terça-feira, abril 09, 2013

Iom Hashoa - Dia do Holocausto

Iom HaShoá VeHaGvurá

27 de Nissan

guetto-Varsovia-Holocausto-judios-nazis

 

Introdução

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Iom HaShoá, ou, Dia da Memória ao Heroísmo e ao Holocausto, é um adição relativamente recente no Calendário Judaico. Suas formas de observância ainda estão evoluindo, com várias maneiras distintas, e pouca padronização sobre a melhorar maneira de marcar esta data.

Em Israel, Iom HaShoá é um feriado oficial. Na Diáspora, cada vez mais Judeus passam a observar este dia, como forma de aprofundar seus conhecimentos e sua conexão com esta tragédia.

Em Israel

Iom HaShoá começa no fim da tarde, conforme o Calendário Judaico. Por toda Israel, todos os lugares de entretenimento e diversão permanecem fechados, exceto os que promovem atividades especiais relacionadas ao Holocausto. No fim da tarde, uma sirene é soada por todo o país, e todos param por 2 minutos de silêncio para reflexão.

Yad Vashem, a organização nacional para pesquisa e educação sobre o Holocausto promove diversos programas a cada ano. Geralmente, as escolas oferecem atividades especiais para seus alunos, sempre sobre temas relativos ao Holocausto.

As cerimônias usualmente incluem atos de acendimento de velas em memória aos mortos, e palestras com sobreviventes. Algumas vezes, rezas também são recitadas em memória aos falecidos, além de poemas, textos e outras obras de vítimas do Holocausto são expostas. Freqüêntemente os nomes de vítimas são lidos em voz alta, além de informações sobre as várias comunidades judaicas destruídas durante o Holocausto. O Yad Vashem possui projetos internacionais para cadastrar e homenagear todas as vítimas do Holocausto..

Na Diáspora

Fora de Israel, o Holocausto se tornou mais divulgado e conhecido tanto para Judeus quanto não-Judeus, através da publicação de centenas de livros, museus e memoriais, e também através de filmes e séries de televisão. Com a enfatização da importância da lembrança da tragédia, cada vez mais gente aproveita esta data como momento de reflexão e aprendizado sobre o Holocausto. Muitas comunidades judaicas organizam suas próprias cerimônias, contate a liderança comunitária de sua comunidade para se informar.

Para aqueles que não tem a oportunidade de participar de alguma cerimônia comunitária, Iom HaShoá pode ser uma data para introspecção pessoal, para o acendimento de velas, para rezas memoriais, e para aprender a história do Holocausto.

Além de apenas lembrar as vítimas do Holocausto, podemos também pensar em como fortalecer a vida e a comunidade judaica. O objetivo de Hitler, de eliminar a vida judaica do planeta, e o apooi que ele recebeu de diversas fontes devem fortalecer nossa continuidade, e não dar-lhe uma vitória póstuma. O Arco de Tito, em Roma, comemora destruição da nação judaica e sua conquista pelos romanos. Hoje, os antigos romanos desapareceram da face da Terra. Devemos lutar para que quando os sobreviventes do Holocausto não estiverem mais entre nós para lembrar-nos do que passaram, o Povo Judeu continue a lembrá-los com dignidade e continue fazendo seu papel na história.

Iom HaShoá VeHaGvurá

Rezas Traduzidas

Yizkor
Oração em memória aos que morreram no Holocausto.

Possa D'us se lembrar das almas de todas as comunidades de Israel na Diaspora européia que foram sacrificadas no altar durante os anos do Holocausto (1939-1945): seis milhões de homens e mulheres, crianças e jovens, crianças, e velhos que foram cruelmente assassinados em massa, assassinados em suas moradias, em suas cidades, e nas florestas e aldeias.

As vítimas foram levadas, como ovelhas para a matança, para campos de concentração onde morreram assassinados, queimados nos fornos dos terríveis campos de destruição na Alemanha e Polônia, e no resto dos países ocupados, nas mãos dos alemães assassinos e seus aliados, os quais decidiram aniquilar, matar, e destruir totalmente o Povo Judeu, apagar da memória o Judaísmo, e apagar os vestígios do nome de Israel.

D'us da vingança, Juiz da Terra, lembre-se dos rios de sangue que foi derramado como água, do sangue de pais e filhos, mães e lactentes, dos rabinos e de seus alunos, e devolva para os opressores setenta vezes mais sofrimento do que eles infligiram.

