quarta-feira, maio 16, 2012

Meu Agradecimento

Meu Agradecimento

Neste mês cumpri três anos desde que inicie esta forma de comunicar-me, com VOCÊS, com mais de 200 postagens, com paginas extras, com mais de 22000 visitas visíveis, e outras tantas ocultas, com 15000 correios eletrônicos de consulta, perguntas, pedido de ajuda.
Desde o mais remoto dos lugares do mundo alguns começaram sua jornada em procura de um crescimento espiritual, outros um retorno ao judaísmo, e outros uma aprendizagem.

Muitas coisas sucederam a minha vida nestes três anos, porem sempre com a Proteção do Criador descobri caminhos novos a seguir, amigos, alunos, e principalmente aprendi a aprender.
A todos vocês meus caros amigos, meu muito obrigado!!!

Ruben Najmanovich

terça-feira, maio 15, 2012

Dia de Jerusalem – Iom Ierushalaim

Dia de Jerusalem – Iom Ierushalaim

28 de Iyar de 5727 // 7 de Junho de 1967

28 de Iyar de 5772

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Fatos sobre Jerusalém
A Presença Judaica através das Eras

1. Considerações Gerais

a. A conexão entre o Povo Judeu e a Cidade de Jerusalém é um dos fatos mais bem documentado da História mundial. Em fontes judaicas tradicionais, a palavra "Jerusalém" é mencionada mais de 600 vezes, pelo menos que 140 vezes no Novo Testamento, mas nenhuma vez no Alcorão. Há uma referência no Corão (17:7) à destruição do Primeiro e Segundo Templos, que ficavam em Jerusalém; Há também uma referência no Corão (34:13) ao Rei David e seu filho, o Rei Salomão, quem construiu o Primeiro Templo em Jerusalém. No entanto, o Corão, que foi escrito há aproximadamente 1.400 anos, não menciona explicitamente a palavra "Jerusalém". Levando-se em consideração que a palavra "Jerusalém" já existia por 2.000 anos quando do advento do Islã, essa omissão é significativa.

b. Jerusalém foi fundada pelo Rei David na antiga cidade jebusita (Iebusi) de Jebus (Iebus) há aproximadamente 3.300 anos atrás, quando ele a renomeou e lhe conferiu um caráter judaico. Jerusalém foi tanto a capital política quanto espiritual do povo judeu - a última, sem interrupção até o presente, através de bons e maus tempos.

c. Pelos últimos 3300 anos, Jerusalém nunca foi a capital de nenhum outro povo, nem mesmo de árabes e muçulmanos, um fato significante levando-se em conta de a cidade ter sido conquistada por tantos povos diferentes.

2. Observações de algumas pessoas célebres sobre a conexão do povo judeu com Jerusalém:

a. "Para um muçulmano" observou o escritor britânico Christopher Sykes, "há uma profunda diferença entre Jerusalém e Meca ou Medina. As últimas são cidades sagradas contendo locais sagradas." Além da Cúpula da Pedra, ressalta, Jerusalém não tem qualquer significado mais importante para o Islã. (A Cúpula da Pedra foi construída sobre as ruínas dos Primeiro e Segundo Templos judeus.)

b. Sir Winston Churchill, ex-Primeiro Ministro britânico, para o diplomata Evelyn Shuckburgh, 1955: "Há de se deixar os judeus terem Jerusalém - foram eles que a tornaram famosa."

c. Sari Nusseibah, ex-representante da Autoridade Palestina em Jerusalém: "Seria cegueira se negar a conexão judaica a Jerusalém."

(Fonte: Bard, Mitchell G., Myths and Facts: A Guide to the Arab-Israeli Conflict, American Israeli Cooperative Enterprise Inc., 2002.)

3. Alguns registros da presença judaica em Jerusalém, 705 DC - 1967 DC

o 705 EC- "Desde o tempo do Califa Abdel-Malik (705) em diante, judeus estavam entre aqueles que guardavam os muros da Cúpula da Pedra. Por causa disto, eles não precisavam pagar o imposto cobrado de todos os não-muçulmanos. Os judeus eram encarregados de limpar a área haram (impura para muçulmanos) de lixo." Mujir al-din em seu "History of Jerusalem and Hebron".

o 863- "Essa é a data presumida da mudança da Yeshivat Eretz Israel de Tiberíades para Jerusalém, para que se tornasse a autoridade religiosa central de toda a região. O último dos Ga'ons (sábios) de Jerusalém foi Evyatar Ben Eliyahu Hacohen (1112)." Nathan Schur, "History of Jerusalem".

