sexta-feira, dezembro 31, 2010

O mês de Shevat

O mês de Shevat

O mês de Shvat é o quinto mês na contagem da Criação do mundo (a partir de Tishrei), e o décimo-primeiro mês na contagem da saída do Egito (a partir de Nissan).

Seu nome origina-se do nome do mês babilônico, do mesmo modo que todos os outros meses do calendário judaico atual. O nome “Shvat” é mencionado apenas uma vez nas Escrituras: “do mês undécimo, que é o mês de Shvat” (Zacarias 1:7) e outra vez no livros apócrifos (I Macabeus 16:14).

No Talmud, Shvat é mencionado com referência ao “ano novo das árvores”, que cai nesse mês. Segundo Beit Shamai, o ano novo das árvores deveria ser no primeiro dia de Shvat, mas Beit Hilel afirma: em 15 de Shvat, e foi aceita a opinião de Beit Hilel (Tratado Rosh Hashaná cap. I, mishná 1).

O princípio básico de Tu BiShvat (15 de Shvat) é o louvor à Terra de Israel, e daí originou-se o costume de comer as frutas com as quais a Terra de Israel foi abençoada; pois é nesse dia que a força da terra renova-se em Eretz Israel, para que produza suas colheitas e seus frutos e demonstre toda sua fartura.

O signo do mês

O signo de Shvat é “Aquário” [em hebraico: dli = balde], conforme está escrito: “Águas manarão de seus baldes” (Números 24:7), por ser um mês chuvoso.

Pensamentos

Pensamentos


Muitos pais reclamam que os filhos não os ouvem, que não têm respeito por eles, pelos professores ou qualquer outra autoridade. Talvez o problema seja que assim os ensinamos. Não é incomum, adultos gabarem-se por ter quebrado o limite de velocidade e não terem sido pegos em flagrante, ou como conseguiram passar objetos pela alfândega, sem serem apanhados. Quando as crianças ouvem essas coisas, passamos a eles a mensagem de que regras existem para serem quebradas. Pense no que você está ensinando a seus filhos, na próxima vez que seu filho perguntar: "Papai, por que todos esses carros estão passando você?" Você diz: "Daniel, o limite de velocidade é 90. Não ligo para o que os outros fazem; obedeço à lei." Você estará dando a seu filho uma poderosa lição de obediência à autoridade.

A arrogância

A arrogância


Muitas vezes acabamos por conhecer ou ter de lidar com pessoas arrogantes. Mas, ao serem confrontadas, estas pessoas comentam: “O que o leva a ser arrogante? Eu preciso valorizar-me!”

A Toráh, no livro Devarim (17:20), trata sobre a mitsváh (mandamento) de todo o Judeu escrever um Sefer Toráh (Rolo de Toráh). O objetivo é que cada Judeu saiba a Toráh inteira. Para o rei Judeu existe uma mitsváh adicional de escrever um segundo Sefer Toráh e mantê-lo consigo o tempo todo. A Toráh nos dá a razão: “... ele irá aprender a temer o Todo-Poderoso, o seu D’us, a cumprir e cuidar de todas as palavras da Toráh e os seus decretos, colocando-os em prática, para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos e para que não se desvie dos Mandamentos, nem para a direita nem para a esquerda. E assim prolongará os anos do seu reinado, ele e os seus filhos, entre o Povo de Israel”. O que aprendemos das palavras “para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos?” Este versículo ensina-nos sobre a proibição de uma pessoa ser arrogante. O Rabino Simcha Zissel de Kelm (Kelm, 1824-1898) explicou que “A arrogância é uma característica repreensível e é a mãe de todas as demais más características que existem”.

Porém, o que há de mal com uma pessoa arrogante? O problema é que um sujeito arrogante irá:

1) Facilmente enervar-se, quando os outros não fizerem o que ele quer.

2) Ficar descontente com o que tem porque, arrogantemente, pensa que deveria ter mais coisas que os demais.

3) Falar mal ou contra outras pessoas, porque se acha superior a elas.

4) Acomodar-se e não se esforçará para fazer favores a ninguém, pois acha que os outros é que devem lhe fazer favores, não tendo nenhuma obrigação em ajudá-los.

5) Procurar honra e poder e, portanto, tudo o que fizer será motivado pelo egoísmo.

6) Tirar vantagem de outras pessoas, pois pensa que os outros só estão neste mundo para servi-lo.

7) Ser mal-agradecido por qualquer coisa boa que lhe façam, pois acha lógico que os outros o sirvam.

8) Não admitir que cometesse algum erro, pois quer que os outros o achem infalível e, freqüentemente, ele também pensa assim.

9) Desonrar os seus pais (porque quer que eles o sirvam).

10) Vangloriar-se o máximo possível para crescer aos olhos dos demais.

11) Freqüentemente mentir, para que os outros tenham dele uma opinião melhor do que merece.

12) Deixar de pedir esclarecimentos, para não ter que admitir que não entendesse alguma coisa.

13) Freqüentemente meter-se em discussões e disputas.

14) Acusar ou condenar os outros.

15) Agir ofensiva ou repulsivamente.

16) Odiar qualquer pessoa que o desconsidere ou o despreze.

Alguma das ‘virtudes’ acima parece-nos familiar? Se sim, precisamos pensar em trabalhar sobre a nossa humildade.

Como podemos combater a arrogância?

1) Tendo consciência da nossa própria insignificância em comparação com todo o Universo e com o poder de D’us.

2) Tendo consciência da vasta quantidade de conhecimento que nos falta e os erros que já cometemos.