Não silencie o grito de "Shemá Israel" proferido por aqueles que foram levados à morte, e permita que o lamento do aflito suba até o trono de sua glória. Vingue, rapidamente em nossos dias, ante nossos olhos, o sangue dos puros e santifique filhos e filhas que nunca tiveram o privilégio de ser enterrados como Judeus… Como está escrito: “Porque Ele vingará o sangue de seus criados, e sua vingança será aplicada aos seus opressores, e Ele perdoará a Terra de seu povo.”

Amém. Selah.

El Male Rachamim
Oração para os falecidos

Ó D'us, misericordioso que habitas as alturas, conceda repouso nas asas da Divina Presença nos altos da santidade e da pureza, que brilham como o firmamento - Para as almas dos seis milhões de Judeus, vítimas do Holocausto Europeu.

Que foram mortos, queimados e eliminados pela Santificação do Nome de D'us pelos alemães assassinos e seus aliados, pois, sem fazer promessas, toda a comunidade rezará para o enaltecimento de suas almas.

Então, possa o Mestre da Misericórdia abrigá-los sob suas asas para toda a eternidade; e possa Ele ligar suas almas no elo da vida.

D'us é sua herança. E possa seu lugar de descanso ser o Jardim de Éden, e possam eles alcançar o deu destino no fim dos tempos.

E digamos Amém.

1933-1934

  • 30 de Janeiro - Nomeação de Adolf Hitler para o cargo de chanceler da Alemanha (Chefe de Governo)
  • Março - Habilitação do primeiro campo de concentração na Alemanha nazista (Dachau).
  • 9 de Março - Início de uma onda de perseguições contra os judeus da Alemanha, perpetuadas pelos homens da S.A. e dos Stalhelm.
  • 1o de Abril - No diário "Judische Rundschau", dos judeus alemães, foi publicado o artigo "Portando a estrela amarela com orgulho", que foi o primeiro da série "Digamos sim ao nosso judaísmo". Estes títulos se converteram no lema da resistência judaica na Alemanha.
  • 10 de Maio - Queima em praça pública dos livros judaicos e de autores adversários do nazismo, nas cidades da Alemanha.
  • 14 de Julho - Lei que prescreve os partidos da Alemanha: o partido nazista passa a ser o único partido legal na Alemanha.
  • 20 de Agosto - O Congresso Judaico Americano proclama o boicote contra a Alemanha nazista.
  • 19 de Outubro - A Alemanha abandona a Liga das Nações.

1935-1936

  • 7 de Janeiro - Mussolini e Laval firmam o pacto franco-italiano, em Roma.
  • 13 de Janeiro - Anexação do Sahre à Alemanha.
  • 16 de Março - Reimplantação do serviço militar obrigatório na Alemanha, apesar da proibição do Tratado de Versalhes.
  • 17 de Março - Entrada do exército alemão à região do Reno.
  • 30 de Junho - Greve geral dos judeus da Polônia, em protesto contra o anti-semitismo.
  • 15 de Setembro - As Leis de Nuremberg: promulgação das leis raciais fundamentais, contra os judeus.

1937-1938

  • 16 de Julho - Habilitação do campo de concentração de Buchenwald.
  • 25 de Novembro - Assinatura de um acordo político e militar entre Alemanha e Japão.
  • 13 de Março - Anexação da Áustria ao Terceiro Reich.
  • 15 de Março - Assembléia popular contra o nazismo, organizada em Nova York, pelo Conselho Unido de BOicote (Joint Boycott Council).
  • 29-30 de Setembro - Conferência de Munique, com a participação de Chamberlain, Daladier, Hitler e Mussolini. Concordância da Inglaterra e França à anexação de uma parte da Checoslováquia à Alemanha.
  • Outubro - Começo do confisco dos bens judaicos na Alemanha.
  • 28 de Outubro - Deportação da Alemanha a Zbonczyn, na fronteira com a Polônia, de mais de 17.000 judeus de cidadania polonesa.
  • 6 de Novembro - Atentado de Herschl Grynspan contra Ernst vomRath, secretário da Embaixada Alemã na França.
  • 9-10 de Novembro - Vandalismos durante a "Noite dos Cristais" na Alemanha e Áustria. Detenção de 30.000 judeus, destruição de 191 sinagogas e saque de 7.500 casas comerciais.
  • Dezembro - Criação da Instituição para a Imigração "B" (Mossad Aliá Beit), para a Terra de Israel.

