domingo, maio 06, 2012

A Mão de D’us

Uma Crônica para meditar

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O Milagre que aconteceu no dia 11 de setembro de 2001!

Em uma pequena sinagoga, não muito distante das duas Torres do World Trade Center, como de costume, um grupo de judeus ortodoxos se encontrou, cedo pela manhã, para oficiar as preces matinais. Normalmente, não é problema reunir um minian e a sinagoga fica lotada de fiéis.

Mas, na manhã de 11 de setembro de 2001, houve uma rara escassez de participantes.

Duzentos homens que trabalhavam no World Trade Center estavam, de fato, atrasados para o trabalho naquela manhã por causa da sua participação no serviço de shloshim, em memória de judeus mortos em um acidente. Mas seja lá qual for o motivo, a congregação se viu diante de um problema: o tempo corria e havia somente nove dos dez homens necessários para iniciar a reza de Schacharit. Todos eram profissionais sérios e tinham que estar nos seus escritórios no World Trade Center bem antes das 9h.

"O que faremos", eles se perguntavam, impacientemente, olhando seus relógios e andando de um lado para o outro. "Isto não acontece há anos! Onde está todo mundo? Tenho certeza de que o décimo homem chegará daqui a pouco", ao que outro respondia: "Temos que ter paciência”.
Finalmente, quando estavam todos quase desistindo e se preparando para fazer as preces individuais, ao invés de rezar com um minian, um homem velho que ninguém tinha jamais visto entrou pela porta e, olhando para o grupo, perguntou: "Vocês já daven?" (rezaram, em ídiche).

"Não senhor", um deles gritou, entusiasmado. "Nós o estávamos esperando". "Ótimo", respondeu o velho. "Tenho que dizer o Kadish pelo meu pai e preciso conduzir, eu mesmo, o serviço religioso. Estou tão contente que vocês ainda não tenham começado". Em circunstâncias normais, os homens teriam perguntado ao senhor educadamente qual era o seu nome, de onde vinha, como chegara até o shul, entre outras perguntas. Porém, estavam tão ansiosos para começar, que decidiram passar por cima do protocolo. Prontamente deram-lhe um sidur, esperando que ele fosse o próprio "Papa-Léguas" das rezas.

O velho, no entanto, provou ser exatamente o contrário! Ele parecia ler as páginas do sidur em câmara lenta. Os fiéis o respeitaram, mas definitivamente estavam "in shpilkes" (em ídiche, impacientes) para chegar ao trabalho. "Oi!", alguém disse frustrado, colocando a mão sobre a testa. "Nós realmente estamos atrasados".

Nesse momento, ouviu-se a primeira explosão. Eles correram para fora e viram a fumaça, o caos, os gritos da multidão e algo que se parecia com o apocalipse. Após o choque e horror inicial, eles se conscientizaram. Perceberam que haviam sido resgatados das garras da morte. Todos 9 trabalhavam nas Torres do World Trade Center, e tinham que estar lá antes das 9h. Se não fosse pelo velho e pela lentidão de suas preces matinais, muito provavelmente teriam sido mortos.

Então, todos se viraram para agradecer ao homem misterioso que salvara suas vidas. Eles queriam abraçá-lo e perguntar seu nome. Mas suas perguntas ficaram no ar, sem resposta, pois quando se viraram, o homem tinha partido. Sua identidade será para sempre um mistério.

Extraído e traduzido do livro “Small Miracles for the Jewish Heart”, Yitta Halberstam e Judith Leventhal.

Ajedrez

EL AJEDREZ DEL SABIO

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Un joven, preso de la amargura, acudió a un monasterio en Japón y le expuso a un anciano maestro:

- Quería alcanzar la iluminación pero soy incapaz de soportar los años de retiro y meditación. ¿Existe un camino rápido para alguien como yo?

- ¿Te has concentrado a fondo en algo en algún momento de tu vida? - preguntó el monje-.

- Sólo en el ajedrez, pues mi familia es rica y nunca trabajé de verdad.

El maestro llamó entonces a otro monje. Trajeron un tablero de ajedrez y una espada afilada que brillaba como el sol.

- Ahora vas a jugar una partida muy especial de ajedrez. Si pierdes, te cortaré la cabeza con esta espada; y si ganas, se la cortaré a tu adversario.

Empezó la partida. El joven sentía las gotas de sudor recorrer su espalda, pues estaba jugando la partida de su vida. El tablero se convirtió en el mundo entero. Se identificó con él y formó parte de él. Empezó perdiendo, pero su adversario cometió un desliz.

Aprovechó la ocasión para lanzar un fuerte ataque, que cambió su suerte. Entonces miró de reojo al monje. Vio su rostro inteligente y sincero, marcado por años de esfuerzo. Evocó su propia vida, ociosa y banal, y de repente se sintió tocado por la piedad. Así que cometió

un error voluntario y luego otro. Iba a perder. Viéndolo el maestro arrojó el tablero al suelo y las piezas se mezclaron.

- No hay vencedor ni vencido -dijo- No caerá ninguna cabeza.

Se volvió hacia el joven y añadió:

- Dos cosas son necesarias: la concentración y la piedad. Hoy has aprendido las dos.