domingo, fevereiro 26, 2012

Una Historia Eterna

Una Historia
A Eternidad del Pueblo unido a su Eterna Ciudad

Vean el video de unos 10 minutos aproximadamente, y después mediten, conversen, y reflexionen. Sin duda podrán tirar conclusiones muy positivas para Uds. y su familia.



A Mulher No Judaismo

Akeret Habayit

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Numa família judaica, a esposa e mãe é chamada em hebraico Akeret Habayit. Isso significa literalmente o "esteio" da casa. É ela que em grande parte determina o caráter e a atmosfera do lar.

D’us exige que todo lar judaico tenha um caráter judaico não somente no Shabat e nos Dias Festivos, mas também nos dias comuns e nos assuntos cotidianos em todos os aspectos.

O que torna um lar judaico especial é que ele é conduzido em todos os detalhes segundo as diretrizes da Toráh. Assim o lar se torna uma morada para a Presença Divina, sobre a qual D’us declara: "Façam para Mim um santuário, e eu habitarei entre eles" (Shemot 25:5).

É um lar no qual a Presença Divina é sentida todos os dias da semana, e não apenas quando estão engajados na prece e no estudo de Toráh, mas também quando realizam atividades comuns como comer e beber, etc., segundo a diretriz: "Conhece-O em todos os teus caminhos."
É um lar onde a hora da refeição não é apenas um tempo para comer, mas se torna um serviço a D’us, santificado pela ablução das mãos antes da refeição, recitar a bênção antes de comer e dar Graças após a refeição, sendo que cada alimento ou bebida trazidos para casa são estritamente casher. Um ambiente onde o relacionamento mútuo entre marido e mulher é santificado pelo cumprimento meticuloso das leis de Taharat Hamishpachá (Leis da Pureza Familiar, que incluem a ida ao mikvê), e permeado com a consciência de um ativo terceiro "parceiro" – D’us – na criação de uma nova vida, no cumprimento do Divino mandamento "Frutificai e multiplicai". Isso assegura também que os filhos nasçam em pureza e santidade, com coração e mente puros, que lhes permitam resistir à tentação e evitar as armadilhas do ambiente quando crescerem. Além disso, a estrita observância de Taharat Hamishpachá é um fator fundamental na preservação da paz e da harmonia (Shalom Bayit) no lar, que assim é fortalecido – obviamente, um fator na preservação da família como uma unidade.

É um lar onde os pais sabem que sua primeira obrigação é instilar nos filhos, desde a mais tenra idade, o amor e o temor a D’us, permeando-os com a alegria de cumprir mitsvot. Apesar do seu desejo de dar aos filhos todas as boas coisas da vida, os pais sabem que o maior, na verdade o único legado eterno que podem conceder aos filhos é fazer da Toráh, das mitsvot e das tradições judaicas sua fonte de vida e um guia para a conduta diária.

Em tudo aquilo que foi dito acima, a esposa e mãe judia – a Akeret Habayit – tem um papel fundamental, o mais importante de todos. Cabe a ela – e em muitos aspectos somente a ela – a grande tarefa e privilégio de dar ao lar sua atmosfera realmente judaica.

Ela recebeu a tarefa, e está encarregada, da cashrut dos alimentos e bebidas que entram na sua cozinha e aparecem na mesa de jantar. Ela recebeu o privilégio de dar as boas vindas ao sagrado Shabat, acendendo as velas na sexta-feira, antes do pôr-do-sol. Assim ela ilumina seu lar com paz e harmonia, e com a luz da Toráh e mitsvot. É em grande parte por seus méritos que D’us concede as bênçãos da verdadeira felicidade ao seu marido e filhos, e a toda a família.