1939

  • 15 de Março - Ocupação definitiva da Checoslováquia. Criação do Protetorado da Bohemia-Morávia.
  • 18 de Abril - Legislação anti-racial judaica na Eslováquia.
  • 23 de Agosto - Assinatura de um pacto entre a União Soviética e a Alemanha: o pacto Ribbentrop-Molotov.
  • 1o de Setembro - Invasão do Exército Alemão à Polônia, começo da Segunda Guerra Mundial.
  • 3 de Setembro - Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha.
  • 17 de Setembro - Invasão do Exército Vermelho à parte oriental da Polônia.
  • 21 de Setembro - Ordem de Heidrich de habilitar guetos e Judenrats (Conselho Judaico) na Polônia ocupada.
  • Outubro - Começo da mobilização geral da coletividade judaica da Terra de Israel: um total de 26.000 judeus foram recrutados para o Exército Britânico.
  • 10 de Outubro - Criação do Governo Geral na parte central da Polônia. Anexação da Polônia Ocidental ao Terceiro Reich.
  • Novembro - O Dr. Emanuel Ringelblum convoca uma reunião com os representantes dos partidos clandestinos, em Varsóvia, para debater a prestação de ajuda aos judeus da Polônia.
  • 23 de Novembro - Implantação de um símbolo distintivo (um bracelete) no Governo Geral.
  • 28 de Novembro - Ordem de Hans Frank, de criar o Judenrat no Governo Geral. Criação do primeiro gueto na Polônia, na cidade de Pioterkov.

1940

  • Janeiro / Fevereiro - Início da atividade clandestina do Movimento da Juventude Judaica na Polônia.
  • 09 de Abril - O exército alemão domina a Dinamarca e a parte meridional da Noruega. Ocupação de Copenhagen e Oslo.
  • 27 de Abril - Ordem de Himmler de criar o campo de concentração em Auschwitz.
  • 10 de Maio - Início da grande invasão do exército alemão à Holanda, Bélgica e França.
  • 4 de Junho - Evacuação completa do exército britânico da França (Dunkerque).
  • 22 de Junho - Rendição do exército francês. O Marechal Pestain assina o cessar-fogo com a Alemanha.
  • 10 de Agosto - Leis raciais antijudaicas na Romênia.
  • 17 de Agosto - Manifestações em massa de famintos, no gueto de Lodz. Na França, organiza-se a "Fortresse Juive", que logo se converteria na "Armée Juive".
  • 27 de Setembro - Criação do 'eixo' Berlim-Roma-Tóquio.
  • 3 de Outubro - Leis anti-judaicas do governo de Vichy (Status des Juifs).
  • 15 de Novembro - Clausura do gueto de Varsóvia.
  • 20 a 24 de Novembro - Adesão da Hungria, Romênia e Eslováquia ao 'eixo' Berlim-Roma-Tóquio.
  • Dezembro - O Dr. Emanuel Ringelblum cria o Arquivo Secreto "Oneg Shabat" no gueto de Varsóvia.

1941

  • 06 de Abril - Invasão do exército alemão à Iuguslávia e Grécia.
  • 02 de Maio - Revolta anti-britânica no Iraque, encabeçada por Rashid Ali, com o auspício da Alemanha nazista.
  • 15 de Maio - Lei de trabalhos forçados contra os homens judeus na Romênia.
  • Junho - O governo de Vichy desconhece aos judeus da África do Norte o direito de cidadania francesa, o que lhes aplica inúmeras restrições.
  • 7/8 de Junho - Participação das unidades do Palmach na invasão dos aliados à Síria.
  • 22 de Junho - Ataque da Alemanha à URSS.
  • 02 de Julho - Vandalismo em Lwow, com a participação de nacionalistas ucrânianos.
  • 12 de Julho - Assinatura de um pacto militar entre a URSS e a Grã Bretanha.
  • 31 de Julho - Goering nomea a Heidrich para que se encarregue de executar o plano de "Solução Final".
  • 10 de Outubro - Criação do gueto de Theresienstadt, na Tchecoslováquia.
  • 12 de Outubro - Os alemães chegam às portas de Moscou. Evacuação parcial da capital da URSS.
  • 23 de Outubro - Assassinato de 19.000 judeus em Odessa.
  • Dezembro - Organização clandestina da juventude sionista na França, no "Mouvement do Jeunesse Sioniste". Organização clandestina armada no gueto de Minsk. Partida do primeiro grupo armado judaico para cumprir atividades de guerrilheiros na região.
  • 7 de Dezembro - Ataque japonês à Pearl Harbour.
  • 8 de Dezembro - Habilitação do campo de extermínio Chelmno, ao lado de Lodz. Até abril de 1943, foram exterminados 360.000 judeus.
  • 11 de Dezembro - A Alemanha e a Itália declaram guerra aos Estados Unidos da América. O návio 'Struma' parte da Romênia à Terra de Israel com 769 passageiros (bateu em uma mina e afundou em 12/02/1942): todos os passageiros morreram.