o 1167- "Duzentos desses judeus vivem em um canto da Cidade, sob a Torre de David." Benjamin de Tudela em seu famoso "Travels".

o 1395- "Os judeus na Cidade Santa vivem em suas próprias áreas residenciais especiais." Viajante Ogier D'Anglure em "Le Saint Voyage de Jerusalem".

o 1499- "Dentre os inúmeros judeus em Jerusalém, eu encontrei diversos nativos da Lombardia, três da Alemanha e dois monges que se converteram ao Judaísmo." Diário de viagem de Arnold von Harff, "Die Pilgerfarht 1".

o 1546/47- "Muitos judeus moram em Jerusalém e há uma rua especial dos judeus." Ulrich Prefat da Eslovênia em suas crônicas.

o 1611-"E nessa Terra, eles [os judeus] vivem como estrangeiros... sujeitos a toda opressão e privação, que eles suportam com paciência além de toda compreensão, desprezados e combalidos. Apesar de tudo isso, eu nunca vi um judeu com raiva em seu rosto." George Sandys, filho do Arcebispo de York em “Travails”.

o 1751- "4.000 pessoas chegam por ano junto com um número semelhante de judeus que vêm de todos os cantos do mundo." Viajante sueco Frederick Hasselquist em "Voyages and Travels in the Levant".

o 1860- Primeiro bairro judeu construído fora dos muros de Jerusalém.

o 1889- "Trinta mil das 40.000 pessoas em Jerusalém são judeus . . .. no momento os judeus estão vindo para cá às centenas." The Pittsburgh Dispatch, 15 de julho, 1889.

o 1925- Universidade Hebraica inaugurada no Monte Scopus, Jerusalém.

o 1967- Árabes derrotados em sua nova guerra contra Israel - a “Guerra dos Seis Dias”. Jerusalém reunida. Muro das Lamentações e Monte do Templo liberados.
(Fonte: Tal, Eliyahu, Whose Jerusalem, International Forum For A United Jerusalem, Tel Aviv, 1994.)

4. Respeito de Israel pelos Locais de Adoração de Todas as Religiões

Com a exceção do período de 1948-1967, Jerusalém nunca foi uma cidade fisicamente dividida. Em 1948, a Legião Árabe Jordaniana, sob o comando de Glubb Pasha (na realidade John Bagot Glubb, um inglês) invadiu e controlou, até 1967, a área que hoje é conhecida como a parte oriental de Jerusalém. Isso incluía a murada Cidade Antiga. Os jordanianos então expulsaram todos os judeus e tornaram a antiga Cidade de Jerusalém judenrein (O alemão para "limpa dos judeus "). Sob o controle jordaniano, o seguinte ocorreu:

o Cinqüenta oito sinagogas no antigo Bairro Judeu - algumas construídas há muitos séculos - foram destruídas e profanadas. Os jordanianos transformaram algumas deles em estábulos e galinheiros.

o A Legião Árabe Jordaniana profanos o antigo cemitério judeu, existente há mais de 2.500 anos no Monte das Oliveiras. Uma estrada foi construída através do antigo cemitério para ligar o Hotel Intercontinental a uma rodovia. A Legião Árabe Jordaniana usou lápides de santos rabinos como calçamento e latrinas.

o Apesar do acordado no Armistício de 1949 entre Israel e Jordânia, que permitia a visita de judeus a seus lugares sagrados, os jordanianos proibiram judeus de visitarem a Parede Ccidental na Cidade Antiga ou o antigo cemitério judeu no Monte das Olivas. A Universidade Hebraica no Monte Scopus e o Hospital Hadassah ficaram totalmente isolados e foram reduzidos a ruínas.

o Apesar do flagrante e completo desrespeito da Jordânia pelos lugares sagrados judeus, a ONU nunca passou sequer uma resolução denunciando o fato. Compare isso à gama de resoluções da ONU contra Israel.

Em contraste, o tratamento por Israel de todos os locais sagrados em Jerusalém e cercanias desde 1967 tem sido exemplar. O ex-presidente americano Jimmy Carter disse "não haver dúvida" de que Israel foi mais competente em salvaguardar os locais sagrados da cidade que a Jordânia.

5. A População de Jerusalém

Muitos não têm consciência de que, desde aproximadamente 1840, os judeus têm constituído a maioria da população de Jerusalém.