Além das mitsvot como o acendimento das velas, separar a chalá da massa, e outras que a Toráh confiou especialmente às filhas judias, existem assuntos que, pela ordem natural das coisas, estão no domínio da mulher. O motivo para isso estar na ordem natural é que se origina da ordem supra-natural de santidade, que é a fonte e origem do bem no mundo físico. Isso se refere à observância de Tarahat Hamishpachá, que por sua própria natureza está nas mãos da mulher. O marido é encorajado a facilitar esta observância mútua; e certamente não impedi-la, D’us não o permita. Porém a principal responsabilidade – e privilégio – recai sobre a esposa.
Esta é a grande tarefa e missão que D’us concedeu às mulheres judias – observar e disseminar o cumprimento de Tarahat Hamishpachá e outras instituições vitais da vida familiar judaica. Pois além de ser a mitsvá fundamental e a pedra angular da santidade na vida familiar judaica, bem como estar relacionada ao bem-estar dos filhos em corpo e alma, estas leis se estendem a todas as gerações judaicas, até a eternidade. É importante salientar que o Criador dotou cada mulher judia com a capacidade de cumpri-las na vida diária, da maneira mais completa, pois caso contrário não seria lógico ou justo D’us dar obrigações e deveres impossíveis de cumprir.

Deve-se notar que o próprio Judaísmo da pessoa depende da mãe. Na Lei Judaica, se a mãe do indivíduo é judia, então ele é judeu. Se apenas o pai é judeu, mas a mãe não é, então o filho não é judeu. Este fato indica o papel fundamental da mulher na preservação da identidade e dos valores judaicos.
Isso não significa que o lugar da mulher judia é somente no lar e que ela não deveria ter uma carreira. Ao contrário, é a constatação de que o papel mais importante da mulher judia é o de dona de casa – o lar e a família são o núcleo da comunidade judaica. Os modernos psicólogos estão cada vez mais afirmando aquilo que a Toráh sempre nos ensinou: que um lar seguro e amoroso, construído sobre valores éticos e sólida moral, é o edifício básico da sociedade. Ter uma carreira ao custo de abandonar as próprias obrigações e privilégio nesta área é um equívoco.

Quando uma mulher judia cria um lar judaico e educa seus filhos em Toráh e mitsvot, está sendo merecedora do elogio do Rei Shelomô: "Uma mulher de valor, quem pode encontrar… uma mulher temente a D’us, ela deve ser louvada."
De volta às raízes

Toda mulher judia é descendente das Matriarcas Sarah, Rivká, Rachel e Leáh. Cabe a cada mulher judia relembrar suas raízes.
Na verdade, ao refletir sobre as funções vitais das raízes no mundo vegetal, pode-se deduzir, através de uma analogia, uma lição para a mulher judia contemporânea.

As raízes são a fonte de vitalidade da planta desde seu nascimento, quando a semente se enraíza e depois, levando-a a crescer e nutrindo-a constantemente durante a vida com os elementos vitais da água e os minerais do solo.

Embora as raízes também trabalhem para sua própria existência, crescimento, desenvolvimento e força, sua função principal é nutrir a planta e assegurar seu crescimento, bem como seus poderes de produzir frutos, e frutos dos frutos. Ao mesmo tempo, as raízes fornecem uma base firme e ancoram a planta para que ela não seja levada pelo vento ou outros elementos da natureza.

É nesse sentido, destas funções básicas das raízes físicas, que devemos entender nossas raízes espirituais. As "raízes fundamentais" do nosso povo judeu são nossos Patriarcas Abraham, Itschak e Iahacok como declaram nossos sábios: "Somente eles são chamados Avot (Pais)". No lado materno nossas raízes são nossas Mães, Sarah, Rivká, Raquel e Leáh. Cada um desses fundadores e construtores da Casa de Israel contribuiu com uma qualidade distinta que, mesclada às outras, produziu o caráter singular do povo judeu.

Típico – e original – (no sentido de parentesco) – é o Patriarca Abraham, sobre quem está escrito: "Único foi Abraham", pois ele foi o único em sua geração a reconhecer a unidade de D’us e, com completo auto-sacrifício, proclamou a unidade de D’us (puro monoteísmo) a um mundo mergulhado no politeísmo e na idolatria.

Sua descendência, o povo judeu, ainda é único na continuação de sua obra – uma pequena minoria num mundo que tem muitos deuses. É dele que herdamos e extraímos força, do atributo de Mesirat Nefesh (auto-sacrifício), bem como a suprema obrigação de transmitir nosso legado aos nossos filhos; pois foi por seu grande mérito que, através de sua devoção e dedicação total a D’us, "ele legou aos seus filhos e descendentes para guardarem os caminhos de D’us."