1942

  • Janeiro - Criação da "Organização Anti-Fascista" no gueto de Kovno.
  • 20 de Janeiro - Conferência em Wenesse: traçado plano para o extermínio dos 11.000.000 de judeus na Europa.
  • 21 de Janeiro - Criação da "Organização Unificada de Guerrilheiros" (PPO), no gueto de Vilna.
  • Fevereiro - Tuvia Bielsky cria a primeira base de guerrilheiros nos bosques de Nailibocki, na Rüssia Branca ocidental.
  • Março - Fundação da organização de ajuda mútua dos judeus da Bélgica: "Comité de Défense Juive".
  • 1o de Março - Início do extermínio nos crematórios de Sobibor. Até outubro de 1943 foram exterminados ali 250.000 judeus.
  • 17 de Março - Início do extermínio nos crematórios de Belzec. Até o final de 1942 foram exterminados lá 600.000 judeus.
  • 26 de Março - Deportação de 60.000 judeus da Eslováquia: uma parte a Auschwitz e outra a Maidanek.
  • Abril - Criação do "Bloco Anti-Fascista" no gueto de Varsóvia.
  • 1o de Junho - Inauguração do campo de extermínio de Treblinka. Até agosto de 1943 foram exterminados nesse campo 700.000 judeus. Implantação do símbolo distintivo aos judeus da Holanda e França.
  • 28 de Junho - Os exércitos da Alemanha e Itália chagam a El Alamein. Perigo de ataque à zona do Suez.
  • Julho - Gizi Fleischman organiza na Eslováquia o agrupamento clandestino "Ajuda aos Judeus - Grupo de Trabalho". Criação do Estado Maior dos guerrilheiros judeus na cidade de Lyon, França.
  • 28 de Julho - Criação da "Organização Combatente Judaica" (ZOB), no gueto de Varsóvia.
  • 22 de Julho - Início da grande "Ação" no gueto de Varsóvia. Até 13 de setembro foram deportados 300.000 judeus a Treblinka.
  • 9 de Agosto - Resistência armada contra a liquidação do gueto de Mir, no oeste da Rússia Branca.
  • 10 a 29 de Agosto - "Ação" no gueto de Lwow. 40.000 judeus deportados aos campos de extermínio. Resistência armada durante a liquidação do gueto de Neisweiss, na Rússia Branca ocidental.
  • 12 de Agosto - Conferências entre Churchill e Stalin em Moscou.
  • 03 de Setembro - Resistência armada durante a liquidação do gueto de Lakhwa, no oeste da Rússia Branca.
  • 23 de Setembro - Resistência armada durante a liquidação do gueto de Tuczin, na Ucrânia Ocidental. O grupo armado de Moshé Goldman sai do gueto de Korcz, na Ucrânia ocidental, e empreende operações de guerrilha na região.
  • 02 de Novembro - Vitória do exército britânico contra os alemães e italianos na batalha de El Almein.
  • 19 de Novembro - Grande ofensiva do Exército Vermelho na região de Stalingrado.
  • 17 de Dezembro - Declaração das nações aliadas: os exterminadores do Povo Judeu serão castigados.
  • 22 de Dezembro - Operações armadas da "Organização Combatente Judaica" nas ruas de Cracóvia. Ataque a oficiais do exército alemão.

