terça-feira, agosto 18, 2015

Como deve-se colocar a Mezuzá

A leitura destas Halachot (Leies) e o estudo das mesmas, e pela pronta recuperação de:

Ieshaiahu Itzchak Nissim ben Menujá

Ariela bat Chana

Aaron Asher Chaim ben Graciela

Meir Chaim ben Rivká Sará

Iafa Rut bat Naomi

Shmuel ben Masha

##################################################

Mezuzá, vertical ou diagonal?

Mezuzáh 1


Pergunta:

Percebi que há locais nos quais as Mezuzot são afixadas nas portas em posição vertical, e outros nos quais elas estão em posição inclinada, em diagonal. Qual o motivo dessa diferença?

Resposta:

Há uma divergência entre os comentaristas talmúdicos sobre como explicar um trecho da Guemará que trata da Mezuzá. De acordo com Rashi e RaMbaM (Maimônides), a Mezuzá deve ser fixada ereta (“de pé”), em posição vertical, e quem a fixou sobre o umbral em qualquer posição diferente, inclinada ou horizontal, não cumpriu sua obrigação. Rabenu Tam (neto de Rashi), porém, discorda e opina que a Mezuzá deve ser afixada na posição horizontal (deitada) e quem a fixou sobre o umbral em posição vertical não cumpriu sua obrigação. Os sefaradim seguem a opinião de Rashi e RaMbam, enquanto que os ashkenazim fixam suas Mezuzot em posição inclinada, em diagonal, para seguir também a opinião de Rabeinu Tam. Sendo como for, mesmo na diagonal, a Mezuzá precisa ser afixada em um ângulo superior a 45º, ou seja, “mais vertical do que horizontal”.

Elul: O Inicio de Um Tempo de Mudança

Elul: O Inicio de Um Tempo de Mudança

Elul 3

Elul é um mês muito especial. É um tempo para aproveitar a oportunidade de trabalhar em nós mesmos; para mudarmos, para sermos melhores e concretizar nossos sonhos. É um novo começo para finalmente fazermos aquelas coisas que sempre sentiste que era capaz mas nunca o fizeste.

Cada Elul começa sempre com as mesmas grandes expectativas: vai existir um novo mundo e as coisas serão iguais. Infelizmente, o entusiasmo inicial rapidamente dá lugar a uma realidade muito diferente: o entusiasmo baixa de nível e terminas ficando igual a o que fazias antes de começar. Seguramente cresces pouco a pouco, ano após ano, mas o avanço importante converte-te na pessoa que sabes que podes e deve ser – nunca parece realizar-se, ficando como um sonho difícil de realizar.

Como aproveitar esse entusiasmo, a boa vontade e a emoção e convertê-los em uma mudança significativa e duradoura? Em outras palavras: como podes para que Elul realmente funcione?

Os sábios nos dizem que existe uma Voz DivinaBat Kol!) que ecoa no mês de Elul dizendo: Vão arar os campos. Não plantem sobre espinhos e a maleza. Sem dúvida, existem muitos significados cabalísticos para esta frase, mas uma explicação mais direta é que, se preparas teu campo arando-o não importa o que semeies; teu jardim vai ser invadido por espinhos.

Portanto a chave para um Elul exitoso é preparar-se adequadamente, considerando que sementes desejas plantar. Como te deves observar para assegurar-te de que tudo o que desejas fazer acontecerá da maneira que queiras, para que depois de alguns meses, não pense em sua resolução só como um bonito desejo?

Teu desejo de mudança é claro – de outra maneira não estarás lendo isto neste momento – mas o que é que te motiva à mudança? A chave é compreender-te a ti mesmo. Como funcionas, como cresces e o que te motivas. Quais são os passos apropriados para teu crescimento? Impõe-se aqui o fator fundamental: tudo em seu devido tempo!

Conta-se à história de um homem jovem na Ieshiváh (Seminário Rabínico) do Rabino Meir Chadash. Era um estudante preguiçoso que nunca estudava, fazia o que ele gostava e parecia que iria deixar tudo completamente. Um dia o estudante fez um giro de 180 graus. Era o primeiro a chegar na sala de aula e o último a sair à noite. No dia seguinte, o Rabino Chadash aproximou-se e falou-lhe: “Tu és tão imaturo. Quando é que tu vais crescer?”