Ano

Judeus

Muçulmanos

Cristãos

Total

1844

7,120

5,000

3,390

15,510

1876

12,000

7,560

5,470

25,030

1896

28,112

8,560

8,748

45,420

1922

33,971

13,411

4,699

52,081

1931

51,222

19,894

19,335

90,451

1948

100,000

40,000

25,000

165,000

1967

195,700

54,963

12,646

263,309

1987

340,000

121,000

14,000

475,000

1990

378,200

131,800

14,400

524,400

2000

530,400

204,100

14,700

749,200

(Fonte: Bard, Mitchell G., Myths and Facts: A Guide to the Arab-Israeli Conflict, American Israeli Cooperative Enterprise Inc., 2002.)

6. Conclusão:

Quando o povo judeu defendem Jerusalém como sua Cidade Eterna, eles se baseiam em evidências históricas numerosas e sólidas. Nenhum outro povo pode demonstrar ligações tão fortes com Jerusalém quanto o povo judeu: a ligação judaica é a mais longa e ininterrupta com a Cidade Santa. Jerusalém é o - único - centro espiritual do Judaísmo. Jerusalém, em toda sua longa história, foi a capital única de um povo: o povo judeu. Judeus têm constituído a maioria de sua população nos últimos 160 anos. E, de suma importância para a comunidade internacional, Israel, de longe, tem protegido melhor os lugares santos de todas as religiões: em Jerusalém, os locais sagrados de todas religiões recebem o respeito que merecem. Jerusalém é, por lógica, a capital do Estado de Israel e todos as pessoas verdadeiras e de boa fé devem reconhecer esse fato.

Fontes:

  • Bard, Mitchell G., Myths and Facts: A Guide to the Arab-Israeli Conflict, American Israeli Cooperative Enterprise Inc., 2002.
  • Ben Gad, Yitschak, Politics, Lies and Videotape, Shapolsky Publishers, Inc., New York, 1991.
  • Cohen, Saul B., Jerusalem: Bridging the Four Walls, Herzyl Press, New York, 1977.
  • Gilbert, Martin, Jerusalem in the Twentieth Century, Chatto and Windus Ltd., London, 1996.
  • Tal, Eliyahu, Whose Jerusalem, International Forum for a United Jerusalem, Tel Aviv, 1994.

domingo, maio 13, 2012

Ser Judío – En español. 1ª Parte

Ser Judío

Ser judio a alef

 

Ser judío significa correr hacia D-os siempre aún siendo alguien que huye de él; es esperar escuchar cualquier día, aun siendo ateo, la trompeta del Mesías.

Ser judío significa no poder abandonar a Dios aun queriendo hacerlo;

significa no poder dejar de orarle aun de vuelta de todas las plegarias, aun de vuelta de todos los aúnes.

El ser judío está enriquecido por una multiplicidad de dimensiones que incluyen y desbordan lo nacional, lo idiomático, lo religioso, lo ideológico, para desplegarse en un fascinante conjunto de culturas, que pese a su diversidad presenta rasgos y valores comunes constituyendo una multifacética civilización.

Este articulo acerca del SER JUDÍO se detiene, a través de algunos textos, en uno de esos rasgos comunes, que abarca a creyentes y no creyentes: El derecho a la duda, a la pregunta, a la interpretación; el rechazo a la respuesta dogmática, cerrada y definitiva, al idolatrar una idea, al adueñarse de la verdad.

Cuando los sabios del Talmud se encontraban frente a un problema ideológico de ardua resolución, y no podían ponerse de acuerdo, utilizaban una expresión: TEIKU (Tishbí itaretz kushiot ubeaiot) es decir que Eliahu Hanaví, el profeta Elías que según la tradición va a preceder al Mesías, él va a dar respuesta a los grandes interrogantes. Dicho de otro modo, para la tradición judía, hasta la llegada del Mesías nadie puede arrogarse ser el intérprete genuino de la voluntad del Creador ni ser, por ende, el dueño de La verdad.

Del Rabí Menajem Mendl de Kotzk

Se cuenta que cierta vez un jasid del Rabí de Kotzk sintió angustiado que estaba perdiendo la fe. De pronto comenzó a quitarle la calma una inquietud que se iba volviendo cada vez más acuciante:

"UN EFSHER NISHT, UN EFSHER NISHT... Y tal vez no... Y tal vez no... Y tal vez Dios no exista... Y tal vez todo lo que hago no tenga sentido... Tal vez no signifiquen nada las plegarias, ni las bendiciones, ni mi vida toda... Y tal vez no... Y tal vez no...".

