domingo, janeiro 23, 2011

O Secreto do Amor

Como se pode explicar o secreto de um

Casamento Harmonioso

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“Ani LeDodi VeDodi Li” -- “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” – Canticos dos Canticos 6:3 (Shir HaShirim 6:3) ----אני לדודי ודודי לי”

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.

Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação, quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia de um matrimônio.

O mestre disse que respeitava a sua opinião mas lhe contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados.

Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto.

Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o velório meu pai não falou nada. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão pelo caixão e falou com sentida emoção:

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:

"- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa,  mudamos de cidade, em fim em muitas oportunidades que nossa relação era desafiada pelas circunstancias da vida.”

"- Meus filhos, foram 55 bons anos... ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo."

Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro, quando entes queridos partiam...

Filhos, agora ela se foi e estou contente.

E vocês sabem porque?

Por que ela se foi antes de mim e não teve que sentir a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só,  depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim...

E por fim, o professor concluiu:

Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor...

Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. Por isso digo que o verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.