1943

  • 18 a 21 de Janeiro - Primeira resitência armada no gueto de Varsóvia. Luta nas ruas, sob o comando de Mordechai Anielevich.
  • 5 a 12 de Fevereiro - "Ação" no gueto de Bialystok. Mil judeus mortos; 10.000 enviados a Treblinka.
  • 19 de Abril a 16 de Maio - Liquidação do gueto de Varsóvia.
  • 19 de Abril - Conferência de Bermudas: os delegados dos Estados Unidos e Grã-Bretanha discutem quais métodos aplicar para salvar as vítimas do nazismo, mas sem resultados; Detona o Levante do gueto de Varsóvia.
  • 20 de Abril - Partida do primeiro grupo de guerrilheiros do gueto de Vilna, em direção aos bosques.
  • Junho - Ordem de Himmler para a liquidação final dos guetos na Polônia e nos territórios da União Soviética.
  • 25 de Junho - Resistência armada da "Organização Combatente Judaica", no gueto de Czenstochow.
  • 24 de Julho - Revolução na Itália: Badoglio depõe Mussolini.
  • 02 de Agosto - Levante em Treblinka.
  • 16 de Agosto - Levante do gueto de Byalistok. Rebelião no acampamento de trabalho de Krichov, no distrito de Lublin.
  • 20 de Setembro - Ocupação alemã de Roma. O exército alemão domina a maior parte do território italiano.
  • 10 de Outubro - Lançamento dos primeiros paraquedistas da Terra de Israel sobre o solo da Romênia.
  • 02 de Outubro - Ordem de expulsar os judeus da Dinamarca: graças à atividade de socorro do movimento de resistência dinamarquês, 9.000 judeus conseguiram fugir para a Suécia. Só 475 judeus caíram nas mãos dos alemães.
  • 28 de Novembro - Conferência de Teerã (encontro de Roosevelt, Stalin e Churchill).

1943-45

  • Janeiro - A resistência subterrânea judaica em Budapeste habilita uma empresa a imprimir documentos falsificados com fins de socorro: até o fim desse ano, foram providenciados documentos a mais de 10.000 pessoas.
  • 17 de Janeiro - Evacuação de Auschwitz. Começo da marcha da morte dos prisioneiros de Auschwitz.
  • 14 de Março - Partida de um grupo de paraquedistas da Terra de Israel à Iugoslovia, Hungria e Romênia.
  • 19 de Março - Penetração do exército alemão à Hungria.
  • 15 de Maio - Começo da deportação dos judeus da Hungria a Auschwitz. Até 27 de junho foram enviados a esse lugar 380.000 pessoas.
  • 06 de Junho - Invasão dos aliados à Normandia.
  • 20 de Julho - Tentativa infrutífera de um grupo de oficiais militares alemães, contra a vida de Hitler.
  • 07 de Outubro - Revolta do Sonderkommando de Auschwitz.
  • 31 de Outubro - Envio de 14.000 judeus da Eslováquia a Auschwitz.
  • 1o de Novembro - Partida da Brigada Judaica à frente da Itália
  • 04 a 11 de Fevereiro de 1945 - Conferência de Yalta.
  • 30 de Abril - Suicídio de Hitler
  • 08 de Maio - Rendição da Alemanha: fim do terceiro Reich.
  • 19 de Abril a 16 de Maio - Liquidação do gueto de Varsóvia.

Holocausto

Introdução

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Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial. Para os nazistas, aqueles que não possuíam sangue ariano não deveriam ser tratados como seres humanos.

A política anti-semita do nazismo visou especialmente os Judeus, mas não poupou também ciganos, negros, homossexuais, comunistas e doentes mentais. Estima-se que entre 5,1 milhões e 6 milhões de Judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra, o que representava na época cerca de 60% da população judaica da Europa. Foram assassinados ainda entre 220 mil e 500 mil ciganos. O Tribunal de Nuremberg estimou em aproximadamente 275 mil os alemães considerados doentes incuráveis que foram executados, mas há estudos que indicam um número menor, cerca de 170 mil. Não há dados confiáveis a respeito do número de homossexuais, negros e comunistas mortos pelo regime nazista.

A perseguição do III Reich começou logo após a ascensão de Hitler ao poder, no dia 30 de janeiro de 1933. Ele extinguiu partidos políticos, instalou o monopartidarismo e passou a agir duramente contra os opositores do regime, que eram levados a campos de concentração -- em março de 1933 já havia 25 mil presos no campo de Dachau, no sul da Alemanha. Livros de autores Judeus e comunistas -- entre eles Freud, Marx e Einstein -- foram queimados em praça pública. A intelectualidade, acuada, só assistia -- o Führer tinha o hábito de reprimir violentamente qualquer manifestação de protesto. Os condenados sofriam torturas, eram obrigados a fazer trabalhos forçados ou acabavam morrendo por fome ou doença. Eram também considerados inimigos do III Reich os comunistas -- embora Hitler tenha se associado à União Soviética para garantir a invasão da Polônia --, pacifistas e testemunhas de Jeová.