Referindo-se aos nossos Patriarcas como "raízes", nossos Sábios indicam um aspecto ainda mais essencial das raízes que vai além do papel dos pais. Para assegurar, os pais têm filhos e transmitem a eles algumas de suas próprias qualidades físicas, mentais e espirituais. No entanto, a sobrevivência dos filhos não depende diretamente dos pais, pois podem afastar-se dos pais e do lar, e continuarem a prosperar depois que os pais se forem. O mesmo não se aplica a uma planta e suas raízes. As raízes são indispensáveis para a existência da planta e sua influência vivificadora deve fluir continuamente para manter a planta viva e crescendo. Da mesma maneira, nossos Pais e Mães devem sempre vitalizar e animar nossas próprias vidas.

Todo judeu e judia deveria entender que faz parte do grande "sistema de raízes" que começou com nossos Patriarcas e Matriarcas e continuou a florescer através dos tempos, nutrindo e sustentando nosso povo, que D’us chama de "um ramo da Minha planta, a obra de Minhas mãos, para ter orgulho deles."

Porém, infelizmente, existem alguns judeus que, por um motivo ou outro, não são conscientes de suas raízes, que ficaram tão atrofiadas a ponto de correrem perigo de secar (D’us não permita). Portanto, cabe às plantas e raízes sadias trabalhar para reviver e fortalecer as outras, a ajudá-las a redescobrir sua identidade e seu lugar no sistema de raízes.

Nesta obra que salva vidas, o papel da mulher judia é de suprema importância, pois ela é a Akeret Habayit, o alicerce do lar, que em grande parte determina o caráter e a atmosfera da família, e o futuro dos filhos em particular.
Tendo isso em vista, não pode haver maior realização para uma menina judia do que preparar-se para seu papel vital de construir a Casa de Israel como uma digna descendente das Matriarcas. É um processo duplo: buscar ativamente o próprio crescimento e ao mesmo tempo trabalhar pela preservação e crescimento do nosso povo, espalhando e fortalecendo Yiddishkeit na comunidade judaica em geral, especialmente em áreas nas quais mães e filhas judias mais podem contribuir como cashrut, Taharat Hamishpachá, acendimento das velas, chinuch (educação judaica), etc.
Ainda seguindo com a analogia das raízes, temos mais um ponto importante: não se procura a cor mais brilhante ou a beleza externa nas raízes, nem estas estão preocupadas com aquilo que se fala a respeito da sua aparência. As raízes fazem humildemente seu trabalho, na verdade, ocultas durante a maior parte do tempo. Assim é o trabalho das verdadeiras mães e filhas judias.

Num mundo onde a última moda é importante, e onde a esperteza muitas vezes tem precedência sobre valores e princípios eternos, nossas valorosas mães e filhas não estão preocupadas com aquilo que alguns vizinhos ou transeuntes possam dizer sobre sua maneira de se comportar e sobre seus lares de acordo com a lei da nossa sagrada Toráh. Se elas parecem "antiquadas" para o observador com idéias "modernas" de "nova moralidade", nós judeus nos orgulhamos de nossas raízes "antiquadas" – porém sempre novas e eternas; nós nos esforçamos para nos tornar cada vez mais enraizados e fiéis às primeiras raízes do nosso povo, que D’us designou como "um reino de sacerdotes e uma nação sagrada".
Faríamos bem em relembrar o dito chassídico: "A verdadeira riqueza judaica não é o dinheiro nem a propriedade. A riqueza judaica eterna está em judeus que guardam a Toráh e mitsvot, e trazem ao mundo filhos e netos que seguirão o caminho de Toráh e mitsvot."

domingo, fevereiro 19, 2012

A Terra do Israel nas fontes judaicas – 3ª parte

As virtudes e qualidades do Eretz o Israel tal como ficam de manifesto nos livros de reflexão e filosofia.

