quarta-feira, outubro 12, 2011

Sucot: Miscelâneas!!

O que é Sucot ?    ?מה זה סכות

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Imediatamente após os Dias Temíveis de Rosh Hashanáh e Iom Kipur, nós nos preparamos para a exuberância de Sucot - a “Estação de Nosso Júbilo”. Após deixar o Egito, durante os quarenta anos vagando pelo deserto, o povo judeu estava sempre rodeado por protetoras “Nuvens da Glória”. Em comemoração e para incrementar a nossa consciência dos todo-abrangentes amor e proteção de D'us, foi-nos ordenado “Em Sucot (cabanas) vivereis sete dias “ (Levitíco, XXIII:42).

Outra Mitsváh especial de Sucót é a de sacudir juntas as “Quatro Espécies” - o Etrog (citro), o Lulav (ramo da tamareira), os Hadassim (mirtos) e as Aravot (salgueiros). Uma explicação, dentre muitas, é que cada uma destas quatro espécies representa um tipo diferente de judeu. O fato de que a Mitsváh exige o conjunto das quatro simboliza nossa unidade como um povo, todos precisamos uns dos outros. E as Quatro Espécies são sacudidas em todas as direções dos pontos cardeais e ainda para cima e para baixo, significando que D'us está em toda parte.

A Observância de Sucot
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A Sucáh

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Durante os sete dias da festividade, todas as refeições devem ser feitas na Sucáh, a não ser que chova. Essa obrigação é só para homens. Mulheres estão isentas de comer numa Sucáh, mas têm permissão para fazê-lo, se assim o desejarem, Ao participar de uma refeição que contenha no mínimo 30g de pão ou bolo, e 86ml de vinho deve ser recitada a bênção Leshêv Bassucáh.

As Quatro Espécies

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Em cada um dos sete dias de Sucot, exceto Shabat, sacudimos as Quatro Espécies no horário diurno. Segure o Lulav (ao qual estão amarrados três Hadassim e duas Aravot) na mão direita, com o dorso do Lulav voltado em sua direção. Diga a bênção apropriada, depois pegue o Etrog na mão esquerda, encoste-o junto às outras três espécies e sacuda-as com as mãos unidas.

Os Dias Intermediários de Sucot ( Chol Hamoêd )

O terceiro até o sétimo dia de Sucot são chamados de Chol Hamoêd - dias intermediários. Não recitamos o Kidush nem acendemos as velas de Iom Tov. Não obstante, apenas o trabalho muito necessário deverá ser feito.

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O sétimo dia de Sucot é chamado hoshanáh rabáh. É costume permanecer acordado e recitar trechos da Toráh e do livro dos Salmos. Pela manhã, circunda-se a Bimáh da sinagoga sete vezes, com o Lulav e o Etrog na mão. Depois recitam-se preces especiais denominadas “Hoshaanot”, enquanto seguramos cinco ramos de salgueiro amarrados juntos. Batemos com os ramos do salgueiro no chão, simbolicamente adoçando o julgamento de D'us. Este costume nos foi transmitido na era profética através dos profetas.

Qual o Significado de Sucót e Como é Celebrada ?

Sucót significa "cabanas". Durante 40 anos vagando pelo deserto, nós vivemos em Sucót. Nós somos ordenados (confira em Vaikráh 22:33-44) neste feriado a fazer da Sucáh nossa residência principal: comer, dormir, estudar Toráh e passar nosso tempo nela. Se for muito incômodo ficar na Sucáh -- por motivo de chuva ou coisas do gênero -- então a pessoa está liberada da obrigação de habitar a Sucáh. Dependendo das condições climáticas, tentamos, no mínimo, comer na Sucáh. Também somos ordenados a agitar os Arbaát HaMinim, as 4 Espécies, que têm muitos significados místicos e profundos. Entre eles: que o Todo-Poderoso controla todo o mundo, os ventos, as forças naturais e tudo o mais; que todos os Judeus estão interligados como um único Povo, sejam eles transgressores ou santos, sábios ou ignorantes.