Um mês após Hitler ter assumido o poder foram baixadas leis anti-judaicas iniciando o boicote econômico. Após a expulsão dos Judeus poloneses da Alemanha, um jovem repatriado, Herschel Grynspan, assassinou em Paris o secretário da embaixada alemã, Ernst von Rath. Isso detonou entre os dias 9 e 11 de novembro de 1938 uma série de perseguições que ficaram conhecidas como a Noite dos Cristais. Centenas de sinagogas foram incendiadas, 20 mil Judeus foram levados a campos de concentração e 91 foram mortos, segundo informações de fontes alemãs. Cerca de 7 mil lojas foram destruídas e os Judeus ainda foram condenados a pagar uma multa de indenização de 1,5 bilhão de marcos.

Holocausto

Panorama Histórico

É conhecido pelo nome de Holocausto o período da 2a Guerra Mundial no qual foram exterminados milhões de judeus pelo simples fato de serem judeus.

Etmologia:

HOLOCAUSTO: palavra de origem grega, que significa sacríficio no qual a vítima é imolada.
SHOÁ: palavra hebraica que significa catástrofe.

Historicamente, o Holocausto tem seu início quando Hitler sobe ao poder em 1933, e finaliza-se junto com a Guerra, em 1945.

Geograficamente, o Holocausto atinge aos judeus de todo o mundo; diretamente nos países dominados pelos nazistas e indiretamente nos países onde não se faz presente o domínio nazista. Entre estes últimos, pode-se diferencias entre os que tinham governo filo-nazistas, como Argentina e Brasil, e aqueles que não.

Antecedentes:

Além do tradicional ódio aos judeus, aparecem no século XIX novas teorias racistas fundamentadas nas ciências sociais. O ódio aos judeus junto com as teorias racistas dão origem ao anti-semtismo, palavra esta utilizada pela primeira vez por Wilhelm Mar, em fins da década de 60 do século XIX.

Na Alemanha, além dessas teorias, existiam nessa época outras razões que se acrescentam a este processo, como por exemplo: a industrialização, que aumenta a população urbana em cidades que não estavam preparadas; a proletarização; as péssimas condições sociais em que se encontrava a população pobre (em função da industrialização, aqueles homens ricos que não conseguem acompanhar a nova ordem econômica, em pouco tempo, perdem suas fortunas).

Durante a república de Waimer, a propaganda anti-semita foi amplamente divulgada. Em 1920, o partido alemão nacionalista, de tendência anti-semita, obteve 66 lugares no Reichstang, e, em 1924, 96 cadeiras. Estes partidos tinham-se inspirado nas publicações que circulavam na Alemanha com teorias racistas denominadas "científicas". Somado a isto, a partir de 1929, com a crise econômica mundial, se faz necessário encontrar uma explicação para o que estava acontecendo: os nacionalistas, com suas teorias racistas, saem na frente.

Nas eleições de 1932, o partido nacional socialista consegue número suficiente de votos para integrar o governo, e o líder do partido, Adolf Hitler é nomeado chanceler. As idéias anti-semitas do partido tinham sido amplamente divulgadas. No dia 1o de Abril organiza-se um boicote contra todos os judeus. Nos primeiros anos do governo dos nacional-socialistas, promulgam-se uma série de leis que discriminavam os judeus.

No dia 15 de Setembro de 1935 são promulgadas as Leis de Nuremberg, segundo as quais os judeus passavam a ser cidadãos de segunda categoria. A partir deste momento, até 1938, há uma expulsão sistemática dos judeus da vida econômica e social da Alemanha.

Na noite de 9 de Novembro de 1938, sob a desculpa de ser uma represália que um jovem judeu fizera contra a Embaixada Alemã na Polônia, foram destruídas sinagogas e invadidos lares judaicos, gerando grande quantidade de vítimas.

