quarta-feira, dezembro 05, 2012

A Familia: Pilar da Continuidade do Povo Judeu

Inspirar a nossos filhos a respeitar nossas tradições e valores*

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familia

Num mundo de crises, crise financeira, crises políticas, crises de credibilidade, a única couna que deve ficar indissolúvel é a família, e é um problema urgente a dissolução da mesma, perdendo vigência e importância como instituição. Lamentamos o desaparecimento da família judaica das fábulas, não por sentimentalismo, mas por uma avaliação realista de uma experiência pessoal. A família devotada, um apoio em meio à confusão, está desaparecendo rapidamente, até entre o povo judeu. Elemento vital para continuidade de nosso povo, esta também em crises, e não é momentânea, vai tomando impulso hiperbólico.

“O que podemos fazer?” é o lamento sofrido de pais ao verem seus filhos crescendo longe deles, indo a outra parte em busca de orientação e até mesmo afeição. Tentamos, inutilmente, recriar o antigo espírito familiar, e nos perguntamos por que não conseguimos.

A atmosfera de um lar judaico não era produzida por geração espontânea, nem evoluía num vácuo. Era produto de um processo. Um princípio guiava os mais velhos e era transmitido naturalmente aos filhos por imitação através da admiração. Cor e calor num lar judaico não consistiam de cerimoniais isolados e superficiais realizados basicamente “para as crianças”. Os pais mantinham o Judaísmo porque era importante para eles.

O estilo da Toráh, enfatizando responsabilidades junto com privilégios, ensinando e praticando o autocontrole, era seguido entusiasticamente pelos adultos, e depois pelos mais jovens.

Talvez inconscientemente, o filho reconhecia e admirava pais com um ideal que eles adotavam, e vínculos entre as gerações eram forjados e fortalecidos.

A Toráh já nos educa dizendo: “Respeita teu pai e tua mãe e observa meus Shabatot”[1].

Pais que merecem respeito serão respeitados, e merecerão isso “observando meus Shabatot”, vivendo por princípios e não por autoindulgência e conveniência. No fundo os filhos não podem respeitar pais que os acompanham, que os deixam “decidir”.

A evasão de responsabilidade por parte dos pais não encoraja a autoconfiança por parte dos filhos.

Observamos que a mesa de Shabat é um forte baluarte para constituir uma família, forte, com valores, que esteja sustentado de ideias que permitam enfrentar as crises e que possa saber lidar com os êxitos.

O alicerce do lar é responsabilidade dos pais; o dever deles é serem exemplos sinceros, guias inteligentes. O respeito e reverência dos filhos criará um lar que é a maior recompensa que um pai pode ter. A Educação baseado no exemplo, dialogo, compreensão, permitira que se estabelecessem os elos da continuidade da cadeia milenar, que é o Povo Judeu, uma Luz para à Gola (Diáspora).


[1] Levítico 19:3

*Baseado em uma reportagem ao Rabino Zalman Posner