A mensagem é clara: tu não vais mudar do dia para noite; não deixarás de se um irresponsável e apático, tornando-te o mais responsável. E se tentares será pura falsidade. Pode ter êxito alguns dias, pensando que o conseguiste, mas quanto durará? Isso não é o crescimento, é imaturidade. O verdadeiro crescimento é paulatino. Tu tens que saber qual é o passo seguinte, compreender-te a ti mesmo e ser honesto. Decide o que tu queiras aceitar sobre ti e o que mudará de verdade as coisas. Por exemplo: cuidar que o lar seja casher, ou dedicar-te a ser mais sensível e cuidadoso. Estas sementes têm um incrível potencial, se preparares antes a terra.

Observa profundamente dentro de ti, pede bons conselhos e acima de tudo: que sejas realista a respeito do que é possível concretizar.

E sobre o processo real de teshuváh? O primeiro passo é reconhecer teus erros – compreender o que fizeste de errado e como poderia ter feito melhor.

Por isso, deves conhecer tuas capacidades específicas. Do contrário, cometerás o erro de tentar mudar coisas que estão além de ti, Isto é ruim, pois quando o confessas, realmente não o sentes, porque dentro de sabes que não é real.

A verdadeira teshuváh e confissão, significa articular o fato de que a teu nível poderias ter feito melhor. É muito importante fazer isto de uma forma que tu escutes e acreditas.

Entende os temas que são realistas para ti; estão-se além de ti, então não são “teus” temas. Trabalhar com o que é realidade e apropriado. Do contrário vais plantar tuas sementes ano após ano e vais colher só espinhos. Não deves usar esta idéia como desculpa para continuar cometendo erros; ao contrário, toma consciência de como uma mudança drástica às vezes termina em algo pior. Não te movimentes num mando ilusório. A Toráh não quer que sejamos sintéticos piedosos. Avalia que aspecto de teu caráter não está muito bem e começa a mudá-lo gradativamente.

Preparar o terreno, significa descobrir que coisa te motiva e reconhecer o que precisas fazer agora. No final das contas, a mudança final pode acontecer após muitos anos. Mas não desanimes. Os Sábios dizem que uma vez que te encaminhes para algum lugar para D’us é como se já tivesses cruzado lá. Quando decides fazer algo, existe uma elevação de tua alma; no plano metafísico é como já o tivesses feito tua alma chegou; mas teu corpo ainda tem que caminhar por muitas sendas. Uma coisa mais: Para nos inspirarmos no processo de teshuváh, temos que saber que D’us nos ama – mesmo com todos os erros que tenhamos cometido. Sê consciente de que D’us te entende e quer te ajudar. Não te sintas culpado; os erros que cometeste são parte de teu processo de crescimento para chegar até onde te encontras hoje em dia. D’us não quer que sofras. Pelo contrário, Ele nos criou para o crescimento; então as dificuldades envolvidas deveres o melhor para nós. D’us não é o chefe autoritário do céu. Está ao teu lado. Se não compreendes isto, nunca poderás fazer Teshuváh (retorno – arrependimento).

Pensa grande e propõe-te metas a longo prazo – mas sê realista. Toma as coisas com calma, mas tenta manter a motivação. A teshuváh exige maturidade, realismo e honestidade. Não uses esta oportunidade ano após ano de forma incorreta.

Iamim Noraim, dias majestosos, nos convidam a refletir, a maturar sobre nossa verdadeira função e ubiquação na sociedade, na vida, como seres humanos, judeus. Iamim Noraim e uma ilha e um espaço revoltado, e um tempo dividido, para regressar, LaShuv (regressar) a nossa origem, aos nossos princípios, aos nossos valores.

Que o todo poderoso nos ajude a ter uma vida significativa e uns festejos produtivos neste ano que se inicia. Tihie Shanáh Osher VeKavod (Que seja um ano de riqueza, não somente material senão espiritual, e com honra e respeito entre nós e os próximos), que assim seja Amén.

Tizku Leshanim Rabot!!

Que D’us conceda-lhes muitos anos de vida!!

Rabino Prof. Rubén Najmanovich