A mitsváh de habitarmos a Sucáh nos ensina a confiar em D'us. Todos nós temos a tendência a pensar que nossas posses, nosso dinheiro, nossos lares ou nossa inteligência nos protegerão. Na Sucáh estamos expostos à natureza, numa cabana temporária. Viver numa Sucáh coloca a vida em sua verdadeira perspectiva. Nossa história tem provado isto. Nossa fé precisa ser somente em D'us.

Sucót é chamada de Zemán Simchatênu, a época de nossa alegria. Alegria é diferente de felicidade. Felicidade é estarmos satisfeitos com o que temos.

Alegria é o prazer de anteciparmos um bem futuro. Se confiamos em D'us e acreditamos que tudo o que Ele faz é para o nosso bem, então conheceremos grandes alegrias em nossas vidas !

Sucót é um dos Shalósh Regalim, os 3 Festivais (os outros dois são Pessach e Shavuót), quando a Toráh ordena a todos os que moram em Israel a deixar seus lares e virem a Jerusalém, celebrar a festividade no Templo Sagrado. Nos últimos 2.000 anos, desde a destruição do Templo Sagrado, estivemos incapacitados de cumprir esta mitsváh.

Significado dos Arbaát HaMinim ( as Quatro Espécies)

Uma das mitsvót (mandamentos) especiais de Sucót são os Arbaát HaMinim, as Quatro Espécies (etróg, luláv, hadassím e aravót), bem como agitá-las para os 4 pontos cardeais, para cima e para baixo. Um dos significados destes movimentos é que D’us está em todo lugar. Entretanto, por que justo estas 4 espécies foram designadas para esta mitsváh ?

Nossos rabinos nos ensinam quês estas 4 espécies simbolizam 4 tipos de Judeus: o etróg tem fragrância e gosto, representando aqueles Judeus que estudam Toráh e praticam boas ações. O luláv (ramo de palmeira) tem cheiro mas não tem sabor, representando aqueles Judeus que estudam Toráh mas não fazem bons atos. Os hadassím (ramos de mirto) têm sabor mas não têm cheiro, simbolizando aqueles Judeus que fazem boas ações mas não estudam Toráh. Finalmente, as aravót (ramos de salgueiro) não têm nem sabor nem cheiro,representando os Judeus que não estudam Toráh nem praticam boas ações.

Que fazemos em Sucót ? Unimos estas 4 espécies, ou seja, unimos e reconhecemos cada Judeu como parte integral e importante do Povo Judeu. Se apenas um estiver faltando, a mitsváh estará incompleta. Nosso Povo é um.

Precisamos fazer tudo que pudermos para unir o Povo Judeu e para fortalecer o futuro Judaico!.

SUCOT: A FESTA DAS CABANAS

SUCOT

A FESTA DAS CABANAS

O CONCEITO DO PERDÃO

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De todas as festas do calendário hebraico, há três que têm uma relação entre si. Estas festas são conhecidas como shalosh regalím (as três festas de peregrinação – Pêssach, Shavuot, Sucot). Nestas três festas cumpria-se com a obrigação de peregrinar à cidade de Yerushaláyim (Jerusalém) nas épocas nas quais a Casa Santa (Bet Hamikdash) estava em pé.

Estas festas não só estão relacionadas com sucessos históricos determinados, como também têm a ver com o trabalho da terra. Na festa de Pêssach – que sempre cai na época da Primavera – recordamos a saída da terra do Egito. Na festa de Shavuot – época na qual se colhe o produto do campo – recordamos a entrega da Toráh no Monte Sinai. E, na festa de Sucot, recordamos que D’us fez-nos cabanas no deserto, quando saímos do Egito e protegeu-nos mediante ananê hakavod (as nuvens de honra). Por outro lado, nossa festa tem relação com a finalização da colheita de toda a produção do campo, ou seja, o momento em que se a armazenava.