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1. As afirmações de Rabino Yehudá Haleví em seu livro O Cuzarí. Rabino Yehudá Haleví nasceu na Espanha em 1074 e resolveu concretizar seu aliem ao Eretz o Israel, aonde morreu em 1141. Uma lenda assinala que chegou às portas do Jerusalém e ao ver a destruição que estendia, fincou o joelho em terra e chorou amargamente pela situação da cidade. Um cavaleiro árabe que o viu fervorosamente inclinado sobre o chão do Eretz o Israel, atropelou-o com seu cavalo, e dessa maneira morreu.

Em seu livro O Cuzarí, Rabino Yehudá Haleví destaca a peculiaridade do povo judeu entre as demais nações, e na singularidade da fé judia em comparação com as outras. O Gaón da Vilna disse que este livro "é sagrado e puro, e todos os princípios da fé e a Toráh do Israel dependem dele".

2. Rabino Yehudá Haleví explica que só ali se pode alcançar o nível da profecia.

A. O que é o que diferencia ao Eretz o Israel de outros países?

B. De que maneira compara o Cuzarí ao Eretz o Israel com a plantação de um vinhedo? Consideram que se trata de uma comparação apropriada?

3. O seguinte fragmento foi extraído do livro Orot ("Luzes") do Rabino Abraham I. Kuk, um dos maiores rabinos do século XX e primeiro Grande Rabino do Eretz o Israel. No presente parágrafo explica que a relação que existe entre o povo e a terra não é casual: o povo judeu recebeu Eretz o Israel em legado porque só com ajuda da força espiritual implícita em sua terra poderá descobrir e desenvolver seus próprios valores e verdadeira grandeza.

O Cuzarí (porção que fala a respeito do expressado ao inicio do artigo)

Disse o amigo: Não deve lhe causar assombro o fato de que um país tenha alguma vantagem com respeito aos outros, porque já vimos a diferença entre um país e outro na flora e os recursos naturais. Há algumas plantas que podem crescer em um país mas não em outro; em certo país vivem determinados animais que não podem fazê-lo em outro; um país é rico em recursos naturais, enquanto que outro é pobre neles. Existem diferenças nas características e qualidades dos cidadãos dos diversos países. A plenitude da alma depende da composição de quão materiais integram ao ser humano (por conseguinte, não deve nos assombrar que em um país se observe mais plenitude espiritual que em outro).

Disse o Cuzarí: Não ouvi a respeito de nenhuma virtude ou vantagem que tenham os habitantes do Eretz o Israel, da qual careçam outros países.

Disse o amigo: É certo. Sua montanha é famosa pela fertilidade de suas vinhas, mas se não se plantassem videiras nesse lugar e não se realizassem as tarefas necessárias, certamente não cresceriam uvas ali. (O mesmo se diz com respeito ao êxito do Eretz o Israel). Eretz o Israel é o lugar em qual o povo eleito, que é o coração e a medula das demais nações, pode alcançar a máxima plenitude espiritual (a profecia). Certamente, a terra contribui a tudo isto, a condição de que lhe acrescente o cumprimento daqueles preceitos que não podem ser observados fora dela, que equivalem às tarefas realizadas na vinha. E assim é como o povo eleito não pode gozar da profusão divina em outro lugar que não seja este, tal como não resulta possível que a vinha prospere em outro lugar fora desse sítio fértil.

Disse o Cuzarí: Como pode expressar esta norma, se já vimos que D's falou com o Adão, que se encontrava em outra terra; com o Moshe quando estava no Egito e com o Abraham no Ur Casdim, e mais adiante falou com o Ezequiel e com o Daniel em Babilônia, e com o Jeremías no Egito?

Disse o amigo: Todos o que profetizaram o fizeram nesta terra ou a respeito dela. D's se dirigiu ao Abraham para lhe ordenar que concretizasse seu aliem a essa terra e que a percorresse. Ao Ezequiel lhe revelou a profecia do retorno do povo a sua terra, e ao Daniel a da destruição do Segundo Templo e da futura reunião das diásporas. Todas estas profecias se produziram por causa do Eretz o Israel. Outro sentido das profecias do Ezequiel e Daniel fora do Eretz o Israel é que ambos viveram em tempos do Primeiro Templo, no que viram a revelação da Shejiná; e em sua presença podia acessar à profecia qualquer membro do povo eleito capacitado para isso (e quem tinha acessado à profecia no Eretz o Israel não perdia esta aptidão ao partir dali).

