sexta-feira, janeiro 28, 2011

O Pendulo de Nossas Vidas

CALENDÁRIO HEBRAICO
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“- Daniel, quando é teu aniversário?
-4 de abril.
-E quando é o bar-mitzváh do teu filho?
-No terceiro sábado de julho. Não falte.
-Sabes quando 'cai' Yom Kipur este ano?
- Sim, em 15 de setembro fazemos dieta.”
Apesar de que a maioria de nossos atos e documentos sociais estão fixados de acordo com o calendário gregoriano, o calendário hebraico segue sendo à base da vida cultural, religiosa e nacional nas comunidades judaicas mesmo quando não somos plenamente conscientes dele.
Como judeus, é de suma importância conhecermos os conceitos básicos e teóricos que influem sobre o ciclo de vida pessoal e comunitária.

Meses do ano:

Calendário hebraico:              Calendário Gregoriano:
Tishrê 30 dias                                         Setembro 30 dias
Cheshvan 29                                              Outubro 31dias
Kislev 30                                                Novembro 30 dias
Tevet 29                                                 Dezembro 31 dias
Shevat 30                                                     Janeiro 31 dias
Adar 29                                                    Fevereiro 28 dias
Nissan 30                                                      Março 31 dias
Iyar 29                                                               Abril 30 dias
Sivan 30                                                           Maio 31 dias
Tamuz 29                                                       Junho 30 dias
Av 30                                                                Julho 31 dias
Elul 29                                                           Agosto 31 dias
Total: 354 dias                                           Total: 365 dias

Ano Ano Lunar

Diferentemente do calendário gregoriano, que se baseia no ano solar, o calendário hebraico baseia-se no ciclo de renovação lunar.

No Talmud, Massechet (Tratado) Rosh Hashanáh 25., Rabi Gamliel nos diz que a lua se renova “a cada 29 dias e meio, e dois terços de hora e 1 chelek (partes)”.

Em nossos termos, podemos definir:

Mês Lunar: 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 1/3 de segundos.

Ano Lunar: 354 dias, 8 horas, 48 minutos e 36 segundos.

1hora = 60 minutos = 3.600 segundos = 1080 chalakim

1 minuto = 60 segundos = 18 chalakim

3 1/3 segundos = 1 chelek

1 minuto = 18 chalakim

44 minutos = 44 x 18 = 792 Chalakim

3 1/3 segundos = 1 chelek

Sumamos então, se têm = 793 chalakim

29 dias 12 horas e 793 chalakim, é a duração de um mês lunar

Ano Solar

O tempo que transcorre entre o instante que o sol passa pelo ponto da primavera (equinócio, igualdade de horas entre o dia e a noite, no hemisfério norte) até seu regresso no mesmo ponto um ano depois, é o que chamamos de ano solar.

Ano Solar: 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.

Ano Lunar: 354 dias, 8 horas, 48 minutos e 36 segundos

O ano solar é mais comprido que o ano lunar em 10 dias, 21 horas e 10 segundos.

Estrutura do Calendário Hebraico:

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Devido a que o ano hebraico é mais curto que o gregoriano em quase 11 dias, e como segundo a lei judaica devemos festejar Pêssach no mês da primavera (Nissan), os sábios judeus regulamentaram a prolongação do ano (ibur hashanáh), agregando nessas ocasiões o mês de Adar Sheni ou Adar Bêt.

Nestes anos prolongados, o mês de Adar Alef será de 30 dias, e Adar Bêt, de 29 dias.
Os meses hebraicos tem um número fixo de dias, exceto Cheshvan e Kislev. Estes dois meses são “flexíveis” por serem os primeiros do ano, e assim poderemos saber no início de cada ano as datas exatas das festividades, jejuns e comemorações.
Neste aspecto, existem três possibilidades:
1. Se Cheshvan e Kislev tem 29 dias cada um, o ano terá 353 dias e é chamado de ano “incompleto”.
2. Se Cheshvan tem 29 dias e Kislev tem 30 dias, o ano será de 354 dias e é denominado “ano regular”.
3. Se Cheshvan e Kislev tem 30 dias cada um, o ano será de 355 dias e é denominado “ano completo”.
No ano 4.119 (ano 359 da era comum), Rabi Hilel, filho de Yehudáh Hanassi, institucionalizou o calendário. A partir de então, se fixaram os meses e a duração dos anos, segundo uma fórmula definida.
Este calendário foi aceito e aplicado até o ano 4.600 (840 da era comum) foi sofisticado e aprovado pro Rabi Saadia Gaon. Desde então, este calendário está em vigência sem nunca ter sido modificado.
Anos Prolongados
O calendário hebraico se divide em ciclos de 19 anos. Em cada um destes ciclos se fixaram 7 anos prolongados e 12 anos regulares, seguindo a seguinte ordem:

