domingo, setembro 04, 2011

BRITISH–BRIT–ISH, O PACTO DO HOMEM

OS ISRAELITAS BRITÂNICOS,

REINO UNIDO

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De acordo com a teoria dos judeus britânicos, os atuais habitantes brancos das Ilhas Britânicas, dos Estados Unidos e da Commonwealth são descendentes dos israelitas que foram exilados pelos assírios. Os israelitas britânicos baseiam sua teoria em conexões simbólicas, lingüísticas e outras (pseudo-históricas); por exemplo, os dinamarqueses são considerados descendentes da tribo de Dan.

Os israelitas britânicos afirmam que os assírios dispersaram os antigos israelitas na Média e na Cítia, que está associada à Escócia; da Cítia vieram os celtas, os anglo-saxões, os jutos, os dinamarqueses, os normandos e, finalmente, a linhagem da realeza britânica.

Os israelitas britânicos acreditam que a rainha da Inglaterra é descendente do rei Davi, através do rei Jaime VI, da Escócia, e do rei irlandês Fergus, o Grande, que implantou a dinastia de Iona. A Pedra da Coroação (conhecida com Pedra do Destino), hoje em dia em exibição na abadia de Westminster, em Londres, é segundo se alega, a verdadeira pedra que servia como travesseiro ao patriarca Jacó na betel Bíblica.

De acordo com essa teoria, a pedra foi levada ao Egito, carregada através do deserto selvagem pelos Filhos de Israel, e presumivelmente levada pelo profeta Jeremias a Antrim, na Irlanda, onde permaneceu por mil anos. A pedra Beth-El foi passada para Scone, na Escócia, para a coroação de reis escoceses, e trazida de lá para Londres, por Eduardo I, em 1291.

Os israelitas britânicos encontram provas dessas conexões com os antigos israelitas através de um raciocínio etimológico: British (britânico) é sinônimo da palavra hebraica “Brit-ish”, que significa “pacto do homem.” Embora aleguem em suas publicações que os celta-saxões sejam descendentes de linha direta dos antigos israelitas “e que Deus fez pactos que se aplicam a nós hoje”, a British Israel World Federation rejeita qualquer filiação ao Estado de Israel.

A teoria anglo-israelita foi desenvolvida primeiramente no século XVII e ganhou força no século XVIII com a publicação de uma série de panfletos messiânicos. À época em que o best-seller de Edward Hine - The British Nation Identified with Lost Israel -- (A Nação Britânica Identificada com as Tribos Perdidas de Israel)-- foi publicado, em 1871, o “israelitismo britânico havia se cristalizado em um movimento totalmente organizado. livro de Hine, cujo subtítulo era Forty- Seven Identifications of the British Nation with the Lost Ten Tribes of Israel (Quarenta e Sete Identificações da Nação Britânica com as Dez Tribos Perdidas de Israel), demonstra 500 provas escriturais de que os antigos israelitas se estabeleceram nas Ilhas Britânicas.

A British Israel World Federation, cuja sede é na Inglaterra, alega ter centenas de seguidores. Em Balluydubh, Irlanda, o israelitismo britânico tornou-se uma doutrina oficial da Igreja de Deus. Em Ulster (Irlanda do Norte), a teoria que atribui à Bretanha e ao trono britânico descendência da Casa de Davi, tem papel importante e algumas vezes um tanto sangrento no conflito Irlanda-Inglaterra. Alguns ramos dos israelitas britânicos têm expressado pontos de vista políticos um tanto reacionários. Há também elos entre o movimento extremista de identidade cristã, que cresceu do israelitismo britânico, e alguns movimentos racistas, antinegros e anti-semitas, dos Estados Unidos.

Uma ramificação interessante do israelitismo britânico é o United Israel World Union (União ou Sindicato Mundial Israel Unido) cujos membros -- muitos dos quais, são judeus -- acreditam na união dos descendentes de Judá (os judeus) com os descendentes de Israel.

Desde 1949 imprimem um jornal intitulado The United Israel Bulletin, que tem artigos sobre irmandades cristão-judaicas e sobre Israelitas Perdidos ao redor do mundo. Na edição de inverno de 1978, o editor escreveu: “As Dez Tribos continuam certamente existindo.

“Tudo o que tem de ser feito é descobrir que povos representam”.

BIBLIOGRAFIA

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