segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Muito Obrigado

B'H'
Shalom Caríssimo Rabino
Parabéns pelo seu Blog,  sempre muito envolvente e rico em conhecimento e sabedoria.
Graças ao Eterno hoje, eu e minha família, encontramos nosso lugar, fizemos nosso retorno, e podemos seguir nossas vidas como um lar a cada dia mais judaico.
Meus filhos, os gêmeos, este ano vão estudar em Israel, estamos muito felizes com esta bênção. E eles, mais ainda, em poder realizar um sonho, estar em Erets Israel.
Que HaShem proteja-o e a sua família sempre!
Graciane Ekermann

Fé e Preguiça

A Diferença entre Fé e Preguiça


Perguntam nossos sábios: qual a diferença entre a fé plena, a preguiça e o comodismo? Eles nos ensinam que Confiar em D-us é ter fé nos Seus caminhos e esta confiança dá às pessoas paz e espírito de serenidade. Mas você não deve usar esta fé em D-us para justificar a sua preguiça, a sua falta de iniciativa ou tomar atitudes precipitadas. Existe uma tênue linha que separa a fé em D-us e a negligência, a falta de responsabilidade e a luta pela vida. Lute, faça a sua parte.

Princípio Fundamental

Um Princípio Fundamental



Há na Toráh um princípio fundamental que nos impulsiona a observar os mandamentos com perfeição: existe a consciência de uma Providência individual em todo lugar onde você se encontra, e a qualquer momento.
Está escrito na Toráh (Provérbios 3,6): “em todos os teus caminhos, reconheça a D-us”. Isto é, mesmo quando o indivíduo satisfaz seus desejos materiais, deve reconhecer a D-us e conduzir-se com a intenção de se aproximar dEle e não somente ter prazeres pessoais; basicamente, você deve comer e beber com a intenção de conservar boa a sua saúde e manter-se fisicamente apto para cumprir os mandamentos de D-us. Dormir com intenção de recobrar forças para o dia seguinte. Trabalhar, não por ganância, se não para dispor de meios a fim de sustentar a sua família, educar seus filhos e fazer o bem. Levar uma vida matrimonial saudável com a intenção de cumprir seu dever conjugal e de seus filhos. Em geral, a pessoa deve pesar seus atos e suas palavras a fim de que toda a sua conduta se guie direta ou indiretamente pelos mandamentos de D-us.

A arrogância


A ARROGÂNCIA

Muitas vezes acabamos por conhecer ou ter de lidar com pessoas arrogantes. Mas, ao serem confrontadas, estas pessoas comentam: “O que o leva a ser arrogante? Eu preciso valorizar-me!”

A Toráh, no livro Devarim (17:20), trata sobre a mitsváh (mandamento) de todo o Judeu escrever um Sefer Toráh (Rolo de Toráh). O objetivo é que cada Judeu saiba a Toráh inteira. Para o rei Judeu existe uma mitsváh adicional de escrever um segundo Sefer Toráh e mantê-lo consigo o tempo todo. A Toráh nos dá a razão: “... ele irá aprender a temer o Todo-Poderoso, o seu D’us, a cumprir e cuidar de todas as palavras da Toráh e os seus decretos, colocando-os em prática, para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos e para que não se desvie dos Mandamentos, nem para a direita nem para a esquerda. E assim prolongará os anos do seu reinado, ele e os seus filhos, entre o Povo de Israel”. O que aprendemos das palavras “para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos?” Este versículo ensina-nos sobre a proibição de uma pessoa ser arrogante. O Rabino Simcha Zissel de Kelm (Kelm, 1824-1898) explicou que
“A arrogância é uma característica repreensível e é a mãe de todas as demais más características que existem”.
Porém, o que há de mal com uma pessoa arrogante? O problema é que um sujeito arrogante irá:
1) Facilmente enervar-se, quando os outros não fizerem o que ele quer.
2) Ficar descontente com o que tem porque, arrogantemente, pensa que deveria ter mais coisas que os demais.
3) Falar mal ou contra outras pessoas, porque se acha superior a elas.
4) Acomodar-se e não se esforçará para fazer favores a ninguém, pois acha que os outros é que devem lhe fazer favores, não tendo nenhuma obrigação em ajudá-los.
5) Procurar honra e poder e, portanto, tudo o que fizer será motivado pelo egoísmo.
6) Tirar vantagem de outras pessoas, pois pensa que os outros só estão neste mundo para servi-lo.
7) Ser mal-agradecido por qualquer coisa boa que lhe façam, pois acha lógico que os outros o sirvam.
8) Não admitir que cometesse algum erro, pois quer que os outros o achem infalível e, freqüentemente, ele também pensa assim.
9) Desonrar os seus pais (porque quer que eles o sirvam).
10) Vangloriar-se o máximo possível para crescer aos olhos dos demais.
11) Freqüentemente mentir, para que os outros tenham dele uma opinião melhor do que merece.
12) Deixar de pedir esclarecimentos, para não ter que admitir que não entendesse alguma coisa.
13) Freqüentemente meter-se em discussões e disputas.
14) Acusar ou condenar os outros.
15) Agir ofensiva ou repulsivamente.
16) Odiar qualquer pessoa que o desconsidere ou o despreze.
Alguma das ‘virtudes’ acima parece-nos familiar? Se sim, precisamos pensar em trabalhar sobre a nossa humildade.
Como podemos combater a arrogância?
1) Tendo consciência da nossa própria insignificância em comparação com todo o Universo e com o poder de D’us.
2) Tendo consciência da vasta quantidade de conhecimento que nos falta e os erros que já cometemos.
3) Tomando consciência da fragilidade do corpo humano e de como até a mais forte das pessoas pode ficar doente e morrer. A arrogância somente existe como conseqüência da cegueira em relação à realidade.
Humildade é reconhecer e apreciar que tudo o que temos é um presente do Criador. Como iremos usar esta dádiva já é uma escolha nossa. Toda a criança se esforça para aprender a andar. Ela rasteja gatinha, tropeça, mas no final acaba por ter sucesso. Imagine um adulto arrogante gabando-se: “Olhem para mim, eu sei andar!” Na verdade, falar uma coisa dessas não é nada diferente do que se gabar de todas as nossas demais realizações.

Quais as características para melhorar-nos?

O Rabino Israel Salanter (Lituânia, 1810-1833), fundador do movimento Mussár (voltado para o crescimento moral, pessoal e ético das pessoas) dentro do Judaísmo, listou 13 características sobre as quais precisamos trabalhar para melhorarmos a nós mesmos:

1) Autenticidade -- Seja autêntico e verídico em tudo o que falar.
2) Rapidez -- Tudo que tiver de fazer, faça sem perder tempo.
3) Presteza -- Faça tudo o que deve fazer conscientemente.
4) Respeito -- Seja extremamente cuidadoso com a honra e os sentimentos dos outros.
5) Tranqüilidade -- Faça tudo calmamente, sem confusões ou excitações desnecessárias.
6) Gentileza -- As palavras de um sábio são pronunciadas suave e pacificamente.
7) Limpeza e Pureza -- Mantenha o corpo puro e as roupas limpas.
8) Paciência -- Aconteça, o que acontecer na sua vida, seja paciente.
9) Ordem -- Faça tudo de maneira organizada e disciplinada.
10) Humildade -- Reconheça os seus pontos fracos e não procure os erros dos outros.
11) Justiça -- O que é detestável para si, não o faça com ninguém.
12) Economia -- Não desperdice um único centavo desnecessariamente.
13) Silêncio -- Julgue bem o valor das suas palavras antes de falar.

Mãos à Obra!