(O Cuzarí, II artigo, cap. VII-XIV, tradução ao hebreu do Rabino M. Genizari, Tel Aviv 5729-1969).

Orot de autoria de Rabino Abraham Itschak Kook, Grã Rabino de Erets Israel, anterior ao Estado de Israel. Assim como fundador do Movimento Sionista Religioso).

Eretz o Israel não é um bem externo da nação. Só em sua condição de médio para obter o fim da união geral e do fortalecimento da existência material ou até espiritual, Eretz o Israel é uma unidade essencial estreitamente vinculada com a nação e intimamente ligada com sua existência. Por isso, não resulta possível analisar o conteúdo da qualidade de santidade do Eretz o Israel nem exteriorizar a profundidade desse sentimento por nenhum meio humano racional, a não ser somente através do espírito de D's que se encontra na totalidade da nação… (Rabino A.I. Kook, Orot, cap. "Eretz o Israel").

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

A Terra do Israel nas fontes judaicas – 2ª Parte.

As virtudes e qualidades do Eretz o Israel tal como ficam

de manifesto nos livros de reflexão e filosofia.

O cuzari

1. As afirmações de Rabino Yehudá Haleví em seu livro O Cuzarí. Rabino Yehudá Haleví nasceu na Espanha em 1074 e resolveu concretizar seu aliem ao Eretz o Israel, aonde morreu em 1141. Uma lenda assinala que chegou às portas do Jerusalém e ao ver a destruição que estendia, fincou o joelho em terra e chorou amargamente pela situação da cidade. Um cavaleiro árabe que o viu fervorosamente inclinado sobre o chão do Eretz o Israel, atropelou-o com seu cavalo, e dessa maneira morreu.

Em seu livro O Cuzarí, Rabino Yehudá Haleví destaca a peculiaridade do povo judeu entre as demais nações, e na singularidade da fé judia em comparação com as outras. O Gaón da Vilna disse que este livro "é sagrado e puro, e todos os princípios da fé e a Toráh do Israel dependem dele".

2. O fragmento que reproduzimos a seguir é conhecido como "o apólogo da vinha". O facilitador o ensinará, e analisará com os estudantes as seguintes pergunta. Rabino Yehudá Haleví explica que só ali se pode alcançar o nível da profecia.

A. O que é o que diferencia ao Eretz o Israel de outros países?

B. De que maneira compara o Cuzarí ao Eretz o Israel com a plantação de um vinhedo? Consideram que se trata de uma comparação apropriada?

3. O seguinte fragmento foi extraído do livro Orot ("Luzes") do Rabino Abraham I. Kuk, um dos maiores rabinos do século XX e primeiro Grande Rabino do Eretz o Israel. No presente parágrafo explica que a relação que existe entre o povo e a terra não é casual: o povo judeu recebeu Eretz o Israel em legado porque só com ajuda da força espiritual implícita em sua terra poderá descobrir e desenvolver seus próprios valores e verdadeira grandeza.

4. Os estudantes resumirão por escrito estas fontes da Toráh e da literatura filosófica e responderão a seguinte pergunta: Estou obrigado, do ponto de vista judeu, a concretizar meu aliem ao Eretz o Israel?

O Cuzarí

Disse o amigo: Não deve lhe causar assombro o fato de que um país tenha alguma vantagem com respeito aos outros, porque já vimos a diferença entre um país e outro na flora e os recursos naturais. Há algumas plantas que podem crescer em um país mas não em outro; em certo país vivem determinados animais que não podem fazê-lo em outro; um país é rico em recursos naturais, enquanto que outro é pobre neles. Existem diferenças nas características e qualidades dos cidadãos dos diversos países. A plenitude da alma depende da composição de quão materiais integram ao ser humano (por conseguinte, não deve nos assombrar que em um país se observe mais plenitude espiritual que em outro).

