terça-feira, maio 23, 2017

Iom Ierushalaim: 50 anos de sua reunificação



Iom Ierushalaim 

7 de Junho de 1967 – 28 de Iyar de 5727

24 de Maio de 2017 – 28 de Iyar de 5777
Às 10:20 do dia 07 de Junho de 1967, o terceiro dia da Guerra dos Seis Dias, Raphael Amir, dos Serviços de Radiodifusão de Israel, anunciou: "Neste momento, estamos passando pela Portão dos Leões, num jipe com a liderança do Exército de Israel. Estou agora sob a sombra do portão. Agora estamos novamente sob o sol, na rua. Do lado de dentro da cidade velha." Ao fundo, podiam ser ouvidas vozes e tiros de soldados: "Para o muro, para o muro!".
Dois dias antes disto, a noção de que os israelenses estariam tocando as pedras do Muro das Lamentações (Ocidental) não havia nem sido sonhada. No primeiro dia da guerra, o governo israelense se encontrou no porão do Knesset. Sobre o barulho dos Jordanianos bombardeando Jerusalém, Levi Eshkol, o primeiro-ministro, abriu a reunião, explicando, "eu entendo que você ouviu uma revisão da situação de batalha e assumo que esta noite teremos que discutir a continuação em relação à Jordânia, se eles continuarem seus ataques. Tudo depende de que assuntos nos ocuparão, particularmente o Sinai."
Embora depois, naquela mesma noite, ficasse claro que a campanha do Sinai tinha sido bem sucedida, Jerusalém e outras vizinhanças ao longo da fronteira com a Jordânia ainda estavam sujeitas à matança por parte das bombas jordânianas e seus soldados. Foi decidido que os pára-quedistas de Motta Gur invadiriam Jerusalém Oriental para unirem-se com a unidade israelense no Monte Scopus, que estava sob ataque dos jordanianos.
Não foi até aquela noite, às 20:30, que a noção de entrar na Cidade Velha entrou nos planos de batalha. Em uma reunião na Escola de Moças Evelina Rothschild, que serviu como sede da brigada de pára-quedistas Motta Gur, o chefe de regimento dos pára-quedistas, explicou seu plano. Este ia mais adiante que a abertura de uma rota para a Cidade Velha, pois isto incluia a própria Cidade Velha. Com respeito a esta revelação, a sala silenciou, esperando a reação do comandante oficial do Comando Central, Uzi Narkiss. Depois de uma pausa curta Narkiss declarou, "O plano está autorizado. Tome estes objetivos e vejamos como as coisas se desenvolvem. E você, Motta, mantenha-se pensando na Cidade Velha todo o tempo". O cenário estava montado.
As batalhas em Jerusalém Oriental continuaram durante uma noite e um dia. Na quarta-feira pela manhã, 7 de junho, os pára-quedistas invadiram a Cidade Velha pela Portão dos Leões e imediatamente avançaram ao Monte de Templo. Em seu sistema de comunicações, Motta Gur fez o anúncio histórico, "O Monte de Templo está em nossas mãos." Os pára-quedistas juntaram-se no planalto do Monte de Templo, e então começaram a apressar-se para o Muro Ocidental.
Som o som de um shofar, e soldados cantando "Ierushalaim Shel Zahav", Motta Gur descreveu a cena para os ouvintes do rádio por todo o país: "É difícil expressar em palavras o que estamos sentindo. Vimos a Cidade Velha a nossa direita quando estávamos na crista da Augusta Victória. Nós apreciamos a vista e agora estamos roucos de tanto gritar, além da excitação de entrar à frente desta escolta ... continuamos de motocicleta, passamos pelo acampamento jordaniano e éramos os primeiros a chegar ao Monte de Templo, com grande excitação. Moishele que tem sido por muitos anos meu chefe, levou alguns homens e correu para içar a bandeira sobre o Muro Ocidental. Agora a Cidade Velha inteira está em nossas mãos e nós estamos muito contentes!".
Às 2 horas da tarde, o Major General Uzi Narkiss voltou ao Muro com o chefe-de-pessoal, Yitzhak Rabin Geral e o Ministro de Defesa, Moshé Dayan. Em seu diário, Narkiss detalhou a ocasião. "Nós chegamos ao Muro Ocidental. A multidão é agora maior do que esta manhã. Soldados animados clareiam o lugar para o Ministro de Defesa e sua companhia e todo fomos ao Muro. Dayan tira um pedaço de papel de seu bolso e empurra-o em um espaço entre duas pedras. Koby Sharett lhe pergunta o que estava escrito, e Dayan responde: «Que haja paz em Israel»."
Minutos depois, Moshé Dayan leu em voz alta a seguinte declaração: "Nós voltamos ao nosso lugar mais santo, e nunca novamente vamos deixá-lo. Para seus vizinhos árabes, o Estado de Israel estende suas mãos em paz, e assegura a todas as outras religiões que manterá liberdade completa e honrará a todos seus direitos religiosos, mas sempre garantirá a unidade da cidade e para nela viver com os outros, em harmonia. "
Apesar de todos os dignitários, oficiais do exército, políticos e rabinos que tinham visitado o Muro, havia uma ausência notável. O Presidente de Israel, Zalman Shazar, não havia ainda visto o Muro. São descritos os arranjos para a visita do Presidente no livro Jerusalém é Uma, de Uzi Narkiss. Quando Narkiss soube que o Presidente quis visitar o Muro, tentou o persuadir de que a situação permanecia ainda muito perigosa. O Presidente persistiu, mostrnado que sua opinião não devia ser discutida: "Jovem rapaz! Preste atenção! O Presidente de Israel tem que ir para o Muro! Eu não estou falando sobre Zalman Shazar. Ele já é um homem velho; o que ele poderia fazer em sua vida, já o fez. Não é importante se ele vive ou morre. Mas o Presidente do Estado de Israel tem que ir para o Muro. Está em suas mãos! Eu lhe peço que considere que arranjos de segurança podem ser constituídos para o Presidente de Israel e então pode ser dada sua estimativa do risco envolvido. Se for muito sério, não irei, 'para que não se alegrem os filhos dos Filisteus'. Mas se o risco não for muito grande, o Presidente irá ao Muro. " O Presidente do Estado de Israel imediatamente partiu para o Muro.
No dia de hoje, os Judeus uma vez mais rezarão no Muro Ocidental e entraram livremente na Cidade Velha. No dia 7 de Junho de 1967, as linhas divisórias de Jerusalém foram redesenhadas. Jerusalém estava, mais uma vez, reunificada. Os judeus retornaram a sua cidade, a seu lar, ao cdentro de espiritualidade do Povo Judeu. Como está escrito em nossas fontes:
“IM ISHCACHEH IERUSHALAIM, TISHCACH IEMINI”
«Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria. »  Salmos 137:5-6
Hoje lembramos 50 anos de sua reunificação, do retorno dos judeus a seu lar. Quando Ierushalaim se reunifico, nesse instante o Povo Judeu posso dizer agora a independência de Israel é completa.