quinta-feira, novembro 12, 2015

Preparando-nos para Chanucá

Mensagem do Rabino Ruben

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Ano após ano, quando chega a época de Chanucáh, as luzes são acesas em cada lar judaico celebrando os acontecimentos na época dos chashmonaim, quando estes se rebelaram contra o jugo do império greco-sírio de Antiocos (175 a.EC). Decidido a helenizar todo seu império, o dominador direcionou seu poder despótico contra o espírito de Israel. Os judeus, ao derrotar as forças de Antiocos e com a retomada do Templo Sagrado, iniciaram um processo de purificação espiritual. Era indispensável, antes de mais nada, reacender a Menorá, símbolo da luz espiritual de Israel, criada por D'us. A cada ano, em Chanucáh, comemoramos a preservação do espírito de Israel.

O esforço da vida é captar a luz para iluminar a escuridão. É empenhar-se em cultivar tudo que é bom neste mundo e dirigir todos os recursos para sobrepujar e transformar a negatividade do "lado obscuro" da Criação. Este processo era exemplificado pelo acendimento da Menoráh no Templo Sagrado. Diariamente, óleo da mais pura qualidade era colocado em cada lamparina, acesa pelos Cohanim antes do anoitecer. Colocada dentro do Santuário a luz da Menoráh irradiava um brilho Divino que passava através das paredes do Templo e iluminava a escuridão do mundo exterior. As sete chamas emanavam para o mundo uma verdadeira Luz Sagrada.

A Menoráh do Templo simboliza a criação do universo. Suas sete lamparinas aludiam à perfeição, dentro da ordem natural refletida nos sete dias da semana. Aludem, também, às sete sefirot, que são os sete traços mais importantes do caráter humano. Ei-los: chessed: o amor e a benevolência para com o próximo; guevurá: o autocontrole e temor a D'us; tiferet: compaixão; netzach: vitória; hod: humildade e devoção; yessod: comunicabilidade e malchut: receptividade.

No deserto, D'us ordenou a Moisés atirar o ouro no fogo e logo apareceu “milagrosamente” a Menoráh Sagrada. Forjado numa única peça de ouro, o candelabro de sete braços simbolizava as almas que se originam de uma única fonte. Todas as lamparinas são igualmente "parte da Centelha Divina", cada qual com sua personalidade única. Todas se voltam ao centro da Menorá, como as almas se empenham em direção a um mesmo objetivo.
O óleo significa a essência destilada. Nítido e separado ao mesmo tempo, penetra em tudo à sua volta. O óleo sobe à superfície, enquanto os outros líquidos permanecem estáticos e não se espalham; o óleo, como a alma, se expande, penetrando, afetando e tocando tudo. Ao profanar o óleo sagrado da Menorá do Templo, os gregos tentaram destruir a essência da alma judia.

Um pavio sem óleo produz luz fraca. Uma vida sem Toráh e mitzvot, apesar de arder pelo desejo de se relacionar com D'us, é incapaz de sustentar sua chama. Podem-se experimentar breves momentos de experiência espiritual, mas, faltando o óleo da genuína substância Divina, rapidamente desaparecem e falham ao tentar introduzir uma luz resistente no mundo. Quando o pavio é inserido no óleo e é aceso, o pavio absorve, transmite e transforma o óleo em uma luz firme e estável.

Com a destruição do Templo Sagrado não há mais como acender a Menoráh do Templo. A Menoráh que acendemos em Chanucáh, e que chamamos de chanuquiá, tem oito braços e não sete. Na época do Templo, quando a Divindade era revelada, sete lamparinas eram suficientes para iluminar o mundo, mas após a destruição do Templo, para clarear a escuridão do exílio, deve-se empregar uma luz que transcenda a ordem natural. Tal luz é produzida pelas oito chamas que são acesas em Chanucáh. O número oito reflete a luz que não está presa por limitações.

Enquanto a Menoráh do Templo era acesa durante o dia e no interior do Santuário, a Menorá de Chanucá é acesa à noite e colocada perto de uma janela onde possa ser vista de fora.

As luzes da chanuquiá são sagradas. Não é permitido fazer uso delas, somente olhá-las, afirmando assim a supremacia da Luz Divina sobre as limitações humanas. Colocada em lugar visível, a Menoráh de Chanucáh ensina que deve-se espalhar a luz da Toráh para todos. É acesa após o anoitecer (com exceção do Shabat), durante oito dias, a partir do dia 25 de Kislev. Sua luz nos lembra que, mesmo nos momentos mais obscuros da existência, a luz da sabedoria pode brilhar intensamente; e também que a redenção é possível de ser alcançada bastando acender mais uma chama. A alma, também se eleva quando conseguimos acender um objetivo mais de nosso crescimento, de nossa elevação, de nossa auto-estima, valorizando e reavaliando dia após dia nossos objetivos.

Chanucáh é a comemoração do maior objetivo que existe em um ser humano, não deixar-se “surpreender”, pela escuridão das coisas vãs.

Guemilut Jasadim: 1ª Lección

El concepto de "Guemilut Jasadim",

primer capítulo/1

Gemilut Chasadim Hands Hands Hebrew1400

1. Está escrito en el libro de Nebiim (profetas) "Te diré que es lo bueno y lo que Hashem requiere de ti: proceder con justicia, amar la benevolencia y encaminarse recatadamente delante de Hashem". Debemos prestar atención porque la palabra "amar" está escrita en medio del versículo, en circunstancias que el versículo podría haber solo dicho "proceder con justicia y benevolencia". El Jafetz Jaim nos enseña que este énfasis se debe a que muchas veces cuando la persona realiza Jésed, lo hace forzadamente, como por ejemplo cuando alguien le pide ayuda y no puede  eludirlo. Solo bajo esas circunstancias realiza Jésed y, peor aún, cuando lo hace no es de buena manera. Es por ello que viene el Nabi y nos enseña: "que Hashem requiere de ti: … amar la benevolencia", es decir no pienses que cumples con tu obligación cuando haces Jésed de forma esporádica o solo cuando hay alguna necesidad, sino que por el contrario, la persona debe amar la cualidad de ayudar a su compañero.

2. Es sabido que hay una diferencia muy grande entre las cosas que la persona hace por obligación y las que hace por amor: cuando algo es hecho por amor la persona hace mucho más de su obligación. Cuando un padre por ejemplo tiene que alimentar o abrigar a sus hijos, debido al gran amor que siente por ellos no solo les da lo mínimo que ellos necesitan, sino que les da mucho más de lo que requieren y todo el tiempo está pensando cómo puede beneficiarlos aún más. De la misma forma, si la persona ama la cualidad de hacer Jésed, va a buscar la oportunidad para ayudar a su compañero, y todo lo que va a hacer por él lo va a hacer con muchas ganas y deseo.