A relação entre o povo de Israel e D'us
Em
algumas passagens da Toráh e dos livros dos Profetas, a relação entre o povo de
Israel e D'us é comparada ao relacionamento entre o noivo e a noiva. Nesta
metáfora, a saída do Egito representa o "erussin" (noivado) entre
Israel e o Criador do mundo, quando D'us elegeu os israelitas entre os povos
para um relacionamento e uma missão especial. Em Shavuot, por sua vez, ocorreu
a "chatuná" (casamento) entre ambos, já que é por meio da Toráh, entregue
nesta data, que podemos viver a aproximação e a união ao Criador.
Por
outro lado, depois que saíram do Egito, os israelitas não puderam receber a
Toráh, pelo fato de terem descido a um nível espiritual degradante – o do 49º
mais baixo degrau de impureza –, após o longo exílio sob jugo idólatra. Este
patamar era terrível, pois, de acordo com os livros místicos, ao se atingir o
50º mais baixo degrau de impureza espiritual, não há mais possibilidade de
conserto. E explica Rabi Shimon Bar Yochai, no livro do Zôhar, que, da mesma
maneira que uma mulher que se encontra no período menstrual precisa contar sete
dias no seu processo de purificação, Israel precisou contar sete semanas para
se purificar em seu relacionamento com o Arquiteto do mundo, louvado seja.