Perdió el sueño, perdió el apetito, y ese "Y tal vez no...", como un dibuk, como una obsesión, no lo dejaba a sol ni a sombra, le roía todo el tiempo el cerebro. Cuando no pudo soportarlo más, decidió viajar a Kotzk a aconsejarse con su rabí, pese a la enorme distancia que separaba esa ciudad de su pueblito, y pese a que sabía que hacía años ya que el Kotzker vivía apartado, sin recibir absolutamente a nadie. Sentía que el suyo era un caso límite, que su alma estaba naufragando y que su rabí tendría que recibirlo.

Se despidió de su familia, y tras un largo viaje llegó finalmente a Kotzk.

No le costó demasiado averiguar dónde vivía su rabí, pero al indicárselo, todos le recordaban que éste no lo recibiría. Y efectivamente, llegado a la casa del Kotzker, un asistente del mismo le cortó el paso, diciéndole que gente mucho más encumbrada que él se había tenido que volver como había venido, sin ser recibida por el rabí.

Pero, sea por empecinamiento o por desesperación, lo cierto es que nuestro jasid no se amilanó, y se quedó dando vueltas por los alrededores. Fue así que en una distracción del guardián se deslizó en la casa, y con el alma en un hilo, comenzó a recorrerla a ciegas. No anduvo demasiado cuando escuchó una voz monocorde que provenía de una de las habitaciones. Se acercó en puntas de pie y se detuvo despavorido. Allí estaba el Kotzker en persona, ensimismado, y como hablando consigo mismo, repetía en voz alta algo que el jasid no terminaba de entender. Sin atreverse a dar un paso más, aguzó el oído y entonces sí captó claramente lo que decía el rabí. Como pensando en voz alta, repetía el Kotzker una y otra vez: "UN EFSHER IÓ, UN EFSHER IÓ... Y tal vez sí... Y tal vez sí...".

• Del mismo modo que los rostros de los seres humanos difieren uno del otro, también son distintas sus convicciones. Y del mismo modo que puedes tolerar un rostro distinto del tuyo, debes tolerar las opiniones de gente que piensa de manera distinta que tú.

• Al maldecir a la serpiente, Dios la condenó a arrastrarse por la tierra y a nutrirse de polvo. ¡Qué extraña maldición! La serpiente nunca tendría hambre. ¿Es una maldición? Sí, lo es. ¡Y es horrible! ¡No carecer de nada es la peor de las maldiciones!

• ¿Quién dice que la verdad está hecha para ser revelada? Hay que buscarla, eso es todo.

Menajem Mendl de Kotzk*

* Uno de los más originales líderes del movimiento jasídico (Bilgoray, Polonia 1787 - Kotzk, Polonia, 1859)

sexta-feira, maio 11, 2012

Shabat Shalom: Uma Metáfora da Vida

ERA UMA VEZ UM ALFAIATE...

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... que era piedoso, simples e pobre. Um dia foi chamado para ir à casa do governador. O governado, é claro, era muito poderoso e tinha fábricas de tecidos. Chamou o governador ao alfaiate e disse: “pegue este tecido, que é feito nas minhas fábricas, e confeccione com ele um terno”. E lhe deu um prazo para realizar a tarefa.

O alfaiate, todo emocionado, pegou o tecido e voltou para a sua casa. O alfaiate tinha tempo. Trabalhava com o terno do governador e se dedicava também a outros afazeres. Ia diariamente a Sinagoga, demorava-se em discussões em vão e, quando voltava para casa, já era tarde e apenas podia dar algumas costuradinhas. Cumpriu-se o prazo. Vieram os soldados do Governador e reclamaram o terno. Não estava concluído. Teve que se apresentar diante do Governador e rogar clemência. O Governador aceitou dar-lhe outro prazo.

O alfaiate aos poucos trabalhava e lentamente ia armando o terno, mas faltava-lhe o essencial, aquilo que sem o qual um terno deixa de ser terno. O alfaiate sentia-se culpado, discutia constantemente com sua mulher e queixava-se da comida que era demasiadamente fria para seu paladar ou excessivamente quente. Aproximava-se o término do prazo. O alfaiate desesperado comia e trabalhava ao mesmo tempo. A comida caiu sobre o terno. Pegou a roupa e correu ao rio, para lavá-lo. Se lhe deslizou das mãos e caiu em águas turbulentas. Aterrorizado o alfaiate se jogou na água para recuperar a sua perda, mas não sabia nadar e também se perdeu atrás da roupa. Pensemos como muitas vezes perdemos nosso tempo em coisas banais, vamos de trás de quimeras, perdemos nosso tempo, e não utilizamos o “tecido da vida” para fazer nosso próprio terno.

