sexta-feira, outubro 03, 2014

O Coração a fonte da Teshuvá

coração e teshuvá

 

Há alguns anos atrás, em Flatbush, Nova York, um senhor já de idade, que sempre se sentava na parte de trás da sinagoga, falou ao Rabino que queria doar um Sefer Torá. O cavalheiro, Sr. Shimshon Braum (nome fictício) comentou ao Rabino que já havia encomendado um Sefer Torá a um sofer (escriba) e agora o trabalho estava quase concluído. O Rabino estava muito surpreso: o Sr. Braum não era conhecido como uma pessoa de posses e o custo de um Sefer Torá pode chegar a 30.000 dólares.

O Rabino conversou com o sofer e descobriu que o Sr. Braum havia pago pequenas somas durante muitos anos e recentemente fizera o último pagamento. O Sefer Torá estaria concluído em alguns dias.

No Shabat, o Rabino anunciou as boas notícias aos congregantes e todos se dirigiram ao Sr. Braum para cumprimentá-lo e agradecer por sua generosa dádiva à sinagoga. Planos foram feitos para a Hachnassat Sefer Torá, o recebimento do Sefer Torá na sinagoga.

Algumas semanas depois, numa bela tarde de domingo, a congregação reuniu-se na casa do Sr. Braum e escoltou-o enquanto carregava o Sefer Torá de sua casa para a rua, onde caminhou para trazer a Torá à sinagoga. Danças e cantos acompanharam aqueles que se revezavam para carregar a Torá, e uma refeição especial os aguardava na sinagoga em honra à ocasião.

Alguns dias depois, um vizinho perguntou ao Sr. Braum se havia algum motivo em particular pelo qual ele decidiu que um Sefer Torá deveria ser escrito. No começo ele hesitou em falar sobre o assunto, mas no final concordou e contou sua chocante e comovente história:

Shimshon Braum tinha apenas 16 anos quando os nazistas o prenderam, seus pais e [SUAS] irmãs em Lodz, na Polônia, e os enviaram a um dos notórios campos de concentração. Pouco após sua chegada, os pais foram separados das crianças e Shimshon nunca mais ouviu falar deles. Ele foi colocado em um campo de trabalhos forçados e passou diariamente por humilhações e sofrimentos.

Certa noite, enquanto estava deitado na cama, um soldado nazista entrou para checar os prisioneiros. Ele passou de cama em cama – e então viu Shimshon. De repente [,] ele olhou para os pés de Shimshon, arrancou suas botas e gritou: “Estas botas agora são minhas”.

Shimshon ficou paralisado. As botas de couro lhe foram dadas por seus pais pouco antes de a família ser capturada pelos nazistas. Shimshon as queria muito, pois eram seu último elo de conexão com seus amados pais. Ele não tinha fotos, cartas, nenhuma lembrança que pudesse segurar num momento de dificuldade para se fortalecer e agüentar a situação. As botas se tornaram suas preciosas lembranças.

Shimshon gritou desesperadamente. Este ato cruel do soldado nazista partiu os últimos laços tangíveis com seus pais. Era devastador. Shimshon chorou por horas e acabou adormecendo.

Na manhã seguinte, ele saiu do barracão descalço e encontrou o soldado que tinha pegado[PEGO] as botas. Desesperado, ele lhe implorou: “Por favor, me dê um par de sapatos. Não tenho nada para calçar em meus pés. Vou congelar até a morte”. Ele nem se atreveu a antagonizar o soldado pedindo de volta suas próprias botas.

Para surpresa do rapaz, o soldado falou: “Espere aqui. Voltarei em cinco minutos com sapatos para você”.

Shimshon tremia de frio enquanto esperava o soldado voltar. Em alguns minutos o soldado retornou com um par de sapatos e o entregou para o surpreso, mas agradecido jovem.

Shimshon voltou ao barracão e sentou-se na cama para calçar seus novos sapatos. Ele os examinou cuidadosamente. Eram feitos de madeira, como tamancos, mas ele sabia que teria que usá-los independentemente do material que eram feitos ou de quão desconfortáveis seriam. Quando estava para colocar seu pé no sapato, ele olhou para seu forro e engasgou: o forro era um pedaço de pergaminho de um Sefer Torá!

Shimshon ficou aterrorizado: como aquele nazista podia ser tão sem coração? Como ele poderia pisar nas palavras que o Todo-Poderoso falou para Moshe (Moisés) escrever para todas as gerações? Mas Shimshon sabia que não tinha escolha. Não havia mais nada para calçar e eram estes sapatos ou morrer de frio. Hesitante, cheio de culpa, ele calçou os sapatos.

Agora, muitos anos depois, o Sr. Shimshon disse: “A cada passo que eu dava, sentia-me como se estivesse pisando num Sefer Torá de D'us. Falei para mim mesmo: ‘Juro que se um dia sair vivo deste campo, não importa quão rico ou pobre eu for, algum dia providenciarei para que um Sefer Torá seja escrito e devolverei ao Todo-Poderoso a honra que Lhe tirei ao pisar em[SUA] sua Torá. Foi por este motivo que doei o Sefer Torá à sinagoga”.

Impressionante, não? Esta história verídica tem o objetivo de demonstrar e ensinar como podemos usar as expressões e palavras que saem de nossas bocas para construir mundos, tornando-nos pessoas melhores e que ajudam o próximo a também melhorar, conquistando e proporcionando um ano alegre e feliz para todos nós.

GUEMAR CHATIMÁ TOVÁ

Iona y la Teshuvá

Iona y la Teshuvá

Cada persona debe aprovechar este día de Yom Kipur para hacer una profunda auto examinación de sus acciones, puesto que el propósito esencial de la santidad de este día no es el ayuno en sí, sino motivar a la persona a arrepentirse.

Y así está escrito respecto del pueblo de la ciudad de Ninevé, cuando ellos se arrepintieron de sus malas acciones: "Y D'os vió sus acciones" (Ioná - Jonás - 3:10).

En el Talmud (Taanit 22a), Nuestros Sabios explicaron que este versículo no dice que D-os vió sus ropas de arpillera y su ayuno (es decir, sus actos externos), sino que Hashem vió las acciones de los habitantes de la ciudad de Ninevé (es decir, su cambio de actitud provocado por una actitud interna), y el profeta Ioná precisamente enfatiza este punto puesto que fundamentalmente el propósito de la acción de ayunar es llegar al arrepentimiento sincero.

Esta introversión constituye un momento fundamental en la תשובה - Teshuvá, una instancia que – más allá de la significación posible del arrepentimiento - resulta un proceso que lo devuelve a su propia individualidad. En este sentido, la Teshuvá es entendida como la vuelta a uno mismo.

Es por eso que debemos cuidar el ayuno pero no menos importante es meditar sobre los cambios internos que su realidad exige, y que en este día impar, cuya santidad nos lleva acercarnos Hashem y también a nosotros mismos, no podemos desperdiciar el día Yom Kipur.  .

La lectura de Ioná en este día, es un motor educativo que nos acerca a nuestro propio proceso interno, que a pesar de haber pasado por un monton de dudas, el finalmente elige el camino indicado por Hashem. El día de Yom Kipur nos invita a este proceso de introspección es un disparador para el Tikun Atzmi, que nos dejará luego en las puertas de lo colectivo, cuando salimos de nosotros mismos y vamos al encuentro con los otros. Recordando las palabras del Profeta Iona, que deben repercutir en nuestro interior: “Ivri Anoji Veet Hashem Elokei Hashamaim Ani Iare – Hebreo Soy y Hashem yo temo” (Iona 1:9)

GUEMAR JATIMÁ TOVÁ