Nestes dias devemos pensar em toda a benevolência que teve e tem nosso Criador (Borê Olám) para conosco. Quando saímos do Egito, apiedou-Se de nós e protegeu-nos durante quase quarenta anos ao prover-nos cabanas (sucot), que nos protegiam do Sol durante o dia e do frio durante a noite. Entretanto, sua proteção não se limitava ao natural, mas também tinha lugar no rol do sobrenatural através das nuvens de honra ou glória.

Por outro lado, desde o Sucot anterior até este, também temos desfrutado de sua bênção no campo econômico. Temos tido a parnassáh (sustento) necessária para que pudéssemos nos alimentar e obter nossas necessidades vitais. É por isso que devemos ter humildade e sair do lugar mais seguro que temos – nosso lar – para viver durante os dias da festa na Sucáh. Desta maneira expressamos a idéia de que toda a nossa segurança vem do Senhor e não de nosso poder e esforço, ou seja, aprendemos a ser mais sensíveis à nossa concepção humana e liberarmo-nos da vaidade que nos torna cegos.

Quando saímos de um lugar tão protegido de ventos, frio, calor e chuvas e entramos na Sucáh, experimentamos uma sensação de insegurança, sentimo-nos indefesos e desprotegidos, e é nesse preciso momento que devemos recordar de D’us, verdadeira fonte de tranqüilidade e proteção em todos os aspectos de nossa vida.

Por outro lado, pode-se encontrar uma mensagem na mitsváh da Sucáh, observando sua localização no calendário. Faz poucos dias, em Yom Hakipurím (O Dia do Perdão), temos sido julgados e D’us perdoou nossas atitudes erradas porque viu nosso sincero arrependimento. Quando nós deixamos nossas casas e vamos à sucáh para viver durante alguns dias a intempérie, estamos mostrando, de alguma forma, que até este momento “protegemo-nos da segurança de nossas casas” porque estávamos cheios de errores e o temor invadia-nos por medo das suas conseqüências. Porém, agora que já fomos perdoados, saímos de nossas casas sem medo algum.

Esta idéia está situada na Toráh. No livro Bereshit (Gênesis), capítulo 23 e subseqüentes, conta-nos a Toráh acerca do regresso de nosso Patriarca Iahacov à terra de Israel. Iahacov reencontrou-se com seu irmão Essav depois de residir vários anos com seu tio Laban. Ele havia escapado da casa de seus pais e de sua terra, pois seu irmão Essav queria matá-lo por haver tomado suas bênçãos. Depois do reencontro, Essav pediu-lhe que fossem juntos, e Iahacov explicou-lhe que seria impossível, pois tinha meninos pequenos e gado que devia cuidar, pedindo-lhe que se adiantasse. Logo, diz a Toráh, “Voltou-se, naquele dia, Essav a seu caminho, a Seir. Mas Iahacov trasladou-se a Sucot...” (Bereshit – Gênesis, Cap. 33, 16-17)

Este episódio pode-se interpretar da seguinte maneira: Essav simboliza o Yêtser Hará (mau instinto) e nosso Patriarca Iahacov simboliza todo o Povo de Israel. Seir é o nome do lugar aonde foi Essav, e tem um significado etimológico: cabra, e alude à cabra que se enviava em Yom Kipur ao lugar chamado Azazel, no deserto. Mediante este ritual, D’us perdoava as transgressões dos filhos de Israel, como explica a Toráh no livro Vaykrá (Levítico), capítulo 18.

Depois que o instinto negativo (Essav) vê que a cabra foi enviada ao deserto, não denuncia os erros dos filhos de Israel. Ele os abandona e regressa a seu lugar, no deserto. E, quando o Povo de Israel (Iahacov) vê que o instinto negativo (Essav) abandonou-os, saem à sucáh demonstrando assim que já não temem por causa dos erros cometidos. Estão dispostos a viver sem temor e com alegria.