Ano
1 regular                                      11 prolongado
2 regular                                      12 regular
3 prolongado                              13 regular
4 regular                                      14 prolongado
5 regular                                      15 regular
6 prolongado                              16 regular
7 regular                                      17 prolongado
8 prolongado                              18 regular
9 regular                                      19 prolongado
10 regular

Cálculos Básicos:

a) Para sabermos qual o ano hebraico que corresponde ao ano gregoriano que escolhemos, devemos somar 3.760 ao ano gregoriano. Exemplos:

1) Em que ano, segundo o calendário hebraico, se descobriu a América?

1.492 + 3.760 = 4.252
2) A independência de Israel se declarou em que ano hebraico?
1.948 + 3.760 = 5.708
b) Para saber se um ano hebraico determinado é prolongado, o dividimos por 19. A cifra que fica como resto desta divisão nos indica o número deste ano dentro do ciclo de 19 anos. Então só falta verificar se este ano é regular ou não. Exemplos:
1) O ano hebraico 5.755 é prolongado?
5.755/19 = 302 e fica um resto de 17. O ano 17 em cada ciclo é prolongado. Efetivamente, o ano 5755 tem Adar Alef e Bêt.
2) O ano gregoriano 2.009, que tipo de ano é?
2.009 + 3.760 = 5769
5769/19 = 303, com resto 12. O ano 12 em cada ciclo é regular.
Para o judaísmo, a Torá (a Lei Escrita do Antigo Testamento), a Mishná (a Lei Oral) e o Talmud (a explicação da Mishná ) regulam a estrutura do ano religioso e, à volta deste, toda a vida espiritual e até física dos judeus tradicionais.
Os dias e a semana

Baseando-se no antigo Testamento ( Gênesis I, 5), os judeus contam os dias desde o pôr do sol de um dia (com o aparecimento das três primeiras estrelas) ao pôr do sol que se segue. Não têm nomes, sendo designados apenas numericamente, à exceção do Shabat (intervalo de tempo entre o pôr do sol de sexta-feira e o pôr do sol de sábado) evidenciando talvez assim a sua “não santidade”, por serem dias de trabalho e criação.

O domingo é o primeiro dia da semana e o Shabat o sétimo, o dia de descanso. Este dia, conforme indicado no quarto mandamento da Bíblia (Deuteronômio, Cap. 5, versículos 12-15), deve ser dedicado à santificação divina e nele haverá total abstenção de qualquer atividade criativa, pois foi o dia em que também D'us descansou.

A IDÉIA DE UM “RENASCIMENTO” JUDEU

Valores Judaicos

Festas Judaicas

“Não se pode legislar a continuidade judaica. Nem o Congresso Judaico Mundial nem o Keneset (Parlamento que Legisla no Estado de Israel) podem fazê-lo..., mais estão destinado ao fracasso.

A resposta não está simplesmente no conhecimento Judaico. Há quem pense que fartando a nossa juventude com estudos Judaicos teremos êxito. Mas inclusive se distribuirmos uma educação Judia, está não produz necessariamente o resultado correto. Temos jovens que são um exemplo disto, e o digo na minha qualidade como Judeu Religioso que usa kipáh. O estudo sem ensinamentos morais não basta. Temos que ensinar o amor ao povo Judeu, e o amor a Eretz Israel (A terra de Israel), um sem o outro são simplesmente insuficientes...

A ausência dos valores Judeus e da vida familiar Judia é um problema real. Nossa juventude está apostando em outra direção porque a vida Judia lhes é representada de forma aborrecedora. Nossos jovens optam por “lá fora” sem saber ao menos pelo que estão optando. Não conhecem as perguntas a formular. Por que o Seder (noite de Pêssach, onde é lido uma Hagadáh, um livro que relata não só o êxodo de Egito, senão a importância de estudar-lo) é importante? Pois não fazemos apenas quatro perguntas (o número quatro na noite de Pêssach, é marcante, e existe um momento onde se realizam 4 perguntas, que representam, os 4 mundos de acordo a Cabaláh), mas sim sabemos quais são as quatro perguntas...

Nosso maior problema, e também o de Israel, é o de que estamos perdendo inimigos. Sabíamos como enfrentá-los. Agora temos que tratar com nós mesmos, e é difícil.

Devemos reconstruir a nós mesmos, e não ao mundo. É árduo, porque requer substância e conhecimento, trabalho em casa e preparação. Neste sentido falamos da necessidade do “renascimento Judeu.”