Como se pode explicar o secreto de um 
  Casamento Harmonioso
  
  “Ani LeDodi VeDodi Li” -- “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” – Canticos dos Canticos 6:3 (Shir HaShirim 6:3) ----“אני לדודי ודודי לי”
  
  Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
  Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação, quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia de um matrimônio. 
  O mestre disse que respeitava a sua opinião mas lhe contou a seguinte história:
  Meus pais viveram 55 anos casados.
  Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto.
  Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
  Durante o velório meu pai não falou nada. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. 
  Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão pelo caixão e falou com sentida emoção:
  Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
  "- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa,  mudamos de cidade, em fim em muitas oportunidades que nossa relação era desafiada pelas circunstancias da vida.”
  "- Meus filhos, foram 55 bons anos... ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo." 
  Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro, quando entes queridos partiam...
  Filhos, agora ela se foi e estou contente.
  E vocês sabem porque?
  Por que ela se foi antes de mim e não teve que sentir a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só,  depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim...
  E por fim, o professor concluiu:
  Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor... 
  Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. Por isso digo que o verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.