terça-feira, setembro 25, 2012

Yom Hakipurim – Uma reflexão e nosso retorno.

A PRINCESA

Yom Hakipurim

Certa vez, viveu um grande rei que tinha apenas uma filha. A princesa era nobre e honrada e quando cresceu, o rei procurou um jovem virtuoso para desposá-la. Muitos príncipes e duques cortejavam-na, mas ela recusou-os um a um. “Este é um glutão” ou “Este gosta por demais de vinho” - dizia ela. O rei, impaciente, jurou que o próximo jovem que passasse pelos portões do palácio se casaria com a princesa.

Aconteceu que o primeiro homem a passar pelos portões do palácio era um mero camponês. Mas o rei, sendo um homem de palavra, casou sua filha com ele. O noivo levou sua esposa até seu povoado, onde se estabeleceram.

Para o camponês, a princesa era apenas uma mulher e a tratava como sempre achou que deveria tratar sua esposa. Ele trabalhou duro; seu rosto formoso ficou marcado e suas mãos se tornaram ásperas pelo trabalho. Os camponeses vizinhos freqüentemente troçavam dela e a insultavam. A coitada da princesa estava muito infeliz. Começou a escrever a seu pai diariamente, queixando-se. O rei ficou com pena de sua querida filha e mandou um recado que iria visitá-la.

A notícia da chegada do rei espalhou-se rapidamente no povoado e começou o rebuliço. Todos acorreram à casa do genro do rei para ajudar na limpeza e decorá-la. A princesa começou a ser tratada com grande respeito. Não tinha mais que fazer trabalhos pesados e sujos. Fizeram-lhe um tratamento de beleza e foi vestida com roupas finas. Todos passaram a ser amistosos e a respeitá-la.

Quando o estafeta do rei chegou trazendo a notícia que o monarca estava a caminho, todos saíram para cumprimentá-lo. “Viva o rei! Viva a princesa!” - gritavam eles, enquanto acompanhavam o rei e sua filha pelo povoado decorado e iluminado.

O rei entrou na casa de seu genro, achando-a limpa e impecavelmente decorada com enfeites e flores. Viu a honra e respeito gozados por sua filha e ficou contente. Estranhou que a filha tivesse escrito tais cartas alarmantes.

O pai e a filha passaram um dia feliz, juntos, e o rei preparou-se para voltar. A princesa abraçou seu pai e começou a chorar: “Ó pai, querido pai, não me deixe aqui, leve-me junto! Por favor, leve-me para casa!”

“Mas minha querida filha” - respondeu o rei - “você parece estar feliz aqui; percebe-se que eles estão lhe tratando com mais respeito e afeição do que a qualquer princesa que conheço!”

“Ó caro pai” - chorou a princesa - “toda esta honra e afeição que eles demonstraram hoje é só para agradar ao senhor. Eles souberam de sua vinda e foi por isso que fizeram tudo isto. Mas assim que partir, começarão a tratar-me como antes, insultando-me e fazendo-me muito infeliz.”

O rei chamou seu genro de lado e perguntou-lhe: “Que maneira é essa de tratar minha filha? Você não sabe que ela é uma princesa?”

Os olhos do marido encheram-se de lágrimas, enquanto respondia: “Sua Majestade, eu sei que ela é uma princesa, mas o que poderia eu fazer? Sou um homem pobre e preciso trabalhar duro para sobreviver. Sou incapaz de proporcionar-lhe o tipo de vida que ela realmente merece. Além disto, vivemos em um povoado, entre pessoas maldosas e invejosas. Eles não apreciam as qualidades de sua filha e aproveitam todas as oportunidades para insultá-la. Mas o senhor é um grande rei. Uma vez que achou conveniente escolher-me como genro, leve-me embora daqui, eleve-me à sua posição, dê-me uma propriedade digna de sua filha e do genro do rei, e então serei capaz de dar a ela o tipo de vida que realmente merece!”

* * * * *

O Rei dos reis, O Santo, bendito Seja, quis dar sua filha, a Toráh, a Adam, o primeiro homem criado pelas suas próprias mãos. Mas a Toráh disse: “Ele é um glutão; ele comeu da Árvore do Conhecimento, contrariando seu mandamento expresso.”

Depois D’us quis dar a Toráh a Nôach e a Toráh disse: “Ele gosta demais de vinho. Não foi ele que plantou um vinhedo e ficou bêbado?”

