terça-feira, setembro 20, 2022

Mensagem do Rabino: “Não deixe de agarrar a corda da salvação”

 

Mensagem do Rabino

“Não deixe de agarrar a corda da salvação”


Um furacão atingiu uma cidade. Devido a este efeito climático, as águas subiram rapidamente, e alagaram muitas casas, Nessa cidade morava um cidadão judeu, que destacava-se por sua fé inabalável. A moradia desse homem foi uma das mais atingidas pela enchente, por tanto refugiou-se no telhado. Sendo um homem religioso, começou a orar para controlar seu medo e manifestar dessa forma sua fé, ele dizia: “o Senhor, Salvai-me”.

A casa, assim como outras estava toda inundada, e a água já havia chegado aos tornozelos desse homem, quando passou lá um vizinho, que observo a situação, remando um bote, chamou a este e diz venha meu amigo vamos a sair daqui. O homem religioso respondeu: “Não obrigado”, e contínuo: “Eu tenho fé, e o Senhor me salvara”.

A água continuou subindo e está já estava na cintura deste senhor de fé, quando se aproximou um barco a motor, do corpo de salvamento e gritou: “Venha, meu amigo, entre no barco e vamos a sair daqui”, e uma vez mais um homem religioso respondeu: “Não obrigado”, e contínuo: “Eu tenho fé, e o Senhor me salvara”.

A água seguiu subindo e já se encontrava no pescoço deste senhor de fé, quando sobrevoou um helicóptero de resgate, e o Comandante da nave jogou uma corda e gritando diz: “Não deixe de agarrar a corda da salvação”, que vou a puxá-lo e será salvou. Uma vez mais o homem religioso respondeu: “Não obrigado”, e contínuo: “Eu tenho fé, e o Senhor me salvara”.

Instantes mais o homem de fé, exausto, perdendo as forças foi coberto pelas águas e morreu afogado, e diretamente, sendo um homem piedoso, foi ao céu. Ao chegar diante do Criador, no Trono Celestial, o homem de fé manifestou sua queixa, ao respeito do amargo que foi seu destino, sustentado que sendo um observante estrito dos mandamentos, do respeito pelo próximo e por ele mesmo, que nunca deixou de ter fé no Todo-Poderoso. E durante todo tempo que estava diante do perigo ele rezou fervorosamente, para que D’us o salva-se. Finalmente ele diz: “Senhor, O Misericordioso, porque me abandonaste?”.

D’us, perplexo diante do alegato, diz: “Que pretendes de Mim?”, “Enviei-te um bote, um barco e finalmente um helicóptero, onde só tinhas que aferrar-te a corda da salvação”.

Seguramente podemos rir desta metáfora, mas acreditar em milagres é uma característica natural deste povo, dos descendentes do mesmo, cuja própria existência tem sido um contínuo milagre, cujo renascimento das cinzas do Holocausto, com a construção do Estado de Israel, e o florescimento das Comunidades que outrora estavam banhadas pelas cinzas do ódio, resultado de fornos crematórios construídos com a cumplicidade do silencio do mundo.

Este milagre foi um dos mais espetaculares que a humanidade haja presenciado, em toda sua história. Mais esta metáfora tem outro objetivo, é de indicar-nos o perigo que pode ocasionar si só dependemos dele, sim colocar a cota de decisão por parte de nós para que estes sucedam. A história do Mar Vermelho ou Mar dos Juncos, que só as águas se abriram depois que Nachshón ben Aminodav (da tribú de Iehudáh – Judá), jogou-se a ele. Como expressava o celebre Rabino Itschak Kaduri ZT”L, os milagres acontecem a todo instante, mais depende do esforço do homem para que estes sejam visíveis, e no momento exato”.

Isto último merece uma seria reflexão, nestes instantes que estamos chegando às portas do início do ano 5783. Muitos expressam que não acreditam nos milagres, no entanto suas atitudes em excesso ilimitadas ou em defeito sustentado, indicam que eles acreditam em demasia em milagres sim ter a cota de esforço necessária para que eles se concretizem. Eles ficam esperando que caísse do céu “a corda”, e não tem uma visão profunda de enxergar os desafios, os sinais e as manifestações. 

Queridos amigos da Comunidade Judaica do Brasil todo, assim como demais alunos de fala portuguesa, dispersos pôr o mundo, seja em Israel ora em Portugal, ora em USA, enfim mundo todo, em Rosh Hashana (Início do Ano Judaico), D’us escuta nossas preces, em Iom Kipur Ele atende as mesmas. Mais saibamos que temos que assumir um compromisso: “Não deixar de agarrar a corda da salvação”. Temos que agir junto as nossas orações. Temos que fazer e não apenas desejar. Não temos direito de culpar a D’us o desiludirmos com o Judaísmo, si nosso erro foi esperar de mais os milagres sim fazer nada de nossa parte para que aconteçam. Sejamos Nachshón ben Aminodav, onde a fé se manifestou com atos, e com atitudes, e o milagre aconteceu. Si isto sucede assim, então seremos inscritos: “BeSefer Chaim, Beracháh VeShalom UParnassa Továh”, no Livro da Vida, da Bênção, da Paz e da Prosperidade. Amén – Assim seja!

 

LeShanáh Továh Ticatevu Vetechatemu

Rabino M.Ed. Ruben Najmanovich