3) Tomando consciência da fragilidade do corpo humano e de como até a mais forte das pessoas pode ficar doente e morrer. A arrogância somente existe como conseqüência da cegueira em relação à realidade.

Humildade é reconhecer e apreciar que tudo o que temos é um presente do Criador. Como iremos usar esta dádiva já é uma escolha nossa. Toda a criança se esforça para aprender a andar. Ela rasteja gatinha, tropeça, mas no final acaba por ter sucesso. Imagine um adulto arrogante gabando-se: “Olhem para mim, eu sei andar!” Na verdade, falar uma coisa dessas não é nada diferente do que se gabar de todas as nossas demais realizações.

Quais as características para melhorar-mos?

O Rabino Israel Salanter (Lituânia, 1810-1833), fundador do movimento Mussár (voltado para o crescimento moral, pessoal e ético das pessoas) dentro do Judaísmo, listou 13 características sobre as quais precisamos trabalhar para melhorarmos a nós mesmos:


1) Autenticidade -- Seja autêntico e verídico em tudo o que falar.

2) Rapidez -- Tudo que tiver de fazer, faça sem perder tempo.

3) Presteza -- Faça tudo o que deve fazer conscientemente.

4) Respeito -- Seja extremamente cuidadoso com a honra e os sentimentos dos outros.

5) Tranqüilidade -- Faça tudo calmamente, sem confusões ou excitações desnecessárias.

6) Gentileza -- As palavras de um sábio são pronunciadas suave e pacificamente.

7) Limpeza e Pureza -- Mantenha o corpo puro e as roupas limpas.

8) Paciência -- Aconteça, o que acontecer na sua vida, seja paciente.

9) Ordem -- Faça tudo de maneira organizada e disciplinada.

10) Humildade -- Reconheça os seus pontos fracos e não procure os erros dos outros.

11) Justiça -- O que é detestável para si, não o faça com ninguém.

12) Economia -- Não desperdice um único centavo desnecessariamente.

13) Silêncio -- Julgue bem o valor das suas palavras antes de falar.


Mãos à Obra!!!

A ESCADA

A ESCADA

A escada da oração









O grande mestre chassídico Rabi Israel Baal Shem Tov ia orar por muitas horas todos os dias. Seus discípulos, que há muito já tinham concluído suas orações, que formavam um círculo ao redor dele para ouvir a melodia de suas orações e deleitar os olhos com o espetáculo de uma alma em crescimento na fixação de meditação para seu Criador. Era uma regra tácita entre eles que ninguém abandonasse seu posto até que seu mestre concluísse suas orações.

Um dia, um grande cansaço e fome se abateram sobre eles. Um por um, eles foi indo para casa para descansar um pouco, certo de que as orações do mestre continuariam por mais algumas horas. Mas quando eles voltaram, eles descobriram que ele tinha acabado de rezar enquanto eles tinham ido embora.

"Diga-nos, Rebe" , perguntaram-lhe: "Por que você concluiu suas orações tão cedo hoje?"

O Baal Shem Tov respondeu com uma parábola: Certa vez, um grupo de pessoas estava viajando por uma floresta. Seu líder, que foi abençoado com uma visão aguçada, viu um lindo pássaro empoleirado em cima de uma árvore alta.

"Vem", ele disse a seus companheiros: "Eu gostaria de capturar essa bela ave, para que possamos deliciar-nos com sua música e seu olhar sobre cores maravilhosas."

"Mas como você pode alcançar este pássaro?”, perguntaram a eles, "A árvore é muito alta e nós estamos presos à terra."

"Se vocês subirem um a um sobre os ombros de seus companheiros", explicou o seu líder, "Vamos subir nos ombros dos homens mais altos e alcançar o tesouro que acena para nós das alturas".

E assim o fizeram. Juntos, eles formaram uma corrente que ia desde a terra para o céu, com o seu líder junto, satisfeito em alcançarmos seu objetivo. Mas logo, logo, cansaram do exercício e saíram, um a um, para comer e descansar, e o homem que avistou a ave caiu no chão.

Esta é a mensagem, para ascender a escada do conhecimento, do crescimento, temos que estar todos preparados para não cansar-nós.

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O Judaísmo chassídico ou hassídico (do hebraico חסידים – pl chassidismo, Chasidut para os sefardim; Chasidus para os asquenazes, piedosos ou devotos) é um movimento dentro do judaísmo ortodoxo que promove a espiritualidade e existiu praticamente em todas as eras da história judaica. Hoje, no entanto, este termo é aplicado para denominar a tendência que se desenvolveu na primeira metade do século XVIII, na Europa Oriental, com o rabino Baal Shem Tov, em reação ao judaísmo legalista. Promove a espiritualidade, através da popularização e internalização do misticismo judaico, como um aspecto fundamental da fé judaica.

Rabi ou Rabino (do hebraico clássico: רִבִּי, ribbi; no hebraico moderno: רַבִּי, rabbi), dentro do judaísmo, significa " professor, mestre " ou literalmente "grande ou engrandecido". A palavra "Rabbi" ("Meu Mestre") deriva da raiz hebraica Rav, que no hebraico bíblico significa "grande" ou "distinto ou diferente" (em conhecimento).

Rebe ou Rebbe (do hebraico רבי rebbe ) é um título dado aos rabinos dentro do judaísmo ortodoxo , particularmente dentro do chassidismo. "Rebe" escrito em hebraico é a sigla de "rosh benei israel"-líder de israel (cabeça dos filhos de israel)