domingo, agosto 01, 2010

A Mulher no Judaísmo.

A Mulher no Judaísmo.


A mulher é chamada de "Akeret Habayit" - a fundação do lar. É ela que tem a capacidade e as qualidades para administrar o lar. Esta é uma função primordial pois a base da sociedade encontra-se no lar. . À mulher judia foi dada a principal responsabilidade de manter acesa a chama do judaísmo. Isto é alcançado por meio da pureza da alimentação casher, de taharat hamishpachá (santidade da vida conjugal) e da educação dos filhos desde os primeiros passos dentro do judaísmo. E o modo de garantir a vigência e dar continuidade os nossos valores e tradições.

A mulher é poseediora de uma "mini empresa", que exige paciência e esforço denodados. Isso não significa que a mulher não possa exercer outros papéis na sociedade atual como é se realizar profissionalmente.

No decorrer da História judaica a mulher judia manteve a chama judaica dentro do povo. Em períodos de dificuldades como em Egito, as mulheres encorajavam os maridos. Segundo nossos sábios, por mérito das mulheres judias nosso povo foi redimido do Egito..

Ao ordenar a Moshê que transmitisse a Torá ao povo judeu, D’us lhe pediu que antes dissesse às mulheres e só depois aos homens, pois elas aceitariam mais facilmente.

Quando o povo comete o pecado do Bezerro de Ouro, sem a participação das mulheres. Quando os espiões voltaram da Terra Santa, desencorajando os judeus a entrar nela, os homens choraram, implorando para voltar para o Egito; mas as mulheres mantiveram sua fé em D’us e pediram para ter uma parte nesta Terra.

Istos são exemplos da emunáh (fé) das mulheres.

São muitas as pequenas conquistas, ações de um dia-a-dia que confirma o novo papel das mulheres, ativistas em número cada vez maior, que ocupam espaços e assumem responsabilidades até bem pouco tempo exclusivas dos homens. Inclusive em postos de liderança comunitária, exercendo até mesmo a presidência de congregações.

Existem também cerimônias e rituais recriados para as mulheres, como por exemplo, o Simchat Bat, quando a menina recebe, na sinagoga, seu nome judaico.

Quando faz Bat Mitzváh, ela adquire a maioridade religiosa, porem com um conhecimento de causa, e de fundamentos, que simplesmente deixa de ser uma simples figura, e se converte em um complemento da realização e concretização.

Até na ortodoxia judaica as mulheres estão conseguindo cada vez mais espaços no ritual e na liderança religiosa (alguns movimentos ortodoxos concederam às mulheres o direito de conduzir serviços religiosos e ler a Torá, contanto que seja em grupos só de mulheres), um exemplo importante de isto foi Nechama Leibowitz Z”L, uma mulher erudita que ensinava Toráh em Yeshivot (casa de estudo avançado para formação rabínica) de Homens.