domingo, abril 03, 2011

Sentimento de Liberdade.

O Sentimento da Liberdade,

O Coração da Independência

SONGOFSO

MONADAR MONNISA2 MONIYYA3 MONSIVA2

Entre os meses do calendário Hebraico, Adar (neste ano Adar II) Nissán, Iyar e Sivan (é o período que abarca entre Março e Maio e às vezes Junho), o Povo Judeu vivencia situações de verdadeira concepção da Liberdade. Mediante o festejo das alegrias de Purim – Pêssach – Iom Haatsmaut e Shavuot.

Muitos Povos sucumbiram frente as ditaduras dos impérios, não só porque não possuíam exércitos fortes, mais sem principalmente por sua cognitiva capacidade filosófica e psicológica de saber enfrentar as dificuldades, não eram de suficientemente sólidas, suas raízes não eram o profundo que requer uma sociedade para resistir os embates culturais.

Quando analisamos minuciosamente a festividade de Purim (lembramos o milagre de ser salvos do extermínio total do povo, a partir de um decreto), encontramos três conceitos importantes: Fé, União e um profundo sentimento de pertença a Povo Judeu, por meio do conhecimento.

Pêssach – conhecida como a festa da Liberdade -, manifesta o sentimento de poder pretender e entender que a Liberdade não só um fato físico, senão é uma decisão de poder Pular (Pêssach vem da palavra Passach, que significa pular), as dificuldades que nos angustiam mais também nos escravizam.

Shavuot – Conhecida como a festa das Semanas, ou da Colheita, também é chamada de Pentecostes ou em Hebraico Zeman Matan Toratênu (Tempo da entrega da nossa fonte de inspiração, A Toráh). É o tempo de receber, mais com a plena consciência de saber que agora nossa liberdade não simplesmente um fato físico, como qualquer ser vivente, é um processo de Tikun Neshamáh (ajeitar nossa alma, a fonte de inspiração da psique – espiritual, o motor que move nossas sensações, pensamentos e elaborações).

Porem existe em esta equação a variavel principal, que a independência, muitas vezes confunde-se com livre arbítrio, já que a independência nós permite processar o Livre arbítrio, na sociedade que está sendo criado como conseqüência de ser independentes darmos essa “propriedade”, da qual podemos ser donos. Porque o Livre arbítrio não é causa da independência, mais conseqüência dela.

Haatsmaut (independência) é uma palavra da raiz Etzem - osso, ou melhor, dizendo, a coisa por ela mesma, a raiz, o fundamento. O Rav Abraham Itschak HaCohen Kook, em seu Livro Orot HaKodesh (As Luzes Sagradas) chamou a raiz da personalidade de Ani Atzmi que poderíamos traduzir por Eu próprio, a libido dos psicanalistas.

Nos idiomas Latinos, principalmente Espanhol e Português, a palavra independência, todo o contrario que um pode imaginar-se, é uma negação. Afirma e indica o contrario da palavra dependência. Em termos psicológicos, não se consegue perceber esse estado, senão por meio da libertação dos laços anteriores que, antes dela, relacionavam ao Ser Humano a outros seres humanos, numa relação indesejada, não almejada.

Por tanto ao finalizar a mesma, festeja-se a liberação e com ela a não-dependencia. Nesta visão profunda do analises etimológico da palavra, nos da uma idéia que a liberação não se compreende como um valor positivo por si, mas sim como uma ausência de um fato ou coisa negativa.

O hebraico, rico em conteúdo, nos entregou mais um presente, na forma e conceito da palavra Haatsmaut, que alude a um valor positivo por ela mesma e não por negação a uma significação indesejada.

Nas fontes de ensinamento do Judaísmo, A Toráh entre elas, é o contrario. O Positivo tem valor e o negativo não vale nada. A Haatsmaut ( a independência) é uma devolução de um estado natural.

Baseado nestas idéias, o fato ocorrido em 5 de Iyar de 5708 – 14 de maio de 1948, da uma visão que o domínio do Povo judeu sobre sua terra a partir da data mencionada, não é a festa da independência, mas sim à volta de um povo ao seu devido lar e estado natural. E como qualquer volta no Judaísmo esta também é um tipo de Teshuvá, retorno. A Teshuvá nacional, a independência política de nosso estado único, é a base para o reflorescimento de nossa alma como nação, como indica o nome do dia, Atzmaut. Cultivar o nosso ser interno, nossa personalidade nacional própria, eis a nossa missão.

Quando, estas variáveis “filoso-matematicas” são enxergadas como um todo, permitem ver as festividades não como simples ilhas, senão insertadas em um todo que são parte do crescimento e maturidade de um Povo, e principalmente de sus indivíduos, que tem ser maravilhosos seres que resgatam o fundamento de nossa Existência: Fé para sobreviver, Liberdade para pensar, Independentes para criar e Espiritualmente Sábios para Crescer.