Finalmente, D’us deu a Toráh aos filhos de Israel, aos quais acabou por tirar da escravidão do Egito.

Durante o ano inteiro, a Toráh é freqüentemente negligenciada e até envergonhada. Dia após dia, a Toráh envia mensagens ao Rei, queixando-se do tratamento que recebe, pois está escrito: “Todos os dias uma voz celeste chama: ‘Ai das criaturas que envergonharem a Toráh!’”

Então chegam os mensageiros do Rei para anunciar a sua chegada - são os dias de Elul, anunciando a vinda de Rosh Hashanáh. Eis que acordamos e começamos a preparação: oramos, estudamos, recitamos Salmos, como nunca antes. Rosh Hashanáh não nos encontra despreparados. Tocamos o Shofar e aclamamos o Rei dos reis.

D’us está entre nós e gozamos de Sua Luz Divina; os corações se enchem de reverência e amor pela proximidade de D’us e Sua Majestade Divina. Chega Yom Kipur e D’us encontra todos os judeus penitenciando-se, puros e santos, como os anjos.

Mas depois de Neilá e após o toque do Shofar que anuncia a partida da Presença Divina, a Toráh começa a gritar: “Pai, pai, não me deixa! Leva-me contigo, porque em breve tomarão de mim toda a glória, esquecerão quem eu sou, recomeçarão a maltratar-me!”

Então D’us diz a Seu povo: “É esta a maneira que tratam minha filha? Vocês não sabem que a Toráh é uma princesa Divina?”

E o povo judeu responde: “Mestre do Universo! Nós conhecemos a grandeza da Toráh, mas que podemos fazer? Vivemos na pobreza, não temos um lar adequado. Habitamos entre as nações do mundo que não querem saber da Toráh. Assim sendo, por favor, leva-nos daqui, conduze-nos de volta à nossa Terra Santa, pois o mundo inteiro é Teu; devolve-nos a ela como herança e seremos capazes de manter a Toráh em glória!”

É por isso que, logo após o toque do Shofar, no fim de Yom Kipur, dizemos:

“No próximo ano em Jerusalém com o Teu justo Mashíach e lá Te serviremos como nos tempos antigos!”

Iom Hakipurim – El día de la reflexión e introspección.

clip_image001

La esencia de la eterna procura, y comprender como el Creador nos responde

clip_image003Iom Kipur

Cuando entristecemos, no significa que la alegría dejó de existir, sino que perdimos momentáneamente la capacidad de estar alegres. Cuando recuperamos los estímulos que generan la alegría, la tristeza desaparecerá y la alegría retornará a su «lugar».

El espacio entre Rosh Hashanáh y Iom Kipur (inclusive) se denomina Aséret Ieméi Teshuvá - diez días de retorno. Este lapso abarca diez etapas de reflexión, diez perspectivas espirituales para que el hombre retorne a su verdadera forma de ser, a su Esencia, el altruismo.

En Rosh Hashanáh tomamos decisiones para el nuevo año. Cuando reconocemos los errores cometidos y nos comprometemos en no repetirlos, llegamos a Iom Kipur preparados para implementar lo que asumimos. Este proceso genera la energía que nos acompañará durante todo el año.

Diez sefirót - diez días de retorno

Las diez sefirót representan diez formas espirituales a través de las cuales se revela la energía de la vida. Cuando las recreamos concientemente comenzamos a actuar en base al Modelo Original, nuestra Esencia.

Kéter

La Cabaláh nos enseña que el primer día de los Aséret Ieméi Teshuvá - diez días de retorno a nuestra Esencia, el altruismo- representa a la sefirá Kéter. Durante ese día reflexionamos sobre lo que somos y poseemos, pero principalmente de Quién lo recibimos. Nuestra vida es el resultado de la forma en que nos relacionamos con la realidad. Cuando el ser humano cambia su actitud, paulatinamente cambia su vida. El mal no posee existencia propia sino que es el resultado de nuestro comportamiento. Como el ejemplo de la electricidad: si en vez de conectar correctamente los aparatos pongo el dedo directamente sobre la corriente, en lugar de disfrutar de los beneficios de esa energía sufriré las consecuencias de mi ignorancia.