 

Shabat Shalom Umeborach – Que

tenham todos um Shabat bonito e

abençoado

O Tempo: Sua Santificação

Calendário Judaico:

A santificação do Tempo

Calendario Judaico Signos

A civilização técnica é a conquista do espaço pelo homem. É um triunfo freqüentemente alcançado mediante o sacrifício de um dos ingredientes essenciais da existência: o tempo. Na civilização técnica, gastamos tempo para ganhar espaço e o aumento do nosso poder, no mundo do espaço, converte-se em nosso principal objetivo. Mas ter mais não significa ser mais, e o poder que atingimos no mundo do espaço detém-se, bruscamente, diante dos limites do tempo.

Uma de nossas tarefas principais, certamente, é adquirirmos o controle do mundo do espaço; mas o perigo começa quando, ao desfrutarmos este poder, no reino do espaço, traímos toda a aspiração no reino do tempo. Existe um domínio do tempo cujo objetivo não é ter senão ser, não é possuir senão dar, não é dominar senão compartilhar, não é submeter senão conciliar. A vida adquire um sentido errôneo quando o controle do espaço, a conquista das coisas do espaço, converte-se em nossa preocupação única.

Nada mais útil que o poder e nada mais temível. Temos sofrido a degradação pela pobreza, somos agora ameaçados de aviltamento pelo poder. Há felicidade no amor ao trabalho e ansiedade no amor ao lucro. Muitos corações e muitos vasos se quebraram na fonte do lucro, pois ao submeter-se à escravidão das coisas o homem se converte em um vaso que se quebra na fonte.

Não existe equivalente para a palavra “coisa” no hebraico bíblico. A palavra davar, que posteriormente chegou a designar “coisa”, apresenta, em hebraico bíblico, as seguintes conotações: fala, palavra, mensagem, informação, notícia, demanda, conselho, petição, promessa, decisão, sentença; tema, relato; dito, expressão, negócio, ocupação, ação, boas ações, acontecimentos, modo, maneira, razão, causa; mas nunca “coisa”. Este é um indício de pobreza lingüistica, ou é a indicação de uma visão acertada do mundo, que não confunde a realidade (vocábulo derivado da palavra latina res, coisa) com o mundo dos objetos.

A realidade, para nós, é o conjunto das coisas, formadas por substâncias, que ocupam espaço e até mesmo D’s é concebido como objeto pela maioria.

O homem não pode evitar o problema do tempo. Quanto mais pensamos no tempo, melhor compreendemos que não é possível conquistá-lo com o espaço: só podemos conquistar o tempo com o tempo.

Bíblia se ocupa mais do tempo que do espaço. Vê o mundo sob a dimensão do tempo. Presta maior atenção às gerações, aos acontecimentos do que aos países, às coisas. Concede maior importância à história do que à geografia. Para compreender os ensinamentos da Bíblia deve se aceitar a sua premissa: o tempo tem para a vida um significado pelo menos, igual ao do espaço; o tempo possui significado e soberania próprios.

O objetivo mais elevado da vida espiritual não é acumular um mundo de informações, mas enfrentar os instantes sagrados. Em uma experiência religiosa, por exemplo, não são os objetos que se impõem ao homem, e sim uma presença espiritual. É o momento da vida interior que deixa marcas na alma, e não o lugar onde ocorre. Um instante de visão interior é uma felicidade que nos transporta para além dos confins do tempo mensurável. A decadência da vida espiritual começa quando deixamos de sentir a grandiosidade do eterno, no tempo.

domingo, maio 06, 2012

A Mão de D’us

Uma Crônica para meditar

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O Milagre que aconteceu no dia 11 de setembro de 2001!

Em uma pequena sinagoga, não muito distante das duas Torres do World Trade Center, como de costume, um grupo de judeus ortodoxos se encontrou, cedo pela manhã, para oficiar as preces matinais. Normalmente, não é problema reunir um minian e a sinagoga fica lotada de fiéis.

Mas, na manhã de 11 de setembro de 2001, houve uma rara escassez de participantes.

