quarta-feira, outubro 20, 2010

O VERDADEIRO AMOR

O VERDADEIRO AMOR

Um pescador certa vez pescou um salmão. Quando viu seu extraordinário tamanho, exclamou: "Que peixe maravilhoso! Vou levá-lo ao Barão! Ele adora salmão fresco."

O pobre peixe consolou-se, pensando: "Ainda posso ter alguma esperança."

O pescador levou o peixe à propriedade do nobre, e o guarda na entrada perguntou: "O que tem aí?"

"Um salmão", respondeu o pescador, orgulhoso.

"Ótimo", disse o guarda. "O Barão adora salmão fresco."

O peixe deduziu que havia motivos para ter esperança. O pescador entrou no palácio, e embora o peixe mal pudesse respirar, ainda estava otimista. Afinal, o Barão adora salmão, pensou ele.

O peixe foi levado à cozinha, e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Barão gostava de salmão. O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Barão entrou, ordenou: "Cortem fora a cauda, a cabeça, e abram o salmão."

Com seu último sopro de vida, o peixe gritou em desespero: "Por que você mente? Se realmente me ama, cuide de mim, deixe-me viver. Você não gosta de salmão, gosta de si mesmo!"

Reflexão

Uma mãe levou o filho pequeno ao fundo de um vale, e disse: "Grite as palavras: 'Eu te odeio'!" De repente, ele ouviu o som assustador de "EU TE ODEIO, Eu Te Odeio, Eu Te Odeio!" ecoando pelo vale.

Ela voltou-se para o filho e pediu: "Agora grite as palavras 'Eu Te Amo' o mais alto que puder."

Ele gritou com todas as forças: "EU TE AMO!" De repente, ouviu: "Eu TE AMO, Eu Te Amo, Eu Te Amo!" ecoando ao seu redor.

"Olhe dentro de um lago e veja um espelho de água refletindo sua imagem. Ame outra alma e seu amor se refletirá de volta para você."

O SOBREVIVENTE

O SOBREVIVENTE


Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a D’us por estar vivo e ter conseguido se agarrar à parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação.

Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais, e para guardar seus poucos pertences.

Novamente agradeceu.

Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia. No entanto, um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.

Terrivelmente desesperado ele se revoltou.

Gritava chorando: - "O pior aconteceu! Perdi tudo! D’us, por que fizestes isso comigo?”

Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado.

No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

- "Viemos resgatá-lo" - disseram.
- “Como souberam que eu estava aqui?” - perguntou ele.
- “Nós vimos o seu sinal de fumaça!”

* * * * * * * * * * * * * * * * * *

É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal.

Mas D’us age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.

Lembre-se: se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina. Para cada pensamento negativo nosso, D’us tem uma resposta positiva.

O Calculo da Vida

O Calculo da Vida



As vezes olho para o relógio com tristeza. Apesar de cumprir sua função fundamental, recorda-me que já se passou mais uma hora de minha vida. Por mais que faca, por mais que tente, aquele momento nunca mais voltara. E, as vezes, surpreendo-me fazendo cálculos.

Imaginem alguém que, Baruch Hashem (graças a D’us), tem a felicidade de viver 80 anos (embora sempre desejemos "ate 120"): 80 X 365 = 29200 dias de vida. Este numero, multiplicado por 24, informa-nos que essa pessoa viveu 700.800 horas. Bastante, não? Mas, como todo ser humano precisa descansar, calculemos 8 horas diárias de sono: 8 X 29.200 = 233.600. Agora, vamos calcular quanto, de fato, esta pessoa viveu: 700.800 – 233.600 = 467.200 horas na quais ela esteve desperta e ativa.

Façamos, dessa vez, todo o processo ao revés. Quantos dias ela pode aproveitar? Agrupemos as horas nos dias: 467.200 horas dividas em grupos de 24 (a duração total de um dia, pois, para o relógio, não faz a mínima diferença se você esta acordado ou não) = aproximadamente 19.466 dias. Quantos anos? 19.466/365 = 53 (numero arredondado). Supondo que você, leitor deste artigo, tenha 25 anos, como eu. Restam-nos, por esses cálculos, 28 anos de vida ativa, 10.220 dias e (multiplicando-se por 16, que são as horas que realmente vivemos) 163.520 horas. Isso, claro, se tivermos a graça de chegar a tão bela idade. Olhe para seu relógio. Os ponteiros continuam se movendo e, a cada volta, mais um instante e subtraído deste total acima. A cada guinada, uma parte de nos vai ficando no passado, para nunca mais voltar.

Estamos na reta final para a mais solenes datas de nosso calendário: as Grandes Festas. Milhões de judeus, ao redor do globo, encontram, neste período, um refugio espiritual para escapar das pressões de nosso cotidiano. Procuramos recarregar nossas baterias, na esperança de podermos enfrentar o que esta por vir com mais forca e determinação. E o momento de fazermos nosso "cheshbon hanefesh" – literalmente, a conta de nossa vida – e calcularmos o que de fato fizemos de construtivo nesta nossa existência física, para, depois, reavaliarmos nossos objetivos. Mas, devemos esperar ate lá para fazer isso? Olhe novamente para seu relógio e responda você mesmo. Os ponteiros continuam se movendo. O Shabat e as festas (chaguim) são templos no tempo, monumentos em nossas agendas. Enquanto existir o mundo, elas surgirão e desaparecerão, para novamente surgir no ano seguinte, num ciclo inquebrantável.

Mas nos, seres humanos, somos "comparados a vasilha de barro que se quebra, a erva que seca, a flor que murcha, a sombra que passa, a nuvem que se dissipa, ao vento que sopra, ao pó que vai pelo ar" – a mensagem mais forte – "ao sonho que desvanece" (liturgia das Grandes Festas). Somos imortais em espirito, mas limitados pelo relógio, que determina o quanto deveremos permanecer aqui na Terra. Nossa luta pela imortalidade deve residir nos corações daqueles a quem fazemos o bem e, para isso, devemos refletir sobre o que temos feito com nossas horas, minutos e segundos. O mês de Cheshvan, o qual não tem nenhuma comemoração,  e o momento ideal para esta reflexão, para que possamos chegar ao mês de Kislev, o mes das luzes, sabendo exatamente quem somos, como vivemos e o que queremos. Faca isso; não perca tempo. Porque só se admira a Luz, quando estamos na escuridão.

Anote em um pedaço de papel todos os momentos felizes de sua vida: o beijos de seus pais, a alegria de seu casamento, a emoção ao segurar seu filho pela primeira vez, etc. Some, multiplique, divida. Faca o balanço geral do quanto você aproveitou seu próprio eu. Não tenha medo de corrigir o que for necessário, pois Chanucáh, a festa das Luzes, são apenas um lembrete de que os ponteiros continuam se movendo...