La Creación es perfecta en su totalidad, más no en sus partes aisladas. La conciencia de lo completo sólo surge cuando percibimos lo que tenemos en común, lo que nos une. Este objetivo es el único capaz de revelarnos a cada uno en particular la armonía que existe por sobre el aparente caos y a la humanidad en general la forma de cómo alcanzar su completitud.

Jojmá

El segundo día representa a la sefirá Jojmá. Nuestro esfuerzo se dirige a planificar cómo alcanzar la voluntad necesaria para concretizar el objetivo que captamos en Kéter, implementando lo que nos une hasta diluir las diferencias. Ello se logra, como lo hicieron nuestros Sabios, a través del esfuerzo en el estudio de los principios superiores, Toráh, y la práctica de actos de bien, mitsvot.

Biná

El tercer día representa a la sefirá Biná y consiste en definir la forma de cómo alcanzar el objetivo acorde a nuestro potencial. En la concepción judía cada individuo, así como cada nación, fue creado con un potencial y sólo cuando logra encauzarlo en pro del bien colectivo se eleva a la categoría de universal. El hombre comienza a realizarse espiritualmente cuando colabora con el gran cuerpo de la humanidad desde su individualidad, a partir de lo que es. Nadie puede ser lo que no es ni actuar en contra de su naturaleza. Anular la individualidad es anular lo original con que fue dotado cada individuo para contribuir y participar en el logro del bien universal. Tal es así que cuando el hombre no encuentra su función, lo que tiene para dar de sí, expresa su individualidad en forma egoísta. Lo que debemos anular es el egoísmo, nuestra falsa individualidad, dando lugar a nuestra verdadera individualidad, el altruismo, nuestra potencialidad de dar en forma positiva.

Jésed

En el cuarto día de los Aséret Ieméi Teshuvá -diez días de retorno a nuestra Esencia, el altruismo- reflexionamos sobre Jésed, que señala el logro de la bondad a través de las mitsvot del hombre para con su prójimo y de la intención correcta en todo nuestro trabajo espiritual para que el objetivo no se vea empañado por el egoísmo.

Guevurá
El quinto día Guevurá designa la fuerza que generamos para sobreponernos a las dificultades e inseguridades que nos afectan cuando nos falta motivación.

Tiféret
El sexto día, Tiféret, representa la armonía entre Jésed y Guevurá con la cual debemos motivarnos y motivar a todos a retornar a lo esencial, al altruismo. Esa energía armónica debe expandirse influenciando a más y más individuos hasta transformarse en norma, en nuestra conducta, en nuestro modo de ser.

Nétzaj
En el séptimo día Nétzaj nos señala lo eterno, aquello que finalmente se va a revelar. Quien realiza un acto de bondad absoluta, o sea totalmente altruista, sin el mínimo deseo de recibir revela lo infinito en este mundo finito. Nuestro mundo es limitado, posee principio y fin y cuando revelamos el altruismo manifestamos algo que no pertenece totalmente a este mundo, así nos proyectamos elevando al mundo a un plano de eternidad.

Hod
El octavo día, la sefirá Hod implica un reconocimiento, el saber agradecer a Quien nos dio la fuerza para llegar hasta aquí y nos dará la que aún no alcanzamos para poder continuar y concretar finalmente nuestro objetivo.
Iesód
En el noveno día de los Aséret Ieméi Teshuvá se manifiesta el potencial de Iesód, el fundamento que fija las bases para que el proyecto se implemente y nada ni nadie lo desvíe de su meta.

Maljút

Finalmente llegamos a Maljút, el día mismo de Kipur. Dice el profeta Zejariá «En ese día El y Su nombre serán Uno». En Iom Kipur, si realizamos el discernimiento correcto, con voluntad, pensamiento, emoción y acciones que armonicen con los principios superiores, integramos nuestro proyecto a Su Proyecto y comenzamos a ser en El.

Rosh Hashanáh señala el objetivo de la creación del hombre. Iom Kipur, la forma de alcanzarlo. El objetivo es recibir la plenitud absoluta y la forma de alcanzarlo el altruismo. Parecería contradictorio ya que si el objetivo es recibir, el altruismo es todo lo contrario. Sin embargo no es así ya que cuando todos damos todos recibimos. En cambio si somos egoístas finalmente nadie recibe. El altruismo es la energía del Uno, la única capaz de transformar lo que parece opuesto en complementario.