro do judaísmo. A princípio, na forma de dois reinos e mais tarde foram completamente separados. Quando Mashiach chegar, D'us nos transformará "em uma só nação e não mais seremos divididos em duas nações."

Embora aparentemente seja claro que as Dez tribos retornarão, quando consultamos estas fontes, vemos que não é tão simples como parece.

Citemos o Mishnáh (Literatura Rabínica) em Sanhedrin (110b):

“As Dez Tribos não retornarão como foi dito (Nitsavim 29:27): ‘E Ele os jogou a uma terra diferente como este dia’. Assim como o dia passa e jamais voltará, eles também serão exilados para nunca mais voltarem”. Estas são as palavras de Rabi Akiva.

Rabi Eliezer disse: “Assim como o dia é seguido pela escuridão, e a luz mais tarde retorna, assim também ficará escuro para as Dez Tribos. D'us por fim os tirará de suas trevas.'“.

Dessa maneira, temos duas opiniões a respeito do destino das Dez Tribos. O Talmud menciona um ponto de vista adicional, que afirma que o destino das Tribos depende de seu comportamento. "Rabi Shimon ben Iehudáh de Kefar Ako diz em nome de Rabi Shimon: 'Se seu comportamento continuar da maneira que é hoje (este dia) eles não retornarão. Se eles se arrependerem, na certa retornarão.'“.

Comecemos com uma análise da opinião de Rabi Akiva, de que as Dez Tribos ficarão perdidas para sempre. Tal opinião exige uma explicação: se o judaísmo consiste inteiramente de duas tribos remanescentes (Iehudáh e Biniamin), como podem os versículos referir-se à união da “Árvore de Yehudá” e da Árvore de Iosef ”.

Além disso, o profeta Iechezkel falou em dividir a Terra de Israel entre 12 Tribos.

Abarbanel explica (Yeshuot Meshicho 1:4):

Na época de Rabi Akiva, as Dez Tribos tinham estado perdidas por mais de 600 anos, e não havia a mínima pista sobre se ainda existiam.

Considere: Se as Dez Tribos tivessem ainda permanecido leais ao judaísmo, por que não teriam enviado pelo menos um mensageiro a Jerusalém durante a Era do Segundo Templo - para verificar os rumores de que os judeus tinham retornado ao seu país e reconstruído o Templo?

Este argumento convenceu Rabi Akiva de que as Dez Tribos devem ter se assimilado às nações pagãs e não seriam mais consideradas como parte do povo judeu.

E a respeito das profecias que implicam que todas as tribos existirão na Era Messiânica, Rabi Akiva poderia argumentar que, enquanto a maioria das Dez Tribos foi exilada e jamais retornará, algumas podem ter escapado e hoje vivem entre nós. Dessa maneira, teremos representantes de todas as Tribos Perdidas, e as profecias serão realizadas através deles.

Após discutir a opinião de Rabi Akiva, discutiremos o ponto de vista oposto de Rabi Eliezer (que é aceito pela lei judaica) - de que as Dez Tribos retornarão.

O Talmud explica que esta opinião é baseada no versículo (Yeshayahu – Isaias 27:13) "e será naquele dia, um grande shofar será tocado, e os desgarrados virão da terra de Ashur" - este versículo refere-se às Dez Tribos que foram exiladas para a terra de Ashur (Assíria).

Resta um ponto ainda a ser esclarecido: Amos (5:1-2) disse em referência às Dez Tribos: "Escute isso, sobre o qual estou pranteando: A Virgem de Israel caiu, e jamais se levantará". Como Rabi Eliezer explicaria as palavras "e jamais se levantará?”

Uma explicação possível é que "não se levantará" como uma entidade independente, mas se levantará como uma entidade totalmente dependente do reino de Iehudáh.

O Midrash nos diz que as Dez Tribos foram exiladas em três locais: algumas foram exiladas para o país atrás do Rio Sambation. Outro grupo foi exilado para uma terra “distante” atrás do Rio (este país tinha o dobro da distância para Israel que o primeiro país); o terceiro grupo foi “(engolido em Rabesla)”.

O Midrash descreve então o modo pelo quais alguns do Terceiro Grupo, que foram engolidos, retornarão:

"D'us lhes fará túneis subterrâneos e viajarão através deles, até chegarem ao Monte das Oliveiras em Jerusalém (Ierushalaim). D'us estará no Monte fazendo com que se parta, e as Dez Tribos emergirão do seu interior." (Yalkut Shimoni, Yeshayahu 469).

Obviamente, o Midrash não deve ser entendido ao pé-da-letra, ao contrário, está se referindo ao exílio espiritual que este grupo agora suporta, e a transformação espiritual pela qual passarão quando Mashiach chegar:

As Dez Tribos foram levadas ao exílio e “engolidas”, i.e., esqueceram-se totalmente de sua identidade judaica, como se tivessem sido "engolidos" por alguma força externa. Sua energia permanece apenas na forma potencial. Quando Mashiach vier, D'us os levará través de “túneis”, simbolizando o processo de refinamento, e os levará até o Monte das Oliveiras - uma montanha que fora originalmente dedicado ao cultivo de frutos - um símbolo de energia potencial. Finalmente a montanha se partirá, e eles emergirão - sua identidade judaica re-emergirá do atual estado de "potencial" e será plenamente realizada.

¿Quién es el loco?

     Un Explorador…

¿¿Será Loco??

 

Un explorador1

Un explorador estaba escalando una montaña y de pronto pierde el equilibrio y cae a un barranco.- Cuando despierta advierte que esta siendo atendido por una extraña raza de hombres ciegos y en su horror escucha que ellos quieren normalizarlo, y por ello le van a extirpar esas protuberancias que tiene en la cara (los ojos).-

Nuestro héroe logra desprenderse de esta gente y comienza a ascender nuevamente la montaña y detrás lo persiguen los hombres ciegos y mientras huye escucha que sus voces dicen:
“Pobre, esta loco... dice que ve....”
Ahora agrego yo:
cuantos son considerados locos en nuestro tiempo y lo fueron también en su tiempo....