terça-feira, maio 10, 2016

Iom Hazicarón e Iom Haatsmaut


Dia da Independência
Iom Haatsmaut

A festa nacional do Estado de Israel, que registra a declaração de independência, no dia 5 do mês de Iyar do ano Tashach (5.708) (14.5.1948).
O Rabinato Central de Israel declarou o Dia da Independência (Iom HaAtzmaut) como um feriado religioso, e compôs uma forma de oração especial para as oração vespertina (Tefilat “Maariv”) e matutina (Tefilat “Shacharit”), que fazem parte das muitas edições padronizadas dos livros de orações, em Israel e na Diáspora.
A oração compreende o “Halel” (a parte de “Louvor”) e partes de leitura dos profetas (Isaías, 10:32), que devem ser recitadas sem as bênçãos que as acompanham. O Rabinato também postergou, dentro deste dia, os costumes de luto que são habituais aos dias da “contagem do Omer”.
Segundo uma regulamentação aprovada pela Knesset (Parlamento), antecipa-se o Iom HaAtsmaut à quinta-feira que lhe é anterior, naqueles anos em que o Dia da Independência (5 de Iyar) recai numa sexta-feira ou num sábado, e tudo isto para não causar uma profanação do sábado.
Os eventos do Dia da Independência se iniciam com uma cerimônia estatal, no Monte Hertzl, em Jerusalém, perto do túmulo do visionário do Estado de Israel. O país, em suas ruas e casas, é ornamentada com as bandeiras da nação. O povo comemora com cantos e danças nas ruas e em festas organizadas. Dezenas de milhares de famílias excursionam pelos recantos do país, nos parques, nos bosques, que foram plantados e mantidos pelo Kéren Kaiémet Leisrael (Fundo Nacional Judaico).
Nos últimos anos, ganha um valor central nas comemorações do Dia da Independência, o Concurso sobre a Bíblia para Jovens Judeus de Israel e da Diáspora. Ao se encerrar o Dia da Independência são conferidos, sob os auspícios da Presidência do Estado, os Prêmios “Israel” aos que se distinguiram nos diversos ramos científicos e artísticos.
A véspera do Dia da Independência é no dia 4 do mês de Iyar, e foi determinado pelo governo de Israel como o Dia Geral de Recordação por aqueles caídos pelo erguimento de nosso Estado e de nossa Terra, na Guerra de Independência e nas diversas campanhas militares que se seguiram a ela. O Dia de Recordação é aberto na véspera no espaço perante ao Kotel Hamaaravi (O Muro as lamentações), e parentes e familiares daqueles que caíram nas batalhas de Israel afluem aos cemitérios militares e acendem velas de recordação. Em muitas comunidades, recita-se o capítulo 9 dos Salmos, “sobre a morte do filho”.
Essa data (Iom Hazicarón) foi determinada, devido ao fato que o 4 de Iyar de 5708 – 13 de Maio de 1948, foi à caída de Gush Etsión (onde encontra-se a Yeshivá Alon Shvut do Rabino Amital, e o Kibutz Kfar Tsión). Nesse dia caíram 127 defensores, dum total de 240 que defendendo o lugar deram suas vidas.
As orações e costumes que se realizam são: Acende-se luzes (nerot – velas) em memória deles, recita-se primeiramente Azcara Lekedoshim (Oração pelos caídos) e depois dois salmos o 9 e 144, depois disto recita-se Kadish Iatom (Dos enlutados). Recomenda-se que sejam acesas velas de lembrança (24 horas) desde o pôr do sol do dia 3 de Iyar até o fim da Tefiláh Mincháh do dia 4 de Iyar. Neste ano devido ao que 4 de Iyar é Quinta-feira – Iom Haatsmaut é véspera do Shabat – adianta-se ao 3 de Iyar (11 de Maio), por tanto desde o pôr do sol de 2 de Iyar (10 de maio) até mincháh de 3 Iyar lembramos aos caídos nas diferentes batalhas, atos de terror e outros nos 68 anos da existência do Estado de Israel e mais de 100 desde inicio do retorno a nosso lar.
A data de Iom Haatsmaut – dia da Independência do Estado de Israel, que corresponde ao 5 de Iyar, já havia sido antecipada muito antes que esta ocorre-se. Se pode ver em outro escrito que está no blog.
Para finalizar duas considerações importantes devemos iniciar o serviço com a leitura do salmo 107, além disto o Grã Rabino Nissim no ano 5718, promulgo um Haiter, uma autorização em uma responsa pela qual permite o corte de cabelos e a realização de bodas apesar de encontrar-nos no período de Sefirat Haomer.
Concluindo com as Palavras de Rabi Meir Bar Ilán (Rabi Meir Berlin, nasceu 1880 e faleceu 1949, seu pai foi o Netsiv, Diretor da Yeshiváh de Voloshin, Dirigente Sionista, membro da diretiva Sionista e da Direção do Fundo Nacional (KKL), faleceu em Jerusalém) expressadas em uma conferencia no ano 1948:

“Estou completamente seguro que se nossos país e ancestrais levantassem de suas sepulturas, enxergariam este dia como representando a realização da visão do Profeta Ezequiel e toda sua mensagem profética: O Estado de Israel constituiu o terceiro retorno a Terra de Israel. Uma vez retornamos de Egito, a segunda vez de Babilônia e agora de todos os paises do mundo, na medida de nossas possibilidades. Si O Senhor, Bendito Seja, o permite, ainda poderemos abandonar todos, o exílio e vir para Israel”.

Rabino Mg. Ruben Najmanovich