Duzentos homens que trabalhavam no World Trade Center estavam, de fato, atrasados para o trabalho naquela manhã por causa da sua participação no serviço de shloshim, em memória de judeus mortos em um acidente. Mas seja lá qual for o motivo, a congregação se viu diante de um problema: o tempo corria e havia somente nove dos dez homens necessários para iniciar a reza de Schacharit. Todos eram profissionais sérios e tinham que estar nos seus escritórios no World Trade Center bem antes das 9h.

"O que faremos", eles se perguntavam, impacientemente, olhando seus relógios e andando de um lado para o outro. "Isto não acontece há anos! Onde está todo mundo? Tenho certeza de que o décimo homem chegará daqui a pouco", ao que outro respondia: "Temos que ter paciência”.
Finalmente, quando estavam todos quase desistindo e se preparando para fazer as preces individuais, ao invés de rezar com um minian, um homem velho que ninguém tinha jamais visto entrou pela porta e, olhando para o grupo, perguntou: "Vocês já daven?" (rezaram, em ídiche).

"Não senhor", um deles gritou, entusiasmado. "Nós o estávamos esperando". "Ótimo", respondeu o velho. "Tenho que dizer o Kadish pelo meu pai e preciso conduzir, eu mesmo, o serviço religioso. Estou tão contente que vocês ainda não tenham começado". Em circunstâncias normais, os homens teriam perguntado ao senhor educadamente qual era o seu nome, de onde vinha, como chegara até o shul, entre outras perguntas. Porém, estavam tão ansiosos para começar, que decidiram passar por cima do protocolo. Prontamente deram-lhe um sidur, esperando que ele fosse o próprio "Papa-Léguas" das rezas.

O velho, no entanto, provou ser exatamente o contrário! Ele parecia ler as páginas do sidur em câmara lenta. Os fiéis o respeitaram, mas definitivamente estavam "in shpilkes" (em ídiche, impacientes) para chegar ao trabalho. "Oi!", alguém disse frustrado, colocando a mão sobre a testa. "Nós realmente estamos atrasados".

Nesse momento, ouviu-se a primeira explosão. Eles correram para fora e viram a fumaça, o caos, os gritos da multidão e algo que se parecia com o apocalipse. Após o choque e horror inicial, eles se conscientizaram. Perceberam que haviam sido resgatados das garras da morte. Todos 9 trabalhavam nas Torres do World Trade Center, e tinham que estar lá antes das 9h. Se não fosse pelo velho e pela lentidão de suas preces matinais, muito provavelmente teriam sido mortos.

Então, todos se viraram para agradecer ao homem misterioso que salvara suas vidas. Eles queriam abraçá-lo e perguntar seu nome. Mas suas perguntas ficaram no ar, sem resposta, pois quando se viraram, o homem tinha partido. Sua identidade será para sempre um mistério.

Extraído e traduzido do livro “Small Miracles for the Jewish Heart”, Yitta Halberstam e Judith Leventhal.

Ajedrez

EL AJEDREZ DEL SABIO

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Un joven, preso de la amargura, acudió a un monasterio en Japón y le expuso a un anciano maestro:

- Quería alcanzar la iluminación pero soy incapaz de soportar los años de retiro y meditación. ¿Existe un camino rápido para alguien como yo?

- ¿Te has concentrado a fondo en algo en algún momento de tu vida? - preguntó el monje-.

- Sólo en el ajedrez, pues mi familia es rica y nunca trabajé de verdad.

El maestro llamó entonces a otro monje. Trajeron un tablero de ajedrez y una espada afilada que brillaba como el sol.

- Ahora vas a jugar una partida muy especial de ajedrez. Si pierdes, te cortaré la cabeza con esta espada; y si ganas, se la cortaré a tu adversario.

Empezó la partida. El joven sentía las gotas de sudor recorrer su espalda, pues estaba jugando la partida de su vida. El tablero se convirtió en el mundo entero. Se identificó con él y formó parte de él. Empezó perdiendo, pero su adversario cometió un desliz.

Aprovechó la ocasión para lanzar un fuerte ataque, que cambió su suerte. Entonces miró de reojo al monje. Vio su rostro inteligente y sincero, marcado por años de esfuerzo. Evocó su propia vida, ociosa y banal, y de repente se sintió tocado por la piedad. Así que cometió

un error voluntario y luego otro. Iba a perder. Viéndolo el maestro arrojó el tablero al suelo y las piezas se mezclaron.

- No hay vencedor ni vencido -dijo- No caerá ninguna cabeza.

Se volvió hacia el joven y añadió:

- Dos cosas son necesarias: la concentración y la piedad. Hoy has aprendido las dos.