quinta-feira, agosto 17, 2017

Porção Semanal da leitura da Toráh: Perasháh Ree



Perasháh Ree
Livro Devarim / Deuteronômio (11:26 a 16:17)



Resumo da Parashá

Moshe põe perante o Povo uma benção e uma maldição, esclarecendo que a benção seria válida se os Benê Israel cumprissem os mandamentos do Eterno e, caso contrário, a maldição seria válida se se desviassem do Seu caminho.  O Povo, com o seu comportamento, escolheria entre o observar ou colocar de lado as Suas leis.
Uma vez que entraram na Eretz Israel, realizaria uma cerimónia no monte de Grizim onde pronunciariam a benção e outra no monte Eval onde pronunciariam a maldição e no seu percurso se informariam as consequências da benção e da maldição.
Moshe expôs depois um rol de leis religiosas, civis e sociais cujo objetivo era regular a vida da Nação na Terra Prometida.  Primeiro referiu-se ao princípio do culto centralizado, atuando contra as práticas idólatras, devendo ser destruídos todos os lugares que se conquistem, aonde se servia a deuses estranhos, bem como os seus altares, estátuas, ídolos e esculturas.
Todos os sacrifícios, holocaustos que se tragam perante Hashem, serão representados perante o lugar que Ele escolha.  Essas ofertas deverão ser comidas aí.  Nunca se comerá o sangue, pois está proibido.
O Povo de Israel foi advertido para não imitar os terríveis e espantosos ritos dos cananeus, que chegavam a queimar os seus filhos e filhas para adoração dos seus ídolos.  Todo o falso profeta que tentasse fazer com que se adorassem os ídolos, deveria ser morto.  Também todos os moradores de uma cidade que o Eterno deu para residência dos Benê Israel e nela se praticasse qualquer tipo de idolatria, os seus membros deveriam ser mortos e a cidade destruída.
Está proibido realizar incisões no corpo e na cabeça em sinal de dor.  Por ser um Povo Santificado, não poderão comer alimentos abomináveis, pelo que Moshe recorda os animais, aves e peixes permitidos para comer e os que estão proibidos. Também estabeleceu que um segundo dízimo da produção anual do solo (maaser shení), devia ser trazido pelo yehudí ao Santuário, afim de que o consumisse nesse lugar.  Quem vivesse longe do santuário, podia trazer o seu equivalente em dinheiro e adquirir uma comida festiva para comê-la com a família e os levitas.  Ao fim do terceiro e sexto ano de cada ciclo de shemitá, o dízimo deveria ser entregue aos pobres (maaser oni), levitas órfãos e viúvas.
Ao fim de cada sétimo ano (shemitá), durante o qual a terra deveria permanecer sem ser semeada, todo o credor perdoará ao devedor o que lhe emprestou; não lhe exigirá ao seu próximo ou ao seu irmão, por ter proclamado a remissão do Eterno.
Um escravo hebreu que tivesse vivido em cativeiro deve ser libertado no começo do sétimo ano.  Se o escravo escolhesse permanecer ao serviço do seu patrão, este lhe furava uma orelha por ter preferido a escravidão em troca da liberdade, contradizendo o desejo de Hashem.
Moshe lembrou as festividades de Pêssach, Shavuot e Sucot, com as suas leis e salientou que se devia peregrinar até ao Santuário levando ofertas, segundo as suas possibilidades de oferecer, conforme a benção que o Criador lhe deu.
Shabat Shalom Umeborach

Dois sábios conselhos



A paciência

A paciência é uma virtude preciosa, mais comum nas pessoas maduras. Se o provocarem com palavras, seja paciente, releve e responda com inteligência e humildade. Segure sua língua, fale menos, pois, como nossos sábios ensinam, se uma palavra vale uma moeda de ouro, o silêncio, ou o controle da fala, vale duas.

O mundo reflete o que somos

Quando sorrimos para o mundo, todos ficam mais alegres. Quando agimos com bondade, todos ficam mais próximos. Quando fazemos caridade, o mundo fica mais generoso. Quando ajudamos alguém a resolver um problema, o mundo fica mais leve e sereno. Sempre que fizer algo pelos outros, pense somente no bem deles, sem interesse próprio. Não espere nada em troca. Faça o bem só pelo bem, pelo prazer de fazê-lo.