Disse o Cuzarí: Não ouvi a respeito de nenhuma virtude ou vantagem que tenham os habitantes do Eretz o Israel, da qual careçam outros países.

Disse o amigo: É certo. Sua montanha é famosa pela fertilidade de suas vinhas, mas se não se plantassem videiras nesse lugar e não se realizassem as tarefas necessárias, certamente não cresceriam uvas ali. (O mesmo se diz com respeito ao êxito do Eretz o Israel). Eretz o Israel é o lugar em qual o povo eleito, que é o coração e a medula das demais nações, pode alcançar a máxima plenitude espiritual (a profecia). Certamente, a terra contribui a tudo isto, a condição de que lhe acrescente o cumprimento daqueles preceitos que não podem ser observados fora dela, que equivalem às tarefas realizadas na vinha. E assim é como o povo eleito não pode gozar da profusão divina em outro lugar que não seja este, tal como não resulta possível que a vinha prospere em outro lugar fora desse sítio fértil.

Disse o Cuzarí: Como pode expressar esta norma, se já vimos que D's falou com o Adão, que se encontrava em outra terra; com o Moshe quando estava no Egito e com o Abraham no Ur Casdim, e mais adiante falou com o Ezequiel e com o Daniel em Babilônia, e com o Jeremías no Egito?

Disse o amigo: Todos o que profetizaram o fizeram nesta terra ou a respeito dela. D's se dirigiu ao Abraham para lhe ordenar que concretizasse seu aliem a essa terra e que a percorresse. Ao Ezequiel lhe revelou a profecia do retorno do povo a sua terra, e ao Daniel a da destruição do Segundo Templo e da futura reunião das diásporas. Todas estas profecias se produziram por causa do Eretz o Israel. Outro sentido das profecias do Ezequiel e Daniel fora do Eretz o Israel é que ambos viveram em tempos do Primeiro Templo, no que viram a revelação da Shejiná; e em sua presença podia acessar à profecia qualquer membro do povo eleito capacitado para isso (e quem tinha acessado à profecia no Eretz o Israel não perdia esta aptidão ao partir dali).

(O Cuzarí, II artigo, cap. VII-XIV, tradução ao hebreu do Rabino M. Genizari, Tel Aviv 5729-1969).

Eretz o Israel não é um bem externo da nação. Só em sua condição de médio para obter o fim da união geral e do fortalecimento da existência material ou até espiritual, Eretz o Israel é uma unidade essencial estreitamente vinculada com a nação e intimamente ligada com sua existência. Por isso, não resulta possível analisar o conteúdo da qualidade de santidade do Eretz o Israel nem exteriorizar a profundidade desse sentimento por nenhum meio humano racional, a não ser somente através do espírito de D's que se encontra na totalidade da nação… (Rabino A.I. Kuk, Orot, cap. "Eretz o Israel").

domingo, fevereiro 05, 2012

A Terra de Israel nas Fontes Judaicas – 1º parte

Manancial da Sabedoria:
A Terra de Israel nas Fontes Judaicas

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“E lhes trarei para vós à terra sobre a qual elevei Minha mão em juramento de dar a Abraham, a Itzchak e a Iahacov. E a darei a vós por herança, Eu A*donai”.

Shemot (Êxodo), 6:8.

“Naquele dia contratou A*donai com Abram uma Aliança dizendo: À tua descendência dei esta terra, do rio do Egito até o rio grande, o rio Eufrates”.

Bereshit (Gênesis), 15:18.

“Porém a terra onde vós ides passar ali para possui-la, é terra de montanhas e quebradas, da chuva dos céus bebe sua água”.

Uma terra que Teu D'us, A*donai, a quer: sempre os olhos de Teu D'us, A*donai, estão nela, do começo do ano até o fim do ano”.

Devarim (Deuteronômio), 11:11-12.

“E nos tirou A*donai do Egito com uma mão forte e com braço estendido e com grande temeridade e com sinais e milagres”.

Trouxe-nos para este lugar e nos concedeu esta terra: terra onde flui leite e mel”.

Devarim (Deuteronômio), 26:8-9.