A partir de 1939, após a invasão da Polônia, a repressão contra os judeus se torna cada vez maior. Primeiro, foram obrigados a usar uma estrela de David amarela, e, posteriormente, foram confiandos em guetos e obrigados a trabalhos forçados.

Em fins de 1941, começa o extermínio sistemático da população judaica nas câmaras de gás. Eram levados para os campos de extermínio de Auschwitz, Maidaneck e Treblinka.

O holocausto destruiu grande parte do judaísmo europeu. Não só pela quantidade de pessoas que morreram, mas também pela grande parte da cultura judaica que morreu com elas. As pessoas que conseguiram sobreviver, ficaram marcadas física e psicologicamente até os dias de hoje.

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Pêssach - Shoá

Um Seder Cancelado

De autoria de: Alain Bigio

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Na noite de 18 de Abril de 1943, jovens judeus do movimento juvenil Hashomer Hatzair se preparavam para comemorar o Seder quando um informante trouxe a notícia que a policia polonesa havia cercado o Gueto e que tropas nazistas estavam se agrupando. Em sua preleção antes da batalha Mordechai Anielewicz, 24 anos, comandante da ZOB (Zydowska Organicacja Bojowa – Organização de Combate Judaica) assegurava aos seus comandados “... meses de luta nos labirintos do Gueto, se conseguirmos armas o inimigo pagará com rios de sangue...”. Meses de luta? Rios de sangue nazista? Mordechai falava como se estivesse na véspera de uma batalha entre dois verdadeiros exércitos. Os jovens comandantes com suas pistolas se deliciavam com as imagens de poder revidar em espécie ao inimigo.

O Levante do Gueto de Varsóvia foi único em seu gênero na história da humanidade. Foi uma revolta fadada ao fracasso antes de começar tendo a rendição dos combatentes equivalente a uma condenação à morte. Era uma revolta que não contava com surpresa na qual o inimigo ditava as condições e os locais de combate, provocada por um grupo totalmente isolado. Cerca de 1500 combatentes judeus, sem nenhum treinamento, alguns organizados, na maioria desorganizados, com armas leves enfrentariam a fúria da maior e mais bem organizada máquina de guerra do Século XX, o exercito nazista da Alemanha. Os judeus levavam duas grandes vantagens: a vontade de lutar até a morte e, paradoxalmente, o labirinto do Gueto. A grande diferença, entretanto, entre milhares de batalhas entre inimigos fortes e fracos é que esta era a primeira vez em quase 2000 anos, desde Bar Kochba, que os judeus se revoltavam, pegavam em armas e se defendiam.

O Seder foi interrompido e o preparo para a batalha iniciado. No dia 19 de Abril, às 6 horas da manhã, o general Juergen Stroop esperava ouvir do Coronel Von Sammmern-Frankenegg o resultado de sua incursão no Gueto. O coronel encabeçando 850 homens da elite da SS com 16 oficiais marcharam dentro do Gueto em formação cerrada. Dois tanques acompanhavam as tropas e 2000 homens estavam de prontidão como reforços. Havia mais 7000 homens prontos para intervir caso a revolta se espalhasse por Varsóvia.

Zivia Lubetkin observava a entrada de “centenas” de alemães pelo portão da rua Nalewki. Os combatentes deixaram os nazistas penetrarem o suficiente dentro do Gueto e a armadilha se fechou. Granadas, coquetéis molotov e tiros no meio das tropas nazistas deixaram dezenas de mortos e feridos no chão. Os nazistas corriam para todos os lados em fuga abandonando seus colegas feridos e gritando apavorados “os judeus estão armados... há mulheres atirando...”.

Neste primeiro dia de Pêssach, um bando de judeus acuados, desesperados, condenados à morte apenas por terem nascido judeus, havia decidido resistir e conseguiu esvaziar o Gueto de forças inimigas sem sofrer uma única baixa. O dia seguinte seria diferente, mas, neste primeiro dia foi erguida uma bandeira sionista, azul e branca com a estrela de David, sobre um território reduzido de cerca de 100 ruas de Varsóvia. Era o primeiro território independente e soberano judeu desde a destruição do Segundo Templo. Foi o primeiro tiro dado na Guerra de Independência do Estado de Israel que declararia sua independência cinco anos mais tarde.

Pêssach, a festa da liberdade que comemoramos todo ano como se nossa geração tivesse saído do Egito, também deve ser comemorada como se cada um de nós tivesse dado um tiro em Varsóvia.

Yizkor